Wednesday, September 24, 2008

Money makes the world go around...!?

Esta famosa música cantada por Lisa Minnelli e Joel Grey é uma sátira ao dinheiro e aos ricos.

E os ultimos acontecimentos mais mediáticos no mundo financeiro...também fizeram girar o mundo...? O descalabro de algumas instituições financeiras americanas, como a AIG, a Lehman Brothers, a Fennie Mae e a Freddie Mac, fizeram tremer a economia americana, com convulsões mais intensas ou menos intensas nos mercados europeu e asiatico.

Estes gigantes da economia norte-americana, começaram a dar os primeiros sinais de perturbação e de crise desde o inicio da actual década, quando, por exemplo, o índice bolsista Down Jones começou a sofrer uma evolução negativa constante, até à actualidade. (www.financialsense.com/stormwatch/oldupdates/2002/0621.htm).

Há talvez, uma justificação concreta para o abalo sofrido pela economia dos EUA - o execesso de recurso ao crédito para investimento (no caso das empresas) e de consumo (no caso dos particulares, principalmente no crédito à habitação). As primeiras grandes empresas a sofrer sinais de crise foram a Fannie Mae (aliás, Federal National Mortgage Association) como o Freddy Mac (aliás, Federal Home Loan Mortgage Corporation), que tem como grande objectivo fornecer crédito aos consumidores americanos, principalmente na obtenção de imóveis.

Para além distribuição avulsa de crédito perante os consumidores americanos, muitas grandes empresas norte-americanas, a maioria ligadas ao sistema financeiro, seguiram politicas de despesa e de investimento erradas, a ponto de a Morgan Stanley e a Goldman Sachs (dois dos maiores bancos de investimento a nível mundial) pedirem auxilio e protecção à Reserva Federal Norte-Americana, o que revela uma situação muito fragil de pré-falência ou mesmo de falência.

O ainda presidente norte-americano, George Buch, também se viu obrigado a intervir publicamente, e pedir solidariadade aos contribuintes norte-americanos para que ajudassem a enfrentar a crise. Para além do governo de Buch ter falhado no acompanhamento das principais instituições financeiras norte-americanas, ele ainda foi o principal promotor da intervenção militar no Iraque, que tem custado aos EUA cerca de 15 biliões de dolares.

Eu não aceito uma politica de intervenção pura e dura de qualquer Estado na economia, mas os Estados não se devem alienar dos mercados. A teoria da mão invisivel, de ser cada vez mais direccionada para uma intervenção estrurada e de parceria entre o Estado, as empresas privadas e o sistema financeiro. A regulação economica da parte dos Estados, pode ser benéfica para as empresas, se não for em execesso. No entanto, o Estado não pode fechar os olhos, sempre que tiver em causa o dinheiro dos contribuintes, e deixaram grandes empresas fazerem despesas incomensoráveis e despropositadas, e investimentos errados. Só a titulo de exemplo, mesmo com uma situação muito complicada, os administradores executivos da Fannie Mae, receberam dezenas de milhões de dolares de prémios de desempenho....! Haverá palavras para explicar isto....?

Tuesday, September 16, 2008

Dito Divino I

"O Homem é um ser ficcionante. Independentemente do que seja o objecto dessa ficção. Nós estamos sempre ficcionando. A nossa relação com o real é uma relação imaginária." - Eduardo Lourenço in Revista Ler (Setembro de 2008)

Thursday, September 11, 2008

Nine Eleven


Já lá vão 7 anos...mas pelo que significa....pelo seus efeitos....e por todos nós...convêm não esquecer...este e outros muitos que aconteceram neste nosso planeta....!

Tuesday, September 9, 2008

Em Angola sê Angolano


Esta imagem é da Baia de Luanda, que tem sido alvo dos grandes projectos imobiliários promovidos pelo governo de José Eduardo dos Santos. É sinal de crescimento urbano e de, também de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) que tem sido visivel e notório em Angola.
Houve eleições legislativas à poucos dias. Ganhou o MPLA, com cerca de 80% dos votos. O MPLA mantê-se à frente do governo angolano. A elite governativa angolana também se mantêm durante mais quatro anos. Angola já viveu dias piores...? Sim, já viveu dias piores....!
Acredito que a realização de eleições pluripartidárias seja um sinal de democracia. De facto, isso aconteceu em Angola. Também é um facto que alguns orgãos de comunicação social portugueses, não poderão fazer a cobertura deste acto eleitoral.
O titulo pode parecer um pouco estranho - "Em Angola sê angolano" - mas não é uma afirmação totalmente descabida. Por exemplo, os investimentos de raiz em Angola são um retrato fidedigno dessa inevitabilidade de, em solo angolano, assumir as condições angolanas. Na sua essencia, a existência de regras e de condições que normalizem os investimentos, faz sentido e é saudável que existam. Mas quando essas regras, embebidas num espirito estatizante, tentam controlar demasiado a actividade des empresas estrangeiras em Angola, então é caso para dizer que "quem não quiser ser angolano não tem lugar em Angola....!".

