Friday, April 25, 2008

Uma causa relembrada

Foi assim à mais de 20 anos e cantavam assim....



A música continua a ser um veículo de transporte de mensagens políticas e sociais. As suas formas e tonalidades podem ter evoluido, ou simplesmente mudado. Mas as ideias, comportamentos e decisões que afectam a nossa vida, ainda são influênciadas pelas manisfestações artisticas, de que a música é um dos meios mais eficazes. Mas, verdade seja dita, a influência das artes na vida das pessoas, não tem a mesma força que tem os interesses económicos, empresariais e politicos. Mas ainda vale a pena, não acham....?

Friday, April 18, 2008

Ai Portugal...Portugal....




Também podemos desabafar por escrito, talvez até gritar e esganar até perder-mos as forças, que neste caso se revelam por escrito...


O títuto (inspirado numa bonita música que uma boa parte dos portugueses conheçem), servem de ponto de partida para um crescente estado de alma que eu, e penso que muitos portugueses sentem. O nosso país vive tempos de falta de vontade colectiva, de falta de anímo, de crise estrutural que ultrapassa a dimensão económica. Bem sei que todos nós temos que contribuir para melhor o estado das coisas, mas nem todos temos os mesmos meios nem a mesma capacidade de mudar esse mesmo estado.


Sou jovem, considere-mos como tal, embora por vezes as sociedades, seja a portuguesa ou seja de outro país, possa ter interpretações diferentes do que é a juventude e até quando se vive a juventude. Existem para mim, situações actuais que desmotivam e provocam descrença num futuro a médio prazo neste país. Irei abordar um assunto que de alguma forma , diz respeito a todas as gerações de portugueses, directa ou indirectamente. Estou-me a referir ao futuro dos jovens portugueses, nascidos entre 1970 e os primeiros anos da década de 80 do secúlo passado.
Irei apenas referir a minha percepção e a minha opinião sobre como sinto que se encontra a minha geração em termos de posicionamento social e económico.


Socialmente a minha geração beneficiou de oportunidades de desenvolvimento pessoal e escolar, tem acesso a mais estruturas de apresendizagem e de facilitação do relacionamento social, do que as gerações anteriores mais próximas: a de 60-70; a de 50-60; ou a de 40-50. Os cuidados de saúde também são mais completos e eficazes do que eram à 40 anos atrás. Mas porquê esta fragilidade social que por vezes observo....?

A minha geração é a primeira a prolongar a sua estada na juventude após os 30, é a primeira a investir mais na carreira profissional do que na vida familiar, é a primeira a consumir mais cultura do que as gerações anteriores, também é a primeira a servir de cobaia do sistema democrático instalado pelo 25 de Abril. Estas primazias não são necessáriamente boas, não são geradoras, na sua globalidade, de indíces de desenvolvimento social.Sem dúvida que a vida profissional é importante, e hoje em dia é o cada vez mais. Mas construir uma carreira profissional, e centrar unica e exclusivamente a nossa vida nisso, não me parecer ser o mais certo, o mais adequado. Talvez se distribuissemos equilibradamente o nosso tempo entre vida familiar, vida pessoal e vida profissional, talvez a fragilidade já seja menor. Outro aspecto quye julgo que é pertinente referir é o facto de nos terem dado a falsa ideia de que deviamos ter seguido para o ensino superior....e seguimos mesmo! Só que as consequencias da obtenção de certificações universitárias em muitas áreas académicas, não nos favoreçeram em relação à entrada no mercado de trabalho. Será que à 20, 15 ou 10 anos atrás nos disseram a verdade toda....? Ou os decisores governamentais portuguesas das década de 80 e 90 não sabiam qualquer era a verdade...?

Perante a Economia, e de forma genérica, a minha geração tem vindo a experimentar verdadeiros testes de paciência....! Somos uma geração adiada económicamente, e cujos os resultados de produção de riqueza (comparativamente com as gerações anteriores) são menores. Utilizar um discurso miserabilista e de vitimização também não adianta muito nem seria pertinente, mas devemos identificar factores que tem dificultado a nossa vida e a nossa contribuição para a economia portuguesa. Um desses factores, diz respeito a muitas condições contractuais que pessoas da minha geração tem tido - é a realidade dos recibos verdes e dos contractos a prazo (alguns já levam quase 20 anos nessas condições). Só este factor leva a que não tenhamos grande capacidade de obtenção de crédito para a compra de habitação própria, por exemplo. Ou até, em alguns casos, para a compra de um carro. Como é que querem que sejamos agentes económicos com capacidade para contribuir para o desenvolvimento do nosso país, se não nos dão condições para tal..? Medidas avulsas, como a redução do IVA em 1% ou o prolongamento do reembolso de crédito à habitação, não me parecem ser soluções adequadas e que contribuam efectivamente para a melhoria da capacidade económica da minha geração e de outras gerações do nosso país.

Tuesday, April 15, 2008

Não há duas sem três - versão Berlusconi


Silvio Berlusconi venceu pela terceira vez as eleições legislativas em Itália. Está de parabens, portanto...! Venceu com 47,32 % dos votos para a Câmara dos Deputados, obtendo maioria absoluta para governar os destinos de Itália.


Conheço pouco o percurso deste político, empresário e magnata da comunicação social e do desporto. Recuso a comentário estériotipos ou falsas ideias sobre a personalidade de cada um. Mas confesso a minha vontade em interrogar - porquê uma terceira vez....? Porquê um terceiro mandato...? Será que alguêm me é capaz de explicar?


A ligação entre o mundo empresarial e a politica, deve ser gerida com cuidado e sensatez, por vezes "com pinças". Se o Sr. Berlusconi utilizar a sua capacidade de empreender e desenvolver negócios para ajudar a melhorar a economia italiana, então este terceiro mandato pode ser pertinente e válido. Foi eleito, tem agora novamente legitimidade para governar, e espera-se que faça um bom trabalho. Um trabalho sem polémicas e para o bem "di tutti gli italliani".

Sunday, April 13, 2008

Abençoar Bush



O Papa Bento XVI será, presumo eu, um dos últimos líderes mundiais a visitar os EUA da América durante esta fase final da Governação de George W. Bush. Talvez seja sintomático, e talvez o Papa socorre a consciência de Bush. Mesmo que isto seja um facto privado entre o contacto de ambos os líderes.

Julgo que Bush é um ser humano como biliões de outros, com um estatuto e uma condição diferente a nível internacional. Mas mesmo assim, tem os seus defeitos e qualidades, os seus bons e maus momentos, as suas forças e fraquezas...enfim....glórias e derrotas....! Será que Bush irá pedir ao Papa para o ouvir em confissão...? Poderá vir um perdão divino para as falhas de Bush?

Saturday, March 29, 2008

Dependência Tecnológica


Esta minha reflexão tem um ponto de partida, sobre o qual irei fazer uma breve e sintética referência porque já muito se tem falado e escrito sobre este assunto. Refiro-me ao caso de agressão e de mau comportamento que aconteceu na Escola Secundária Carolina Micaelis no Porto. Como devem estar a par, uma professora tentou retirar o telemóvel de uma aluna que estava a utilizar indevidamente o mesmo na sala de aula. A reacção desta aluna foi, de facto, excessiva e reprovável. Tendo em conta a reacção e o comportamento daquela aluna de 15 anos, e a maneira como tratou a sua Professora, que lhe estava a tirar o seu telemóvel mostra, o grau de nervosismo e de forte relação que esta rapariga tinha (e de certeza, que mantêm) como seu telemóvel, podemos afirmar que o telemóvel assume um papel importante para esta rapariga, a ponto de, eventualmente a influência na sua forma de comunicação e de relacionamento em grupo, em comunidade e em família. Independentemente, das causas e das consequências deste caso, podemos constatar que os telemóveis são muito importantes para os adolescentes.

Dado o ponto de partida, coloco a seguinte questão – estaremos física e psicologicamente dependentes da tecnologia? Não tenho conhecimentos científicos que me permitam afirmar de cátedra a realidade desta dependência, mas, tal como a maioria das pessoas, sinto que existe uma dependência entre o Homem e a Tecnologia, na sua globalidade.

