Wednesday, April 29, 2009

Dito Divino VIII

Há frases que surge de forma inesperada, apanham a nossa consciencia desprevenida....! Fui ouvinte, hoje, numa rua de Lisboa, de um frase dita por cidadão que passava por mim:

"Quanto mais sorte tenho, mais sei que tenho que trabalhar....!"

Fica o registo, em tempo de crise económica.

Saturday, April 25, 2009

A passear na Avenida à 35 anos


Passaram 35 anos sobre um dia. Certo que não foi um dia comun, nem comuns os seus acontecimentos, as palavras que foram ditas, nem as decisões que foram tomadas. Mas foram ditas, foram tomadas....e ainda hoje as vemos, as ouvimos e as vivemos. Comparação linear e identitária com outros países....?! Neste momento, não consigo observar outros exemplos que sejam plenos na história, no tempo e nos factos. Devo estar inspirado eu......será...???

Muito foi feito...acredito que sim! Muito está por fazer....também acredito que sim! Muito se fala.....é uma das grandes verdades!

Este ano, e os próximos dois ou três anos, vão ser anos, em que os valores de uma revolução democrática, como a que ocorreu no meu país em 1974, devem ser postos em prática, sem exageros nem demagogias ideológicas, de esquerda ou de direita. São anos de esforço colectivo a nivel nacional, e também mundial, de seguir com a cabeça levantada e de esforço para encontrar os melhores caminhos e as melhores decisões, que nos façam ultrapassar deste marasmo económico, que se vive um pouco por todo o mundo. Chega de andarem a atribuir culpas ao sistema, e aos seus agentes económicos e financeiros. Quem critica deve apresentar soluções, porque senão apenas falam....e não dizem nada....!

Wednesday, April 22, 2009

Parabens Velhinha!


Mais um efeméride oficial e oficalizada: o Dia Mundial da Terra.

Só espero que as inúmeras elites deste nosso planeta (e todos nós também) consigam festejar a vivência do nosso planeta Terra.

Terra, que estejas de parabens por muitos mais milhares de milhões de anos!

Sunday, April 19, 2009

Dito Divino VII

Fernando Pessoa é mais umas das nossas lusas personagens que deve ser reelembrado sem constrangimentos e de forma altiva:

A liberdade, sim, a liberdade!
A verdadeira liberdade!
Pensar sem desejos nem convicções.
Ser dono de si mesmo sem influência de romances!
Existir sem Freud nem aeroplanos,
Sem cabarets, nem na alma, sem velocidades, nem no cansaço!
A liberdade do vagar, do pensamento são, do amor às coisas naturais
A liberdade de amar a moral que é preciso dar à vida!
Como o luar quando as nuvens abrem
A grande liberdade cristã da minha infância que rezava
Estende de repente sobre a terra inteira o seu manto de prata para mim…
A liberdade, a lucidez, o raciocínio coerente,
A noção jurídica da alma dos outros como humana,
A alegria de ter estas coisas, e poder outra vez
Gozar os campos sem referência a coisa nenhuma
E beber água como se fosse todos os vinhos do mundo!

Passos todos passinhos de criança…
Sorriso da velha bondosa…
Apertar da mão do amigo sério…
Que vida que tem sido a minha!
Quanto tempo de espera no apeadeiro!
Quanto viver pintado em impresso da vida!
Ah, tenho uma sede sã. Dêem-me a liberdade,
Dêem-me no púcaro velho de ao pé do pote.
Da casa do campo da minha velha infância…
Eu bebia e ele chiava,
Eu era fresco e ele era fresco,
E como eu não tinha nada que me ralasse, era livre.
Que é do púcaro e da inocência?
Que é de quem eu deveria ter sido?
E salvo este desejo de liberdade e de bem e de ar, que é de mim?

Poema de Alvaro de Campos (homónimo de Fernando Pessoa)17 de Agosto de 1930

Dito Divino VI

E porque Camões é um dos nossos divinos poetas nunca é demais lembra-mo-nos da poesia dele:

Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

Núclear - questionar para perceber


A energia nuclear é um tema que voltou à discussão pública em Portugal, embora me pareça que ainda se mantem mais no mundo académico e ciêntifico, e num grupo muito restrito de potencias investidores. O comum dos cidadãos ainda não percebeu se, de facto, a energia núclear é uma boa ou uma má opção. Não quero falar da energia nuclear como se fosse um perito nna matéria. Não sou e não pretendo sê-lo. Mas sou um cidadão preocupado com as futuras alternativas energéticas...isso sim...isso eu sou!