Sondagem sobre criminalidade violenta - comentário

Fazer um comentário sobre um determinado tema, é sempre algo que pode ser ou tido em conta, é sempre algo que pode ser alvo de contraposição ou de complemento, ou eventualmente de não observação. No entanto, este assunto em particular, tem afectado a sociedade portuguesa, sem, do meu ponto de vista, provocar alarmismos, nem situações de excessiva revolta, mesmo da parte das vítimas dos vários crimes e agressões que tem ocorrido nos últimos meses em Portugal.


Apesar dos escassos votos que foram registados neste painel de opções, algumas das escolhas representam opiniões que também têm sido transmitidas em vários órgãos de comunicação social, nomeadamente através de sondagens a nível nacional. No entanto, mesmo tendo em conta que, num conjunto de 18 votos, a maioria (6 votos) é da opinião de que a inserção social pode ajudar a diminuir a criminalidade. E a segunda opção mais votada, relaciona-se com a melhoria das condições, para as polícias, para o combate ao crime, e aumentar o policiamento nas grandes áreas urbanas. Cerca de 17% dos votos desta pequena sondagem, destinaram-se ao aumento das penas de prisão para crimes de natureza violenta.


O conteúdo deste conjunto de dois artigos (post na linguagem bloguista….se é que existe uma…..o que eu duvido…!), ínside, sobretudo, sobre a questão da do aumento da criminalidade violenta e organizada que tem vindo a surgir em Portugal. Mesmo que os votos tenham sido muito poucos, e, verdade seja dita não podem ser considerados representativos de um conjunto populacional mais vasto como 10 milhões de habitantes (cerca do total da população residente em Portugal), podemos desmistificar, algumas questões.


A primeira questão que eventualmente pode gerar controvérsia é a de que estamos a falar de crimes organizados e alguns deles praticados por indivíduos que não são portugueses, e tem uma escolaridade média ou acima da média em Portugal, e que não tem receio em praticar actos violentos. Será que a inserção social era uma medida eficaz para resolver este problema…? Eu penso que não. Sem menosprezo e com o devido respeito pelas comunidades emigrantes em Portugal, alguns destes crimes têm sido praticados por indivíduos oriundos do leste europeu e do Brasil, onde as praticas criminosas são mais acentuadas e com formas mais violentas, que não eram correspondiam à tipologia normal dos crimes ocorridos em Portugal, nas décadas de 70, 80 e 90. São indivíduos que tem um fácil acesso a armas e explosivos, e sabem utiliza-los, tendo tido, muitos deles preparação militar, o que o torna mais perigosos. É o caso dos indivíduos do leste europeu, que tem tido participação em alguns crimes ocorridos em Portugal. Um outro grupo de indivíduos que se destacam nesta onda de crimes, são brasileiros, que estão “habituados” a praticar assaltos, sequestros e roubos violentos com recurso a armas de fogo. Foram vários, os crimes praticados por este grupo nos últimos meses na região de Lisboa e Vale do Tejo. É honesto esclarecer, da minha parte, que estes indivíduos (dos grupos que referi) não representam a maioria dos seus emigrantes, que tem contribuído para o crescimento da nossa economia, e que tem vindo a integrasse cada vez mais em Portugal.

Sou adepto da livre circulação de pessoas, mercadorias e bens no espaço comunitário que foi estipulado pelo Tratado de Shengen, instituído pela primeira vez a 14 de Junho de 1985, e que viu o seu conteúdo alargado durante a década de 90. O espirito deste Tratado é benigno, e visa fortalecer a Liberdade na União Europeia. Mas em terras livres, a liberdade pode trair quem a promove e tem por obrigação defende-la, como é atributo de qualquer Governo, nomeadamente através das suas forças de segurança internas. Verdade seja dita, na minha opinião, é o que tem acontecido durante os últimos meses no nosso país. As regiões metropolitanas de Lisboa e Porto, foram alvo de vários assaltos e crimes com uma dimensão que não é comum em Portugal, mas que de alguma forma, se tem "instituido". Um exemplo concreto disso mesmo, são os assaltos a bancos, que desde Janeiro deste ano, que foram vários, e aos quais, nenhum dos grandes bancos escaparam.

O governo português está a tentar dar uma resposta a este problema, penso eu. Mas será a concentração de poderes policiais num único orgão (com nomeação politica) a melhor resposta para o combate ao Crime? Não tenho elementos, nem conhecimentos, nem competência técnica para avaliar essa decisão governamental. Mas sou um cidadão preocupado, como milhões também o são, e o que quero é viver num país que sabia controlar e dar uma resposta eficaz e preventiva à criminalidade.