Podemos apontar variadíssimos exemplos, e começando pelas nossas casas. Existem hoje diversos equipamentos que utilizamos na cozinha, e que verdade seja dita, tem mais benefícios do que prejuízos para nós – desde o frigorifico necessário para armazenar e conservar alimentos e bebidas; a varinha mágica e outros trituradores; o fogão e micro-ondas para aquecer e cozinhar alimentos e preparar refeições quentes; a máquina de lavar loiça (apreciada por quem não gosta muito de estragar as unhas e a pele….). Outros equipamentos fazem as delícias do nosso bem-estar em casa, como as televisões, os leitores de CD’s e de DVD’s, os dispositivos que permitem ligação à televisão por cabo e à Internet, os computadores pessoais para uso doméstico e pessoal, os telefones fixos, os equipamentos de ar condicionado e a própria luz que necessitamos para sustentar a utilização destes equipamentos. Não devemos também esquecer os meios de transporte pessoal, como os carros e as motos, que estão ao nosso alcance, e que nos permitem uma elevada e rápida mobilidade entre locais distantes. Conseguia-mos nós, hoje em dia viver sem estas máquinas, sem toda esta tecnologia?

Ligando esta última questão ao caso que serviu de ponto de partida, e orientado-me um pouco pela minha experiência profissional a lidar com adolescentes e jovens até aos 20 e poucos anos, não tenho dúvidas de que os jovens para comunicarem, para socializarem, e para se marcarem a sua presença, precisam de telemóveis, da Internet, e de mais alguns equipamentos e serviços tecnológicos. As novas gerações (entre até aos 25 anos aproximadamente) lidam intimante com a tecnologia e estabelecem com ela uma relação de dependência e de falta de alguma dominío psicológico sobre muitas máquinas, como o casos do computadores e dos telemóveis.

Certas são as consequências, penso eu, que esta dependência pode provocar. Uma delas pode ser a tendência para alterações emocionais constantes nestes jovens, que poderão ter uma diminuição na sua capacidade de auto-controle e de estabilidade nas suas emoções. Atrás referi-me também à dependência dos jovens para com a Internet, e de certa forma, podemos assumir essa dependência como um facto. Ora, a uma das grande vertentes da Internet é fornecer informação em qualquer altura, em qualquer lugar e sobre quase todos os assuntos; assim sendo, os jovens têm ao seu dispôr inumeras fontes de informação que podem sofrer de inconcistência e de inverdade ciêntifica e pedagógica. Os jovens também perdem capacidade de pesquisa e interesse em realizar investigação documental nas bibliotecas, por exemplo, o que desvaloriza a importância dos livros.

Uma alteração que tem sido progressiva, mas que do meu ponto de vista não é benéfica, é a forma de comunicação que os jovens (e alguns adultos também) tem vindo a estabelecer através das tecnológias. O recurso cada vez mais intenso à Internet como ferramenta de comunicação e aos telemóveis, que também possibilitam a comunicação escrita, estão a distanciar as pessoas (jovens e menos jovens) das relações inter-pessoais e da comunicação presencial. A qualidade e a capacidade de comunicação também saem prejudicadas com este execesso de utilização das novas tecnologias de comunicação.

O Poder.....aí o Poder....!


A comunidade internacional está a par do que se tem passado no Tibete, pelo menos da informação que é divulgada pela comunicação social. Também sabemos que a China está a organizar os Jogos Olímpicos, que iram ter lugar este ano em Pequim.
Portugal e a UE não conseguem enfrentar a China, e nem precisamos de muita informação para perceber porquê…! Um país com a capacidade económica e de intervenção internacional como a China, tem poder suficiente para dominar as negociações diplomáticas. A Comissão Europeia ponderou boicotar a sua participação nos Jogos Olímpicos, mas o poder chinês falou mais alto e quebrou essa vontade europeia.

Será que a comunidade internacional está realmente preocupada com o que se passa no Tibete..? Terão os diplomatas das outras potencias internacionais, carta branca para enfrentar o poder comercial, económico e politico ca China....? Acho dificil....penso eu......!

Saturday, March 22, 2008

Dia Mundial da Água

O dia 22 de Março foi decratado pelas Nações Unidas como o Dia Mundial da Água. A instituição de datas festivas ou instituicionais, poderá não ser suficiente para resolver os problemas do mundo, mas por vezes, os gestos simbólicos ajudam a consciêncializar as pessoas para determinados assuntos. A Água é, de facto, um assunto essencial e crucial para a nossa existência. Não estarei longe se afirmar que é o nosso principal recurso natural.

Infelizmente, ainda existem problemas relacionados com a gestão dos recursos hidridicos e com a utilização da água, feita, quer por agentes públicos quer por agentes privados.

O ano 2008 també foi considerado, pela ONU, como o Ano do Saneamento. Para estarem a par das iniciativas internacionais relacionadas com o Saneamento, podem consultar os seguintes sites:

www.sanitationyear2008.org
www.undp.org/water

Friday, March 21, 2008

Em nome da Palavra

Por vezes, festejam-se as palavras no seu estado mais puro, acutilante, feroz e sem sentido. Hoje disseram- me que é o Dia Mundial da Poesia. Fiquem com partes de alguns poemas de poetas portugueses e não só.

Luís Vaz de Camões:

"Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso dos meus anos;
Dei causa a que a fortuna castigasse
As minhas mais fundadas esperanças.
De amor não vi se não breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!"

Bocage:

"Elmano, de teus mimos anelante,
Elmano em te admirar, meu bem, não erra;
Incomparáveis dons tua alma encerra,
Ornam mil perfeições o teu semblante:
Granjeias sem vontade a cada instante
Claros triunfos na amorosa guerra:
Tesouro que do Céu vieste à Terra,
Não precisas dos olhos de um amante.

Oh!, se eu pudesse, Amor, oh!, se eu pudesse
Cumprir meu gosto! Se em altar sublime
Os incensos de Jove a Lília desse!

Folgara o coração quanto se oprime;
E a Razão, que os excessos aborrece,
Notando a causa, revelara o crime."

Eugénio de Andrade:

"As palavras
São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras?


Sophia de Mello Breyner Andresen

"Este é o tempo
Este é o tempo
Da selva mais obscura

Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura
Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura
Este é o tempo em que os homens renunciam."


Charles Baudelaire


"L'Homme et la mer

Homme libre, toujours tu chériras la mer! La mer est ton miroir; tu contemples ton âme Dans le déroulement infini de sa lame, Et ton esprit n'est pas un gouffre moins amer.

Tu te plais à plonger au sein de ton image; Tu l'embrasses des yeux et des bras, et ton coeur Se distrait quelquefois de sa propre rumeur Au bruit de cette plainte indomptable et sauvage.


Vous êtes tous les deux ténébreux et discrets: Homme, nul n'a sondé le fond de tes abîmes; Ô mer, nul ne connaît tes richesses intimes, Tant vous êtes jaloux de garder vos secrets!


Et cependant voilà des siècles innombrables Que vous vous combattez sans pitié ni remords, Tellement vous aimez le carnage et la mort, Ô lutteurs éternels, ô frères implacables! "




Dylan Thomas


"Do not go gentle into that good night


Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.
Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they Do not go gentle into that good night.

Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.


Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.

Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.



And you, my father, there on the sad height,
Curse, bless me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.


Pablo Neruda


Se não puderes ser um pinheiro,
no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.

Sunday, March 16, 2008

Petição a favor da Liberdade no Tibete




Todos podemos dar um contributo para precionar internacionalmente a China a rever o estatuto
do Tibete.


Se estiverem solidários com o povo do Tibete, assinem esta petição a favor da aprovação pela Assembleia da República de uma moção que condene a Violação dos Direitos Humanos e da Liberdade Política e Religiosa no Tibete .


Podem aceder ao seguinte link:



A China prepara-se para receber os próximos Jogos Olímpicos. Como é sabido, na essencia destes jogos o sentimento da Paz entre os Povos é um dos pilares que sustentam o espírito deste evento mundial, e a China devia apresentar uma postura mais democrática e tolerante do que aquela que tem.


Todas as pessoas envolvidas nesta petição agradeçem a vossa contribuição.

Saturday, March 15, 2008

Quando o pensamento não responde à realidade

Em Portugal, e penso que noutros países também, assistimos à primazia das ideias teoricas e abstractas de carácter ideológico e filosófico, que não satisfazem a realidade, nem conseguem resolver os problemas e dificuldades das pessoas e das organizações. São vários os exemplos que podem sustentar esta minha afirmação.

Começando pelo afastamento que alguns professores universitários tem em relação à vida empresarial e ao mercado de trabalho na sua generalidade. Muitos centros de investigação, estudos e cursos universitários, tem a sua raíz na necessidade de sustentam da actividade cientifica e académica de muitos professores. Até aqui tudo bem. Mas a questão pode tornar-se polémica, quando esses estudos e cursos universitários não respondem às necessidades sociais e económicas do nosso país. Não irei personalizar esta questão, porque o discurso seria longo e com dezenas de exemplos concretos e actuais. Mas a minha percepção, é de que um sistema universitário que esteja desligado, salvo algumas excepções, da realidade empresarial, não despertam muita confiança e crédito na sociedade e nos agentes económicos.

