Wednesday, August 29, 2007

África - convêm lembrar!

Monday, August 27, 2007

A mão pesada de Vladimir Putin


Um dos lideres mundiais que, do meu ponto de vista, mais força interventiva interna tem é Vladimir Putin, o Presidente da Federação Russa. São vários os casos, já conhecidos, em que alguma comunicação social russa (e internacional também), aponta o dedo à intervenção de Vladimir Putin, de forma directa ou indirecta.Ex-operacional do KGB, Putin valoriza um Estado russo securitário e forte, nomeadamente em termos internacionais e militares. Putin já demonstrou várias vezes a sua firme determinação, em aniquilar qualquer forma de terrorismo que exista na Russia. Doa a quem doer...!

Lembre-mo-nos, então, de alguns casos. Começando pelo assassinato da jornalista Anna Politkovskaya, ocorrido a 7 de Outubro de 2006. De acordo com uma declaração da União de Jornalistas da Rússia, desde que o presidente russo, Vladimir Putin, chegou ao poder, no início de 2000, 12 casos de assassinatos de jornalistas ainda não foram devidamente esclarecidos. Politkovskaya, é mais uma na lista dos mais de 300 jornalistas mortos ou desaparecidos na Rússia desde 1991. Politkovskaya critica a politica do governo de Putim contra a guerrilha tchetchêna. Esta jornalista vinha cada vez a pôr em causa a existência de liberdade de expressão na Russia, principalmente em termos de opinião publicada por jornalistas.

Outro caso que revelou, algum mau estar na Russia, e que teve um impacto mais forte na opinião pública estrangeira, foi a morte do ex-expião russo Alexander Litvinenko, falecido, em Londres, por uma dose do veneno radioactivo polónio 210. A história da morte deste antigo espião russo esteve envolvida num enredo misterioso, que em ultima instância, tudo levou a crer que o Kremilin estivesse de alguma forma envolvido neste caso. Litvinenko era um critico do regime de Putin, e responsabilizou o presidente russo do seu envenenamento, numa carta enviada ao próprio Putin.

Recordemo-nos, também, do que aconteceu num teatro em Moscovo, em Outubro de 2002. Um comando tchetcheno invadiu o Teatro Bolshoi em Moscovo, quando decorri um espetáculo a que assistiam cerca de 800 pessoas, algumas de outras nacionalidades, como americana, neo-zelandesas, australianas e inglesas. O grupo tchetcheno era constituido por 25 homens e 25 mulheres, que reenvidicavam a saída das tropas russas da Tchétchenia. Altamente armados, o sequestros provocado por este comando durou vários dias, e a terminou com a morte dos 50 tchetchenos e de 117 cívis. Após várias tentativas de negociação e de planamento da entrada no Teatro pelas forças de segurança russa, Putin deu ordem para que fosse utilizado um gás que provoca alterações nas funções vitais dos orgãos, levando à morte por insuficencia cardiaca. Putin, decretou um dia de luto nacional, pediu perdão às familias das vitimas, mas podia ter actuado de outra forma.

A actuação da guerrilha tchetchena não se esgotou no Teatro Bolshoi e, em 2003 um grupo de 26 guerrilheiros tchetchenos sequestrou mais de mil pessoas (entre centenas de crianças - 70% no total, indicou mais tarde uma fonte do governo russo), numa escola em Beslan, na provincia da Ossétia do Norte, pertencente à Federação Russa. Apenas um guerrilheiro sobreviveu à actuação das forças de segurança russas, a maioria das vitimas foram crianças, sendo que perto de 200 morreram durante os confrontos ou foram executadas pelos guerrilheiros.

Apesar da politica de segurança interna e de resulção dos seus conflitos estar envolvida em decisões polémicas e questionáveis, Vladimir Putin mantêm a confiança e a simpatia de mais de 50% dos eleiores russos. O actual Presidente russo consegiu implementar reformas económicas que, de alguma forma, provoca o aumento do Investimento Directo Estrangeiro com a instalação de empresas como a IBM, a Motorola, a Intel e a Boeing.

