Sunday, September 30, 2007

Outro exemplo do lado negro do poder


Durante este mês temos assistido a um conjunto de manifestações e conflitos de rua em Myanmar (a antiga Birmania), situado perto do sudueste asiático, fazendo fronteira com países como a China, a Tailândia e a Índia.

Colónia britânica entre 1937 e 1942, tendo sido invadida e ocupada pelos Japão, entre 1942 e 1945, este país vive governado por militares desde 1962. Salvarguradando uma transição efémera ocorrida em 1988, este país vive sobre uma ditadura militar, à 45 anos. Trata-se de mais um Estado que tem vivido subjugado aos ditames de um grupo social (os militares), que, do meu ponto de vista, não devem, enquanto exercem a actividade militar, estar a ocupar lugares políticos e de decisão pública.

Não conheço este país, nem em teoria nem na prática. Tenho acompanhado a comunicação social, lido alguns artigos e consultado alguns sitios da internet, que me possam esclarecer sobre os acontecimentos que afectam, actualmente, Myanmar. As minhas afirmações sobre este assunto, relacionam-se, sobretudo, com os meus valores democráticos e humanitários. Sem qualquer pudor, ou preconceito. Não tenho nada contra os militares, e tenho um grande respeito por esta classe. Mas este respeito deve ser cultivado, e só um regime democrático, pode contribuir para um bom relacionamento entre a sociedade cívil e os militares.

Os militares que ocupam o poder em Myanmar, tem que ouvir as reenvidicações da sociedade cívil, nomeadamente dos monges budistas, que pedem uma alteração de regime neste país. O poder político é legitimado através de regras democráticas, e quando assim não acontece, a situação social e política de qualquer Estado encontra-se fragil e com pouco ou nenhum crédito, perante o seu povo e perante outros Estados.

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