Outros agentes que, por vezes, se afastam (não querem saber) da realidade, são os políticos. Sempre que determinadas forças políticas não conseguem ligar o seu pensamento e o seu discurso, às necessidades e problemas das pessoas comuns, então temos uma ferida que pode ser dificil de curar.....! Os dificuldades concretas das pessoas não obedecem às lógicas partidárias, nem estas tem, por natureza, capacidade de dar uma resposta efectiva aos problemas que afectam muitas familias e empresas portuguesas. Os partidos foram feitos para servir a sociedade na sua globalidade e sem descriminação, e a principal função dos políticos é darem uma resposta aos problemas das pessoas. As teorias ideológicas e os discursos filosóficos não são, por vezes, as a melhor forma de apresentar propostas para melhorar a condição de vida das pessoas e para ajudar as empresas a superar as suas dificuldades. Quando os políticos sofrem de cegueira ideológica e doutrinária eles não estão a contribuir para o desenvolvimento das sociedades. E mais grave se torna, quando os seus interesses pessoais e partidários se sobrepõem às necessidades da população que devem servir.

O discurso dos políticos e dos professores universitários deve ser próximo da realidade do cidadão comum, das suas aspirações e da realidade que vive todos os dias. As pessoas tem perceber os discursos dos políticos, e tem que usufriur positivamente das inicitiavas universitárias e sentir que estas respondem às suas necessidades.

Saturday, February 23, 2008

Medo e história em Inglaterra





O Governo inglês, liderado por Gordon Brown, resolveu retirar referencias históricas dos curriculos escolares, ao Holocausto que vitímou milhões, judeus, cristãos, russos e outras comunidades, para não provocar a comunidade muculmana que acha que não existiu este Holocausto.

É o medo a vencer a liberdade...! É o medo a ceder a posturas e comportamentos xenofobos, e atentatórios da própria Democracia. Será que o Governo inglês vai mesmo ceder ao medo...?

O que diriam Churchill, a Rainha Vitória ou Henrique VIII sobre este medo do Governo inglês...?




Hasta luego Comandante.....!

Fidel Castro fez um anúncio que, poderá ter sido, à partida, inesperado. Mas se nos lembrar-mos da sua condição e da sua vivência política e pessoal nos últimos anos, podemos aceitar com alguma naturalidade este "afastamento" de Fidel da governação de Cuba.
Mas El-Comandante não se deixará de influenciar politica e ideológicamente o seu país, mantendo a sua posição como Secretário do Partido Comunista Cubano. Com diz, o seu irmão Raul Castro, Cuba vive mudanças na continuidade.....!

Vejamos o que será Cuba dentro de 20 ou 30 anos....!

Tuesday, February 5, 2008

Terça-feira louca ou sã....?


Hoje os americanos decidem quem desejam ver como candidatos do Partido Repúblicano e do Partido Democrata para as eleições à Presidência dos Estados Unidos da América. O termo "Mad Tuesday" é tão somente, uma figura de estilo, que representar textualmente o fernesim dos média e dos politicos durante esse dia.
As personagens principais desta 1ª volta eleitoral já são bem conhecidas, dentro e fora das fronteiras dos EUA - Barack Obama e Hillary Clinton do Partido Democrata, e John McCain e Mitt Rommey pelo Partido Republicano. Dois destes quatro senadores irão ser escolhidos para irem a votos a 4 de Novembro deste ano.
Confesso que não conheço as propostas destes candidatos, no entanto, e como estrangeiro que sou perante os EUA, reconheço a nessecidade de este país mudar a sua politica externa e conseguir enfrentar os desafios económicos que países como a China e a Índia estão a representar.
Tenho ouvido, em alguns canais televisivos, uma opinião interessante em relação a um dos candidatos, o senador Barack Obama. Alguns amercianos veêm neste jovem senador um renascimento de John F. Kennedy, independente de algumas diferenças de tempo, aperência fisica e posíções politicas. JFK tamabém foi eleito com um idade semelhante a actual idade de Obama, também era do Partido Democrata, e também defendia uma América multi-cultural e multi-étnica. Mas a realidade é outra, não estamos na decada de 60 do século XX, estamos em 2008 com toda a conjuntura que se vive dentro e fora dos EUA.

Saturday, February 2, 2008

Comentário à sondagem: "Capital rotativa em Portugal"

Findo o prazo de votação da sondagem "Capital rotativa em Portugal", a expressão simbólica referia-se a um total de 13 votos, sendo 4 votos a favor e 9 votos contra. Quando lancei esta provocação, imaginava que a intenção de voto fosse esta, ou seja, a maior parte das pessoas não concorda com a mudança de Capital no nosso país. A grande maior parte dos votos, não foram acompanhados de comentários, sendo que poderei presumir as razões para justificar a preferência no Sim e a escolha do Não.

Os partidários do Não, poderão justificar a sua intenção de voto, com motivos de carácter administrativo, político, económico e, eventualmente, histórico. Administrativo, pela enorme carga burocrática e técnica, que seria fazer uma alteração deste género - Lisboa deixava de ser a capital, passando esse estatuto para outra cidade com um peso e importancia relevante para o nosso país, talvez o Porto...! Em termos políticos, seria, penso eu, ainda mais problemático, visto que os centros de decisão política estão localizados em Lisboa (a Assembleia da República, o Palácio de Belém, o Palácio de São Bento e o Concelho de Ministros), assim como outras instituições com peso politico, juridico e judicial, assim como a Procuradoria Geral da República, os vários Ministérios, as sedes das instituições militares e policiais, assim como as sedes dos partidos políticos. Em termos económicos, uma mudança deste género podia ser sentida logo no curto prazo, principalmente, quando muitas empresas (de capital e gestão privada ou de capital e gestão pública) depende dos actos administrativos que Lisboa possibilita e a eles obriga.Hsitóricamente, estamos a falar da existência de uma cidade, cujo o estatuto de capital de Portugal, já têm vários séculos; tendo sido palco de variadissimos episódios da nossa história (o 25 de Abril de 1974, o Regicidio em 1908, a assinatura da adesão à Comunidade Económica Europeia, o inicio da aventura marítima dos Descobrimentos, etc...).

A opção de votação oposta, mostra uma vontade (embora como já referi simbólica e limitada aos números que apresentei) de mudança em relação ao status existente. Posso, eventualmente, presumir que esta vontade de mudança, independente de ser ou não viável, encontra-se no idealismo regionalista de muitos portugueses, que não estão contentes com a centralidade do poder politico, económico e administrativo que Lisboa (não só o concelho como a própria região envolvente) tem assumido cada vez mais.

Saturday, January 5, 2008

Capital rotativa em Portugal

Este post é provocatório, confesso…! Mas penso que esta ideia de termos uma capital rotativa no nosso país (ou em outro país) seria culturalmente viável, politicamente dúbia e economicamente difícil de sustentar. Coloco uma sondagem, para tentar, de alguma forma, perceber até que ponto – o universo de indivíduos que respondam – a ideia de termos capitais temporárias em Portugal seria aceitável.

Tivemos um referendo à, relativamente pouco tempo (em Novembro de 1998), sobre a Regionalização em Portugal. O resultado não foi favorável a esta opção administrativa, permanecendo a divisão administrativa que existia à data, e que ainda existe como tal. Mas a descentralização do poder, nomeadamente o poder administrativo ainda está na mente de muitos portugueses, sejam eles políticos ou não. Portugal tem muitos exemplos de regionalismo e de municipalismo aguerrido, com alguns exageros irracionais.

Uma eventual alteração desta identidade politica e constitucional, teria que ser muito discutido e ponderado, nos seus vários aspectos, nomeadamente de carácter politico, administrativo, económico e cultural. E, penso seu, esta rotatividade não poderia ser menor que 1 ano ou com a duração de um mandato legislativo nacional, ou seja 4 anos.

A questão que pretendo colocar é a seguinte: Concorda que Lisboa deixe de ser permanentemente a Capital de Portugal?

Tal como na sondagem anterior – “Concorda que Portugal seja uma província de Espanha?” – pretendo fazer uma leitura sobre as respostas que forem dadas às opções apresentadas.