Este é o seu segundo mandato, e segundo a constituição da Federação Russa, apenas podem ser cumpridos, pelo mesmo Presidente, dois mandatos. Até agora os analistas politicos russos e a comunicação social russa ainda não consegiu vislumbrar um candidato à altura de Putin.

Monday, August 20, 2007

Dois gigantes com pés de barro no centro do Mundo

Não é dificil estarmos atentos à realidade que nos rodeia noutros países. Temos acesso a várias fontes de informação, e a vários meios para analisar-mos a validade dessa informação. E quando a informação é um facto, então a análise é mais facilitada.


Ver hoje a China e a India como potencias económicas e politicas no concerto das nações, é um facto inegável. Ao falar sobre este dois países, temos que ter em atenção, algumas realidades que são inegáveis - a sua evolução tecnológica, o aumento da sua capacidade produtiva e os seus indicadores macro-económicos.


Segundo dados da revista "Economist", a China atingiu 10,7% de crescimento económico interno (PNB) em 2006, prevendo-se um crescimento do PNB, em média, de 8,62% até 2011. A actividade economica chinesa está assente, com mais de 50%, na Indústria, nomeadamente na industria transformadora e extractiva. O governo chinês tem efectuado, desde 1984, uma reforma económica que se aproxima fortemente do sistema capitalista, embora a presença do Estado na economia seja muito forte.





A emergência da China já não é somente uma previsão económica ou geopólitica, é um dado adquirido e cada vez mais sentido, nomeadamente em termos comerciais. Também vale a pena referir o cada vez maior intervênção da China no sistema de Cooperação Internacional, com o financiamento através de contractos-programa em Angola, Moçambique, São Tomé e Principe e Cabo-Verde, só para sitar estes países.


A China encontra-se no coração politico e geográfico da Ásia, faz fronteira com 14 Estados, é membro permanente do Concelho de Segurança da ONU, tem 9,6 milhões de km2 que se estendem sobre os mais de 4000 km desde as suas fronteiras orientais até às suas fronteiras ocidentais. Outro poderoso elemento estratégico, é a sua diversidade de recursos minerais (carvão, gás natural, petróleo). A China é o unico país do mundo que têm 4 mil anos de história ininterrupta, com uma civilização milenar.


Não me restam dúvidas sobre as potencialidades económicas da China Mas parafraseando um ditado popular espanhol "Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem!", este gigante económico sofre de carências estruturais, mesmo no campo económico. A economia chinesa não tem um sistema bancário e bolsista semelhante aos que existem nos países-membros da União Europeia ou nos Estados Unidos da América. Tem um sistema desorganizado, sustentado por decisões estatatais; a título de exemplo, muitas familias chinesas ainda não se habituram a depositar dinheiro nos bancos e a investir em titulos e instrumentos financeiros.


Não devemos esquecer que a China vive sobre um regime de partido único à largas dezenas de anos - o Partido Comunista Chinês. Por muitas máscaras e cenários de desenvolvimento económico que se criem, um país que vive com liberdade de expressão política e cultural limitada, não consegue progredir socialmente, não consegue criar gerações que tenham espaço para evoluir ideológicamente e culturalmente.

A índia apresenta sinais e um historial de desenvolvimento, nos últimos 20 anos, semelhantes à China. Consegui apresentar resultados macro-económicos bastante favoráveis, com um crescimento do PNB, entre Março de 2006 e Março deste ano, de 8,4%, segundo dados da Organização Central de Estatíticas da India.

Podemos caracterizar a economia indiana, como uma economia dualista com sectores primários a enfrentar dificuladades de produção e de escoamento dos seus produtos, mas com um desenvolvimento cada vez mais acentuado em sectores tecnológicos, como por exemplo a indústria de Software. Esta industria tem contribuido para a criação de emprego, constituido por técnicos de elevadas qualificações, e tem sido também um polo de atracção de investimento estrangeiro. A Microsoft é um desses casos.