Na sua noção mais conhecida on-line (Wikipedia) a energia nuclear consiste no uso controlado das reações nucleares para a obtenção de energia para realizar movimento, calor e geração de eletricidade.

Também existem vantagens e desvantagens sobre a utilização destas mesma energia (fonte: http://energiaeambiente.wordpress.com/2008/02/01/energia-nuclear-vantagens-e-desvantagens/):

Vantagens:

- não contribui para o efeito de estufa (principal);
- não polui o ar com gases de enxofre, nitrogénio, particulados, etc.;
- não utiliza grandes áreas de terreno: a central requer pequenos espaços para sua
instalação;
- não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem dos ventos);
- pouco ou quase nenhum impacto sobre a biosfera;
- grande disponibilidade de combustível;
- é a fonte mais concentrada de geração de energia
- a quantidade de resíduos radioactivos gerados é extremamente pequena e compacta;
- a tecnologia do processo é bastante conhecida;
- o risco de transporte do combustível é significativamente menor quando comparado
ao gás e ao óleo das termoelétricas;
- não necessita de armazenamento da energia produzida em baterias;

Desvantagens:

- necessidade de armazenar o resíduo nuclear em locais isolados e protegidos*;
- necessidade de isolar a central após o seu encerramento;
- é mais cara quando comparada às demais fontes de energia;
- os resíduos produzidos emitem radiactividade durante muitos anos;
- dificuldades no armazenamento dos resíduos, principalmente em questões de
localização e segurança;
- pode interferir com ecossistemas;
- grande risco de acidente na central nuclear

Mais do que estar a explicar o que muitas fontes ciêntificas e académicas já o dizem, penso ser importante colocar no debate público a importancia de perceber os efeitos da energia nuclear e de que forma pode ser uma opção económica e ambiental viável para a nossa sustentabilidade.

Agora que aproximam dois actos eleitorais que se devem apresentar propostas politicas para as áreas energéticas e ambiental, as eleições para o Parlamento Europeu e para a Assembleia da Répública, a Energia Núclear devia ser referida em nos os programas dos partidos politicos, pelo menos dos cinco principais partidos politicos portugueses.

Thursday, April 2, 2009

G20 – From London with love




Durou dois dias…terminou hoje…e reuniu a nata da governação mundial. Resultado, dizem que foi positivo, e eu acredito que sim!

Piadas à parte – refiro-me ao sarcástico titulo deste texto - as decisões tomadas na cimeira do G20, e que tem sido divulgada pela comunicação social, dá a entender que, de facto, os governantes dos principais países industrializados, pretendem criar uma nova ordem económica internacional. Talvez não seja bem este o efeito, não creio que a actual estrutura da economia internacional sofra uma transformação de 360º graus, mas são necessárias mudanças de fundo, e algumas delas, à partida, foram definidas nesta cimeira. Uma destas mudanças, é a revisão do funcionamento das instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Também foi acordado uma nova regulamentação para as agências de notação e os fundos de investimento.

Há parte das medidas contrectas e com efeitos a médio e longo prazo, existem dois aspectos que, se não foram, deviam ser evidênciados. O primeiro é de que os Estados não devem assumir o controlo total e absoluto das suas economias; isso significaria a asfixiação da liberdade de iniciativa de investidores e de empresários, prejudicando os próprios modelos de desenvolvimento económico. Em segundo lugar, toda a sociedade cívil deve assumir uma posição solidária e interventiva, no sentido de contribui para minimizar os efeitos da crise, e restaurar a confiança nos mercados, nas empresas, no sistema financeiro, nas economias no seu conjunto. É certo que os sistemas financeiros precisam de mudanças profundas, mas o principio da liberdade económica não deve desaparecer, apenas deve assumir uma maior responsabilização e e um maior sentido social em qualquer pais, em qualquer economia.