Monday, December 31, 2007

2007 - Personagens Internacionais


O século XX habitoou-nos a alterações constantes e continuadas em diversos dominios, no contexto internacional. O início do século XXI e, este ano em particular, continua com o mesmo hábito. Desde o inicio até ao final de 2007, o mundo viveu vários acontecimentos relevantes, alguns com efeitos durante os próximos anos.

Sunday, December 30, 2007

2007 - Personagens nacionais



Foram vários os acontecimentos e as personalidades portuguesas que marcaram o ano 2007. Queria compartilhar com vossas estas memórias e factos recentes.

Não devemos fugir a um dos principais acontecimentos políticos que incluiram directamente Portugal - a Presidência Portuguesa da União Europeia. Correu bem dizem os analistas, e o lado positivo foi visivel. Apesar de alguma exaltação em execesso do Eng. José Socrates, devemos enaltecer esta Presidência e o trabalho efectuado, principalmente pela equipa do Ministério dos Negócios Estrangeiros Português, liderada pelo Dr. Luís Amado e pelos seus Secretários de Estado.

O Professor Anibal Cavaco Silva, continua a dar sinais evidentes de que tem uma presença politica activa, na sua cooperação estratégica com o Governo, criticando quando tem que criticar e elogiando quando entender que deve elogiar. Faço votos para que o Presidente da República mantenha esta postura durante 2008.

A voz de Marisa continua a encantar Portugal e além-Mar, criando ondas de aplauso com o seu trabalho e com os seus espectáculos.

José Mourinho confirmou porque se auto-designo como "Special One" quando chegou a Inglaterra para treinar, o Chelsea. A grande maioria dos ingleses queria que ele fosse o selecionador nacional. É algo que, sem pudor, nos deve orgulhar, e assim de tudo deve orgulhar José Mourinho.

Também não esqueço o nosso selecionador Luís Filipe Scolari (com alma e coração de português) que continua a merecer a admiração, e confiança de consegue fazer um bom trabalho. Acredito que o jovem Ronaldo, treinado por Scolari, consegue ser um dos pilares mais importantes da nossa selecção.

Uma das revelações nacionais foi Vanessa Fernandes, com 22 anos, com verdadeiro espirito atlético, com vontade de vencer - e ela também fez-nos cantar o hino e abraçar a nossa bandeira!

E os Lobos....essa sim uma verdeira equipa, um exemplo para todas as equipas - de qualquer área e de qualquer dimensão. O raygueby era um desporto práticamente inexistente em Portugal, e com esta equipa "teoricamente" amadora, conseguiram um óptimo resultado no campeonato mundial que se realizou em França, enfrentado com honra grandes equipas, com as selecções da Nova Zelândia e da Escócia.

A economia portuguesa pode ter enfrantado, globalmente um ano dificil, mas os bons exemplos continuam a existir. Este ano que termina, é também marcado pelo crescimento de empresas como a Ydream's, a Critical Software, a Martifer e a EDP, que actuam em mercados internacionais onde a conceerência é forte.

A crise no Milleninum BCP parecia inexplicável e, de facto, nem devia ter existido. Mas existiu e levou a mudanças profundas na sua administração, provocando o abandono do seu criador: o Eng.º Jardim Gonçalves.

As Ofertas Públicas de Aquisição também fizeram correr muita tinta em todos os jornais portugueses. As mediáticas OPA's da Sonae sobre a PT e do Millenium BCP sobre o BPI não conseguiram vingar. Num dos casos, o BCP passou de "predador a presa" do BPI.

Joe Berardo consegui dar enfâse, de forma continuada, a uma questão que andou nas cabeças de muitas pessoas - O que quer Joe Berardo...? Será que vamos ter uma resposta em 2008...?



Thursday, December 27, 2007

E de repente....

A cena política internacional perdeu mais uma personagem válida. Mais uma democrata que tombou aos pés de terroristas. Com acontecimentos destes o Paquistão não consegue construir um Estado democratico. Existem algumas suspeitas sobre a "condescêndencia" dos serviços secretos paquistaneses e da policia paquistanesa neste atentado. Por outro lado, a morte de Benazir Bhutto já era prevísel, no actual contexto politico do Paquistão. Quando volto ao Paquistão, depois de um exilio (passou por Londres e pelo Dubai), a antiga primeira-ministra foi alvo de um atentado em Outubro passado, escapando com vida, mas em que morreram mais de 140 pessoas, que acompanhavam a sua comitiva. Benazir tinha vários inimigos no Paquistão, entre militares, extremistas islamicos, e membros do partido que apoio o actual presidente (o ex-general Pervez Musharraf). Em declarações à BBC, um antigo membro de um dos governos de Benazir Bhutto, dizia que este "é o dia mais negro da história politica do Paquistão", e esta afirmação é sintomática sobre o que poderá acontecer entre a facção que apoiava Benazir Bhutto e as outras facções, principalmente o sector islamico integraccionista e alguns militares que chegaram a participar do derrube do governo do pai de Benazir.
O caminho para a democracia não se faz com extremismos, muito menos com assassinatos cobardes e inqualificáveis como este. Em Outubro, e depois de uma tentativa de assassinato, Benazir Bhutto, numa conferência de impresa, dizia que "o Islão condena quem assassina mulheres, e que quem o fizer irá para o inferno". Talvez seja este o destino do bombista-suicida que matou esta mulher!

Sunday, December 23, 2007

O Natal de outros

Não por ser uma época supostamente solidária, nem uma época supostamente de confratenização, nem uma época supostamente de dádiva emocional e sentimental, mas porque por vezes tenho vontade de mostrar raiva, desacordo, de me irritar, de ir contra alguns Status Quo, de ser construtivamente do contra...! São estas as razões, as palavras e as imagens de esta manifestação de Natal!

Ingrid Bettencourt - raptada em Fevereiro de 2002, por um grupo politicamente fanático e extremistra. A sua familia aguarda à várioas anos a sua libertação. O seu crime foi lutar pela existência de uma democracia na Colombia.

Darfur -... mais uma vez um genocidio,.... mas uma vez em África....mais milhares de mortos e de deslocados e refugiados....mais mulheres violentadas e crianças orfãs.....e mais uma vez uma parte (felizmente, uma pequena parte do mundo) que não se preocupa com esta crise! Terminar com este conflito é urgente, tal como devemos ter a racionalidade de o compreender para o podermos enfrentar!



Crise nos Estados Unidos - estavamos habituados a ver os Estados Unidos da América ser o motor, ou dos principais motores da economia mundial, mas a recente crise financeira que afectou sobretudo o sector imobilário e o créditos destinado a este sector, está a afectar mais de 2 milhões de familias americanas. Existem situações e cenários mais graves em outros países, mas penso ser triste uma familia perder a sua casa numa altura destas....!








Thursday, December 20, 2007

Inteligência, Informação e Economia




Esta minha relefxão surge em virtude de uma reunião da Share, na qual o Prof. António Lobo, proferiu uma pequena dissertação sobre um tema pertinente para a realidade económica e empresarial - a Inteligência Económica.

Estas três palavras, que todos admitimos a sua profundidade e pertinencia, nos contextos académico e empresarial, dão azo a o que podemos chamar de Inteligência Económica. A realidade das economias das empresas e dos países onde elas actuam, tem que lidar com um novo factor - que me atrevo a classificar como factor de produção - o Conhecimento ou por outras palavras, a Inteligência.

Partindo de uma base teórica concensual, que é a importância do Saber para qualquer indíviduo e para qualquer organização, o Conhecimento quando materializado é transformado em produtos ou serviços. Esta permissa tem evoluido ao longo dos tempos, e adaptado-se à evolução tecnológica e de gestão aplicadas nas empresas. Desde as esruturas organizacionais básicas, com apenas dois níveis de gestão (ou administração, um termo mais apropriado para as empresas na 1ª metado do secúlo XX), até às actuais estruturas multilateriais, com pelo menos três níveis de gestão, que caracterizam qualquer grande empresa, a necessidade do Saber sempre esteve e está presente.

Esta "nova" realidade é quase um dado assente para muitas empresas portuguesas, que se traduz num maior cuidado na recolha e selecção da informação que importa para cada negócio. As ferramentas técnologias de comunicação e de gestão da informação, são grandes e preciosos auxiliares em ajudar os gestores e decisores empresariais e económicos sobre as melhores decisões que possam ter nas suas empresas. São várias as tecnologias que ajudam os gestores, desde o Customer Relationship Management (CRM), até aos Portais e Plataformas Internas de Comunicação em Tempo Real. Muitas empresas transnacionais não conseguiriam ter o posicionamento que tem nos seus mercados, se não utilizassem tecnologia que os ajudasse a gerir a informação que recebem e que produzem, como o caso da Microsoft e da Volkwagem.


Não devemos, porém, confundir Inteligência Económica com Bussiness Intelligence. A Inteligência Económica visa gerir a informação que vêm de fora da organização, e obter dela o que mais interessa para a empresa ou organização, e a Bussiness Intelligence actua internamente, na gestão da informação produzida pela empresa, visando também maximizar os seus resultados e optimizar a sua imagem junto dos actores externos às empresas (clientes, forncedores, Estado, etc.)

Thursday, December 13, 2007

Em Bali ocorre uma conferência.......


Ocorre mais uma reunião magna de um dos principais pilares de preocupação das Nações Unidas - a Conferencia sobre Alterações Climáticas. Entre 3 e 14 de Dezembro de 2007, em Bali, na Indonésia, os Estados-membros das Nações Unidas, que assinaram o Protocolo de Quioto, encontra-se a realizar um balanço sobre as suas politicas ambientais e, a procurar concialiar e estabelecer estratégias para a minização (quiçá a sua anulação) dos problemas ambientais que afectam o nosso planeta. Os Estados Unidos mais uma vez, não se mostraram totalmente colaborativos, em particular no que se relaciona com a divulgação, à Nações Unidas, com os resultados dos indicadores ambientais, acordados no Protocolo de Quioto. Os grandes países e com maior capacidade e actuação industrial devem, definitivamente, aceitar as medidas estabelecidas em Quito. Pelo bem de todos nós!

O Tratado a este momento


A esta precisa hora...a este preciso minuto a Chanceler alemã Angela Merkel assina o Tratado de Lisboa. Outras assinaturas a precederam e outras estão a ser colocadas a seguir. A União Europeia está neste momento a marcar um momento histórico, um momento da sua história. Um momento........mas, na sua essencia, um momento protocolar....um momento simbólico.....! A Europa, a velha e a nova Europa, não é apenas simbólica, é mais do que isso, é um verdadeiro ponto de origem de mitos, de crenças, de destinos de outras nações. Que este tratado seja um destino de verdadeira união politica!

Saturday, December 1, 2007

África em Lisboa

Entre os dias 7 e 9 de Dezembro, Lisboa vai ser palco da maior reunião de chefes de Estado e de Governo jamais realizada em Portugal e, penso eu, na Europa. Tema principal - discutir o futuro das relações entre África e a Europa na era pós-colonial.

Polémicas à parte, espero que se consiga, pelo menos chegar a alguns principios de novas relações políticas e económicas entre os dois continentes, e que seja também um contributo para a implementação de uma estratégia para a maioria dos países africanos (quase todos da África a sul do Sahaara), que os afaste, progressivamente, da condição de países receptores de ajuda da União Europeia, dos Estados Unidos, da China e do Japão.

Queria, no entanto, partilhar a minha opinião sobre alguns assuntos que envolvem este acontecimento.

1º - Esta cimereira deve estar orientada para a definição (oficial) de uma estratégia de desenvolvimento para África. Esta julgo ser a essencia do trabalho que irá ocorrer ao longo deste grande evento diplomático;

2º - Os lideres politicos da União Africana e da União Europeia devem confirmar a sua vontade, em alcançar os oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, com incidencia, do meu ponto de vista na Saúde e na Educação;

3º - Sensibilizar os responsáveis politicos africanos a implementar medidas efectivas para a defesa dos direitos humanos, das liberdades e garantias dos seus povos, e da livre participação democrática.

4º - Os espaços comerciais africanos e a UE, devem fortalecer o seu relacionamento, nomeadamente através de alguma redução da carga fiscal, principalmente para os países de destino das mercadorias;

5º - Os movimentos emigratórios entre África e a Europa devem ser redefinidos, com vista a equilibrio populacional e a uma boa integração dos emigrantes africanos;

6 º - As fronteiras africanas devem ser geridas, redefinidas e/ou mantidas, de acordo com as necessidades e aspirações politicas, culturais e económicas dos povos africanos, respeitando as tradições que façam valer a concordância, a cooperação e a paz entre as nações africanas.

7 º - África e a UE devem também serem parceiros na luta contra o terrorismo, cujas as ramificações estão implementadas em alguns Estados do Norte de África e do Magreeb;

8º - Os Estados africanos devem adoptar, progressivamente e consistentemente, formas de governação que os levem a dimuir (e terminar) a dependência estrutural das ajudas externas oriundas da UE e também de outros espaços económicos, das Nações Unidas e do Grupo Banco Mundial.

Apesar de não ser grande apreciador de momentos pomposos, faço votos para que esta Cimiera aprove a Declaração de Lisboa, e que seja, de facto e de jure, um marco histórico que faça avançar verdadeiramente o Desenvolvimento em África, com repercuções no resto do Mundo.

Novamente.....

Mais uma situação a lamentar num país arabe, desta vez no Sudão.. A professora Gillian Gibbons, de nacionalidade inglesa, aguarda um julgamento por ter permitido que um aluno chama-se Maomé a um ursinho de peluche. A situação ainda não foi resolvida, apesar de alguns diplomatas britânicos estarem a negociar com o governo Sudanês. Esta professora arrisca-se a uma pena de 40 chicotadas em local público. Este nosso mundo ainda tem estórias destas.....!

Saturday, November 17, 2007

A arte da injustiça

Foi supreendido por uma noticia do jornal Público, que retrata um noticia sem qualquer sentido - o agravamento de uma pena de uma rapariga de 19 anos, de um país muçulmano, que foi violada várias por um grupo de 7 homens. Esta é uma história triste, muito triste..nada humana nem digna da condição humana...! Confesso que fiquei enojado e indignado! Não qualquer justificação para o sofrimento desta rapariga!




Depois de ter sido violada, a rapariga foi entregue à justiça, como sendo a provocadora deste acto irracional e desumano, e foi condenada a 90 chicotadas, como se fosse ela a culpada....! E para agravar e aumentar o "ridiculo" da história o mesmo tribunal aumentou a pena para 200 chicotadas...! Será que o juíz (ou juízes) que condenaram esta rapariga tem filhas? Será que são seres humanos? Será que sentem alguma coisa...? Depois do que li, tenho sérias dúvidas...!

Não pode haver justificação legal, moral, ética, nem religiosa para esta história. A não ser que os deuses (ou Deus) estejam todos loucos! Tem que ser feita pressão a todos os níveis para se acabar com este tipo de injustiças. A ONU tem que liderar este combate com muita força e pressão, nomeadamente através da Assembleia-geral e do Conselho de Segurança. Os Governos e Chefes de Estado dos países membros do Conselho de Segurança, tem que colocar nas suas agendas políticas a resuloção deste tipo de problemas e de actos crueis. A União Europeia, também tem capacidade política para exigir junto dos países arabes que tem esta prática, que terminem com este tipo de injustiça, a bem da condição humana e da protecção das mulheres e dos seus direitos mais elementares!



Thursday, November 1, 2007

Dias Europeus do Desenvolvimento


Nos próximos dias 7, 8 e 9 de Novembro, irá ter lugar em Lisboa, as Jornadas Europeias de Desenvolvimento de 2007. O tema central que será discutido nestas jornadas será "Clima e Desenvolvimento - que alterações?". Não estou a assumir o papel de jornalista que vos informa sobre a ocorrencia de determinado evento. Queria apenas referir algumas palavras, nomeadamente sobre a ideia de Desenvolvimento.


A noção de Desenvolvimento é por vezes, deturpada da sua realidade, quando falamos em termos económicos e sociais. É prática comum, a muitos politicos utilizarem esta noção para evidenciarem qualquer "obra feita". Este termo, para a ciência económica, começou a ganhar relevo no anos 50 e 60 do secúlo XX, através da intervenção ciêntifica de economistas como Celso Furtado e Robert Solow, teóricos do desenvolvimento económico. Ao longo das últimas 50 décadas, a ideia de desenvolvimento teve várias transformações, que do meu ponto de vista, foram transformações evolutivas e com a intenção de melhorar a condição humana - embora muitas vezes fosse apenas uma intenção teórica e não prática.


São vários os termos que deviravam da ideia e conceito de Desenvolvimento. Termos como: subdesenvolvimento, desenvolvimento sustentável, desenvolvimento humano, desenvolvimentismo, países em vias de desenvolvimento, ajustamento estrutural, etc.,. Genéricamente, e em cada década (desde 1950-1960), que o conceito de Desenvolvimento se adaptou às várias conjunturas económicas e políticas que foram surgindo, principalmente nos países do hemisfério sul. As diferenças entre a prática e a teoria entre a aplicação destes conceitos são, pública e genericamente conhecidas, assim como o falhanço de determinadas politicas de ajuda ao desenvolvimento - com culpas do lado dos países doadores e também dos países receptores dessa mesma ajuda.



Voltando ao tema deste texto, espero que o principal assunto em discussão nestas jornadas faça verdadeiro eco nas politicas económicas de todos os países da União Europeia, e que a Comissão continue a ter uma estratégia de protecção e sustentabilidade ambiental, a bem do futuro de todas as gerações da UE e de todo o
planeta.



Como a Comissão não tem, necessáriamente a obrigação total e exclusiva de defender e aplicar uma política ambiental destinada à cooperação para o desenvolvimento, as várias instituições de Cooperação (públicas e privadas) da UE, devem entender as alterações como uma causa a ser inserida na lógica orçamental dos seus projectos e programas de ajuda ao desenvolvimento.
A "famosa" meta dos 0,75% do PNB de cada Estado-membro da OCDE destinada ao orçamento para a Cooperação, deve incluír recursos financeiros para projectos de sustentabilidade e protecção ambiental. Caso contrário, a mensagem que, penso eu, será transmitida nestas jornadas não será tida em conta nos decisores públicos e governamentais dos países da OCDE e da UE, sem esquecer também as outras potencias industriais, vulgo, Estados Unidos, China, India, Russia e Japão.

Saturday, October 27, 2007

Rectificação porreira


O primeiro-ministro português José Socrates e o Presidente da Comissão Europeia ficaram contentes com a aprovação do novo Tratado da UE. Socrates salientou a sua satisfação com um expressivo "Porreiro pá!" junto de Durão Barroso e de outros convivas desta vitória (ainda não concretizada) política.

A verdadeira operação de aceitação deste Tratado é feito em cada Estado-membro da UE. Durante 2008 todos os países da UE, irão prenunciar a sua aprovação ou reprovação deste Tratado acordado em Lisboa em Outubro de 2007. Penso que os chefes de Governo e os membros da Comissão Europeia cantaram demasiado cedo a vitória. Esperemos pelo final de 2008, para confirmar-mos se temos uma Europa unida politicamente.

Familias no Poder


Existem dois casos, em dois países muito diferentes, com familias diferentes, que retratam o "rículo" na politica - o casal Kirshner na Argentina e os irmãos Lech Kaczynski e Jarolaw Kaczynski na Polónia.

É, no minimo, legitimo estranhar as relações que se estabeleçem entre a ocupação de cargos de poder público e politico e as relações familiares. Será saudável...?

Apetece-me colocar algumas questões sobre este assunto...!

1º - Estas duas familias movem-se por necessidade ou por crenças e designios sociais e políticos?

2º - Será que as suas motivações e estratégias politicas tem inspiração monárquica, nomeadamente relacionada com a époda Absolutista vivida na Europa do seculo XVIII?

3º - Os seus filhos e descendentes irão ocupar os seus lugares ou lugares próximos aos seus?

4º - Quais são os seus apoiantes? Será que são familiares também? Ou gostariam de ter uma relação familiar, com as familias em causa?

Não tenho elementos que consigam responder a estas questões, e enquanto eu não for devidamente esclarecido, ficam as dúvidas.

Os irmãos foram politicamente derrotados nas eleições legislativas polacas de 21 de Outubro deste ano, depois de terem ocupado 2 anos no poder, inseridos numa coligação governamental.

Nestor Kirshner está a abandonar a Presidência da Argentina, e a sua mulher Cristina, que foi uma espécie de "primeira-ministra sombra" nos últimos 4 anos, prepara-se para ir a sufrágio e ganhar as eleições. A escritora Olga Wornat, autora da biografia não-autorizada “Rainha Cristina”, destaca que os dois são uma perfeita parceria mobilizada pela sede de poder. “Um poderoso dueto que sabe muito bem o que quer”. E assim vai a vida política na Argentina...!

Saturday, October 13, 2007

Sentimento Sagrado


A data de 13 de Outubro é sagrada para muitos católicos. Festeja-se hoje 90 anos (foi em 1917) sobre a segunda aparição da Mãe de Cristo a um grupo de pastorinhos e de milhares de pessoas, em na localidade de Fátima, a mais de 100 km da capital portuguesa, Lisboa.

Não sou católico, mas não deixo de ficar impressionado com a quantidade de pessoas que se dirigem nesta data (e outra em Maio), ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Podemos observar manifestações emocionadas, que as próprias pessoas, que as manifestam, não sabem exactamente o que as provacam. Há nisso um certo misticismo e inocencia, talvez adequados ao Sagrado, ao Religioso.

Em locais como este Santuário é que podemos crer que o Homem, não se manifesta apenas em carne, mas também em alma, em sentimentos. E afirmo isto, sem ter crenças católicas, mas assumidamente sou Cristão.

Nobel da Paz de 2007 - Al Gore ou a Causa Ambiental?


Inicie-mos pelo facto - o prémio Nobel da Paz foi atribuído este ano ao ex-Vice-Presidente dos EUA, Al Gore. Seguramente, que ele se sente horando e feliz por esta distinção. Este prémio irá dar-lhe mais visibilidade e capital politico, mesmo que o próprio premiado, coloque estas consequências em segundo plano.

Se este prémio tiver efeitos, na opinião publica sobre a realidade ambiental e as prevenções e modificações que tem que ser feitas pelos responsáveis politicos, empresariais e cientificos, então eu sentirei mais esperança no futuro sustentável do nosso planeta. Se Academia Sueca, com este pémio atribuido a Al Gore, quiser premiar as preocupações ambientais, então a Academia Sueca, também está de parabens. Premiar a Paz utilizando o Ambiente - ...antes tarde que nunca!

Sunday, September 30, 2007

Outro exemplo do lado negro do poder


Durante este mês temos assistido a um conjunto de manifestações e conflitos de rua em Myanmar (a antiga Birmania), situado perto do sudueste asiático, fazendo fronteira com países como a China, a Tailândia e a Índia.

Colónia britânica entre 1937 e 1942, tendo sido invadida e ocupada pelos Japão, entre 1942 e 1945, este país vive governado por militares desde 1962. Salvarguradando uma transição efémera ocorrida em 1988, este país vive sobre uma ditadura militar, à 45 anos. Trata-se de mais um Estado que tem vivido subjugado aos ditames de um grupo social (os militares), que, do meu ponto de vista, não devem, enquanto exercem a actividade militar, estar a ocupar lugares políticos e de decisão pública.

Não conheço este país, nem em teoria nem na prática. Tenho acompanhado a comunicação social, lido alguns artigos e consultado alguns sitios da internet, que me possam esclarecer sobre os acontecimentos que afectam, actualmente, Myanmar. As minhas afirmações sobre este assunto, relacionam-se, sobretudo, com os meus valores democráticos e humanitários. Sem qualquer pudor, ou preconceito. Não tenho nada contra os militares, e tenho um grande respeito por esta classe. Mas este respeito deve ser cultivado, e só um regime democrático, pode contribuir para um bom relacionamento entre a sociedade cívil e os militares.

Os militares que ocupam o poder em Myanmar, tem que ouvir as reenvidicações da sociedade cívil, nomeadamente dos monges budistas, que pedem uma alteração de regime neste país. O poder político é legitimado através de regras democráticas, e quando assim não acontece, a situação social e política de qualquer Estado encontra-se fragil e com pouco ou nenhum crédito, perante o seu povo e perante outros Estados.

Saturday, September 29, 2007

Questões e dúvidas

Bem sei porque criei este Blog! Falar um pouco sobre o que vejo, o leio, sobre o mundo de fora e o mundo de dentro. Mas também sobre o meu mundo...!

Falarei neste texto um pouco sobre acontecimentos recentes do meu mundo.

Falo aqui, pela primeira vez da minha actividade partidária e política, algo que, seguramente, não farei com frequencia! O partido do qual sou militante, o Partido Social Democrata (PSD), elegeu um novo líder, através do sistema de voto directo dos seus militantes. Eram duas as candidaturas. Uma liderada por Luís Marques Mendes, conotada com uma linha mais elitista e racional do partido, e a outra candidatura tinha como lider Luís Filipe Menezes, mais conhecido por ser emocional e mais ligado aos militantes de base.



O processo eleitoral foi composto de acontecimentos normais e anormais, com sondagens encomendadas por ambas as listas, a indicarem resultados favoráreis para as duas candidaturas.
Os acontecimentos normais fazem parte de qualquer acto eleitoral, independentemente dos seus protagonistas e do tipo de eleições em causa. Os acontecimentos anormais, infelizmente ocorreram.....! Desde pagamentos misteriosos de cotas, militantes das comunidades portuguesas que não existem, informações on-line mal elaboradas e ilusórias, queixas sobre o tratamento de alguns órgãos de comunicação social,...enfim, foram alguns acontecimentos que não favoreçem a imagem de um partido com o qual ainda me identifico e onde encontro militantes com capacidade de lidar o PSD e, ocupar cargos de destaque a nível nacional.


Bem sei que ainda "vai estalar muito verniz" no próximo congresso nacional, existiram muitos silêncios e declarações de apoio tardias. Há muita coisa por dizer. Haverá, durante o congresso, muitas intervenções exaltadas...talvez com ou sem razão...com ou sem lógica....com ou sem malicia....

Fiz parte do conjunto de militantes que durante as últimas semanas, que antecederam o acto eleitoral, tinham muitas dúvidas e exitações. Continuei nesse estado até ao próprio dia das eleições. Votei, e votei em consciencia, com alguma reflexão prévia, e pesando os prós e os contras de cada candidatura. Aliás, tive, a "precaução" de ouvir cada um dos dois candidatos, quando estes vieram à minha terra, Setúbal.

Perto das 24 horas do dia 28 de Setembro, os apoiantes de Luís Filipe Menezes, começavam a gritar vitória e a comportarem-se efusivicamente. Confesso que não estava à espera desta vitória....!

Surgem-me, logo após saber alguns resultados, nomeadamente os da secção à qual pertenço, algumas dúvidas e questões, que ainda considero legitimas colocar.

1º - Será que o sistema de eleições directas para um partido político resulta?
2º - Será que os miltantes queriam escolher o Dr. Luís Filipe Menezes para líder do PSD?
3º - Será que os militantes sabem qual é o significado político do voto em branco?
4º - Será que os militantes reflectiram bem?


Sobre algumas questões tenha a minha opinião, que admito, é tão válida como de qualquer outra pessoa, seja ela militante ou simpatizante do PSD. Em relação às eleições directas, por principio, concordo com este sistema. Mas os efeitos que produz - e constatamos isso durante as últimas eleições para a liderança do PSD - ser contrários às necessidades e essência de um partido. Julgo que não houve esclarecimento suficiente sobre os projectos, da parte das duas candidaturas. Existiram demasiadas "trocas de galhardetes" entre os dois candidatos à liderança, e entre alguns membros dos seus apoiantes. Outra falha, que pode constactar, foi a falta de discussão, nas assembleias concelhias e distritais, sobre estas eleições.

Respondendo à segunda questão, e pelo que pode observar, uma parte dos militantes do PSD, queria uma mudança de líder, e queriam, de alguma forma, dar esse sinal ao partido e à seu anterior líder, o Dr. Luis Marques Mendes. O sinal, que muitos desses militantes resolveram dar, foi o voto no Dr. Luís Filipe Menezes. Fica a questão no ar...Será que esses foram votos de circunstância ou de convicção?

A terceira questão, está intimamente ligada à segunda: Será que os militantes sabem qual é o significado político do voto em branco? Será que sabem que pode transmitir uma discordiancia com qualquer uma das candidaturas concorrentes? Será que sabem que é um voto válido, perante a Lei e, em termos políticos? Fiquei com a sensação que alguns militantes não percebem qual é significado do voto em branco....!

O Dr. Luís Filipe Menezes, ganhou a liderança do PSD, obtendo os votos necessários, segundo um processo democrático. Mas ficaria mais confiante, e seria mais saúdável para um partido como o PSD, se a sua vitória fosse mais sólida e apoiada por todos, ou quase todos os sectores deste partido. Refiro-me em particular, a personalidades que ocuparam e ocupam cargos de destaque dentro e fora do PSD. Segundo a giria jornalistica...os "Barões" do PSD.

Apesar das crenças, há mais vida para além da política e dos partidos...!

Saturday, September 22, 2007

Vicio em forma de palavra

Este pequeno texto serve de confidência, é um ligeiro desabafo. Recordo de algumas palavras ditas por escritores como Nuno Judice, Mario de Carvalho, Vasco Graça Moura, e outros escritores portugueses e de outras nacionalidades - concluí à mais de 10 anos atrás (tenho 32), que para os escritores escrever é um vicio, e para alguns uma "doênça" incurável. O meu estado fisico e mental, não chegou à extrema dependência das palavras e da escrita, mas assumo a minha tendência para alimentar uma relação de vicio com as palavras.

Já aqui falei do poder das palavras, segundo alguns grupos sociais e profissionais. Assumo neste pequeno texto, o meu vicio com elas.....as palavras!

Friday, September 21, 2007

Paz discreta


Comemora-se hoje o dia internacional da Paz. Não vejo muitas referências na comunicação social sobre este assunto, a não algumas curtas referências e noticias circunstânciais no interior de alguns jornais e no meio do conjunto de noticias nos jornais televisivios e radifónicos. Sinceramente, também não vejo grande motivo para sancionar os jornalistas, pela pouca evidência que deram a esta celebração internacional.

Acredito na Paz, que podemos e devemos atingir uma condição individual e colectiva de tranquilidade, respeito e solidariedade entre os povos. Deixem-me só colocar uma questão: então e o destino do Homem, será só feito de Paz?

Por vezes, nos dias que vivemos, colocamos dictomias entre várias coisas, objectos, sentimentos, ideias. Uma coisa não existe sem o seu contrário, para Noite tem que haver Dia. Sei que é polémico e, admito, dificil acreditar que para existir Paz tem que existir Guerra. Aconteceu no passado, acontece no presente, e muito porvavelmente acontecerá no futuro.

Estes celebrações instituidas pela comunidade internacional devem manter-se, mas mais do que oficializar datas em virtude de propósitos políticos, devem implementar-se acções, conduzir mudanças efectivas e melhorar, de facto, as condições de vida das populações mais carenciadas. Se quisermos que a condição da Paz superer a condição da Guerra, devemos começar por evoluir como Homens e como Mulheres, tornar as nossas vidas consistentes e válidas para nós mesmos. Devemos contibuir, efectivamente, para tornar os conceitos de equidade e de igualdade consistentes, equilibrados e verdadeiros. Estes dois conceitos podem existir, se existirem diferenças sociais, politicas e económicas. Se tiveremos diferencias entre os Homens nas relações internacionais, elas não representaram, em concreto, um elemento de conflito, seja ele étnico, politico, religioso ou económico. E não nos devemos esquecer, que a Humanidade evolui, porque também viveu conflitos, guerras entre os seus povos, desde o seu início.

Wednesday, September 5, 2007

África - convém lembrar! - apontamento critico

O video do post anterior, contêm as vozes de Bono Vox e de Alicia Keys e pedem a África e aos africanos para não desistirem. Concordo de forma consciente. Mas gostaria de "falar sobre esta não desistência" com algum raciocinio.

Naturalmente que nenhum país, nenhum Estado deve desistir de evoluir, de proteger o seu povo, de criar condições para o seu desenvolvimento. Mas a palavra "desistência" (dont give up) pode ter várias leituras no contexto deste video. Entre as décadas de 60 e 90 do século XX, será que os governos e os responsáveis politicos africanos "desistiram"...? Será que houve "desistência" de governar, de cuidar dos seus povos, dos seus Estados...? A minha resposta é afirmativa. E passo a explicar porquê. A desistência dos governantes africanos deve-se à sua falta de responsabilidade e de consciência. Exemplos concretos: Guné-Bissau, Zimbabwe e Sudão.

Monday, August 27, 2007

A mão pesada de Vladimir Putin


Um dos lideres mundiais que, do meu ponto de vista, mais força interventiva interna tem é Vladimir Putin, o Presidente da Federação Russa. São vários os casos, já conhecidos, em que alguma comunicação social russa (e internacional também), aponta o dedo à intervenção de Vladimir Putin, de forma directa ou indirecta.Ex-operacional do KGB, Putin valoriza um Estado russo securitário e forte, nomeadamente em termos internacionais e militares. Putin já demonstrou várias vezes a sua firme determinação, em aniquilar qualquer forma de terrorismo que exista na Russia. Doa a quem doer...!

Lembre-mo-nos, então, de alguns casos. Começando pelo assassinato da jornalista Anna Politkovskaya, ocorrido a 7 de Outubro de 2006. De acordo com uma declaração da União de Jornalistas da Rússia, desde que o presidente russo, Vladimir Putin, chegou ao poder, no início de 2000, 12 casos de assassinatos de jornalistas ainda não foram devidamente esclarecidos. Politkovskaya, é mais uma na lista dos mais de 300 jornalistas mortos ou desaparecidos na Rússia desde 1991. Politkovskaya critica a politica do governo de Putim contra a guerrilha tchetchêna. Esta jornalista vinha cada vez a pôr em causa a existência de liberdade de expressão na Russia, principalmente em termos de opinião publicada por jornalistas.

Outro caso que revelou, algum mau estar na Russia, e que teve um impacto mais forte na opinião pública estrangeira, foi a morte do ex-expião russo Alexander Litvinenko, falecido, em Londres, por uma dose do veneno radioactivo polónio 210. A história da morte deste antigo espião russo esteve envolvida num enredo misterioso, que em ultima instância, tudo levou a crer que o Kremilin estivesse de alguma forma envolvido neste caso. Litvinenko era um critico do regime de Putin, e responsabilizou o presidente russo do seu envenenamento, numa carta enviada ao próprio Putin.

Recordemo-nos, também, do que aconteceu num teatro em Moscovo, em Outubro de 2002. Um comando tchetcheno invadiu o Teatro Bolshoi em Moscovo, quando decorri um espetáculo a que assistiam cerca de 800 pessoas, algumas de outras nacionalidades, como americana, neo-zelandesas, australianas e inglesas. O grupo tchetcheno era constituido por 25 homens e 25 mulheres, que reenvidicavam a saída das tropas russas da Tchétchenia. Altamente armados, o sequestros provocado por este comando durou vários dias, e a terminou com a morte dos 50 tchetchenos e de 117 cívis. Após várias tentativas de negociação e de planamento da entrada no Teatro pelas forças de segurança russa, Putin deu ordem para que fosse utilizado um gás que provoca alterações nas funções vitais dos orgãos, levando à morte por insuficencia cardiaca. Putin, decretou um dia de luto nacional, pediu perdão às familias das vitimas, mas podia ter actuado de outra forma.

A actuação da guerrilha tchetchena não se esgotou no Teatro Bolshoi e, em 2003 um grupo de 26 guerrilheiros tchetchenos sequestrou mais de mil pessoas (entre centenas de crianças - 70% no total, indicou mais tarde uma fonte do governo russo), numa escola em Beslan, na provincia da Ossétia do Norte, pertencente à Federação Russa. Apenas um guerrilheiro sobreviveu à actuação das forças de segurança russas, a maioria das vitimas foram crianças, sendo que perto de 200 morreram durante os confrontos ou foram executadas pelos guerrilheiros.

Apesar da politica de segurança interna e de resulção dos seus conflitos estar envolvida em decisões polémicas e questionáveis, Vladimir Putin mantêm a confiança e a simpatia de mais de 50% dos eleiores russos. O actual Presidente russo consegiu implementar reformas económicas que, de alguma forma, provoca o aumento do Investimento Directo Estrangeiro com a instalação de empresas como a IBM, a Motorola, a Intel e a Boeing.

Este é o seu segundo mandato, e segundo a constituição da Federação Russa, apenas podem ser cumpridos, pelo mesmo Presidente, dois mandatos. Até agora os analistas politicos russos e a comunicação social russa ainda não consegiu vislumbrar um candidato à altura de Putin.

Monday, August 20, 2007

Dois gigantes com pés de barro no centro do Mundo

Não é dificil estarmos atentos à realidade que nos rodeia noutros países. Temos acesso a várias fontes de informação, e a vários meios para analisar-mos a validade dessa informação. E quando a informação é um facto, então a análise é mais facilitada.


Ver hoje a China e a India como potencias económicas e politicas no concerto das nações, é um facto inegável. Ao falar sobre este dois países, temos que ter em atenção, algumas realidades que são inegáveis - a sua evolução tecnológica, o aumento da sua capacidade produtiva e os seus indicadores macro-económicos.


Segundo dados da revista "Economist", a China atingiu 10,7% de crescimento económico interno (PNB) em 2006, prevendo-se um crescimento do PNB, em média, de 8,62% até 2011. A actividade economica chinesa está assente, com mais de 50%, na Indústria, nomeadamente na industria transformadora e extractiva. O governo chinês tem efectuado, desde 1984, uma reforma económica que se aproxima fortemente do sistema capitalista, embora a presença do Estado na economia seja muito forte.





A emergência da China já não é somente uma previsão económica ou geopólitica, é um dado adquirido e cada vez mais sentido, nomeadamente em termos comerciais. Também vale a pena referir o cada vez maior intervênção da China no sistema de Cooperação Internacional, com o financiamento através de contractos-programa em Angola, Moçambique, São Tomé e Principe e Cabo-Verde, só para sitar estes países.


A China encontra-se no coração politico e geográfico da Ásia, faz fronteira com 14 Estados, é membro permanente do Concelho de Segurança da ONU, tem 9,6 milhões de km2 que se estendem sobre os mais de 4000 km desde as suas fronteiras orientais até às suas fronteiras ocidentais. Outro poderoso elemento estratégico, é a sua diversidade de recursos minerais (carvão, gás natural, petróleo). A China é o unico país do mundo que têm 4 mil anos de história ininterrupta, com uma civilização milenar.


Não me restam dúvidas sobre as potencialidades económicas da China Mas parafraseando um ditado popular espanhol "Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem!", este gigante económico sofre de carências estruturais, mesmo no campo económico. A economia chinesa não tem um sistema bancário e bolsista semelhante aos que existem nos países-membros da União Europeia ou nos Estados Unidos da América. Tem um sistema desorganizado, sustentado por decisões estatatais; a título de exemplo, muitas familias chinesas ainda não se habituram a depositar dinheiro nos bancos e a investir em titulos e instrumentos financeiros.


Não devemos esquecer que a China vive sobre um regime de partido único à largas dezenas de anos - o Partido Comunista Chinês. Por muitas máscaras e cenários de desenvolvimento económico que se criem, um país que vive com liberdade de expressão política e cultural limitada, não consegue progredir socialmente, não consegue criar gerações que tenham espaço para evoluir ideológicamente e culturalmente.

A índia apresenta sinais e um historial de desenvolvimento, nos últimos 20 anos, semelhantes à China. Consegui apresentar resultados macro-económicos bastante favoráveis, com um crescimento do PNB, entre Março de 2006 e Março deste ano, de 8,4%, segundo dados da Organização Central de Estatíticas da India.

Podemos caracterizar a economia indiana, como uma economia dualista com sectores primários a enfrentar dificuladades de produção e de escoamento dos seus produtos, mas com um desenvolvimento cada vez mais acentuado em sectores tecnológicos, como por exemplo a indústria de Software. Esta industria tem contribuido para a criação de emprego, constituido por técnicos de elevadas qualificações, e tem sido também um polo de atracção de investimento estrangeiro. A Microsoft é um desses casos.

Estou certo que a Índia apresenta indicadores económicos que alimentam, de facto, a imagem de uma potencia regional cada vez mais forte e politicamente interventiva. Mas a Economia (seja como teoria seja como prática) não vive isolada das restantes dimensões de qualquer sociedade. o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2005 coloca a Índia como um país de desenvolvimento médio, atrás de países como Cabo Verde, Egipto ou Colombia. Com situações de pobreza, alto nível de desemprego e baixos níveis de IDH, o governo indiano precisa definitivamente implantar mecanismos para redução da burocracia fiscal e das barreiras de entradas para o investimento directo estrangeiro. A Índia ainda apresenta debilidades caracteristicas de um país em vias de desenvolvimento, nomeadamente ao nível do saneamento básico nas zonas urbanas e rurais, na excessiva concentração populacional em volta dos grandes centros urbanos, na desiguladade do género e alguma marginalização poltica e social das mulheres, etc.

Tanto a China como a Índia, são dois países que devemos continuar a observar durante as próximas décadas. O seu potencial de crescimento económico está provado, mas falta a sua sustentação e consequente alcançe de um patamar sólido de desenvolvimento humano, nas suas vertentes económica e social. Os governos dos dois países são actores importantes neste processo de crescimento, mas não cabe únicamente aos políticos e governantes desses países assumirem essa resposabilidade. Para atingir níveis de desenvolvimento sustentável, todos os actores são necessários, universitários, empresários, intelectuais, médicos, juristas, operários, etc. Não devemos esquecer que a maturidade democrática (semelhante a alguns Estados europeus) é, do meu ponto de vista, um elemento essencial para que este dois países deixem de ter pés de barro.