Estou certo que a Índia apresenta indicadores económicos que alimentam, de facto, a imagem de uma potencia regional cada vez mais forte e politicamente interventiva. Mas a Economia (seja como teoria seja como prática) não vive isolada das restantes dimensões de qualquer sociedade. o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2005 coloca a Índia como um país de desenvolvimento médio, atrás de países como Cabo Verde, Egipto ou Colombia. Com situações de pobreza, alto nível de desemprego e baixos níveis de IDH, o governo indiano precisa definitivamente implantar mecanismos para redução da burocracia fiscal e das barreiras de entradas para o investimento directo estrangeiro. A Índia ainda apresenta debilidades caracteristicas de um país em vias de desenvolvimento, nomeadamente ao nível do saneamento básico nas zonas urbanas e rurais, na excessiva concentração populacional em volta dos grandes centros urbanos, na desiguladade do género e alguma marginalização poltica e social das mulheres, etc.

Tanto a China como a Índia, são dois países que devemos continuar a observar durante as próximas décadas. O seu potencial de crescimento económico está provado, mas falta a sua sustentação e consequente alcançe de um patamar sólido de desenvolvimento humano, nas suas vertentes económica e social. Os governos dos dois países são actores importantes neste processo de crescimento, mas não cabe únicamente aos políticos e governantes desses países assumirem essa resposabilidade. Para atingir níveis de desenvolvimento sustentável, todos os actores são necessários, universitários, empresários, intelectuais, médicos, juristas, operários, etc. Não devemos esquecer que a maturidade democrática (semelhante a alguns Estados europeus) é, do meu ponto de vista, um elemento essencial para que este dois países deixem de ter pés de barro.

Wednesday, August 15, 2007

Tempo estranho

O tempo está estranho!? Surge esta frase em pensamento, enquanto acordava e observava o exterior, rodeado de carros, estradas, serra e um castelo-fortaleza mediaval. Estamos em Agosto, e é normal esta variação climatérica entre dos dias com sol e os dias com chuva. Não se tratar de nenhuma catastrofe para a humanidade, nem algo que não aconteça desde à muitos anos.
Mudo de paragrafo, porque quero (e sinto que devo) dar sentido à frase "o tempo está estranho". O que me leva então a estranhar o tempo? Permitam-me que resuma esta estranheza em duas palavras - revoluções silenciosas. Mudanças e transformações que não sentimos no imediato, alterações culturais, definhamento de ideiais e ideologias, momentos históriocos que não vi nem sobre eles tomei conhecimento na altura em que ocorreram. O Mundo muda, eu sei que muda, mas será que não tenho o direito de estranhar...?

Saturday, August 11, 2007

Um cantinho especial



O Portinho da Arrábida é um dos locais mais apreciados na minha terra, um local de descanço e de contemplação da Serra e do Mar. Existem locais de sonho, este é um deles!
Apreciem estas imagens, e se não conhecerem convido-vos a visitar uma das pérolas de Setúbal.



Comentário à sondagem: "Concorda que Portugal seja uma provincia de Espanha?"

Muito longe de uma clarificação sobre a tendência de aceitarmos ou não o dominio de Espanha sobre Portugal, e sem expressão, agradeço aos 6 votantes. No entanto, podemos extrapolar uma ligeira evidência sobre este assunto: uma pessoa é favor da integração de Portugal em Espanha, outra pessoa, concorda com a integração mas Portugal deveria manter autonomia politica e administrativa, e a maioria dos vontantes não concorda de maneira nenhuma com a transformação de Portugal numa provincia espanhola.
Este pequeno "teste" mostra, penso eu, que de facto, não estamos longe da realidade de possíveis conclusões feitas à escala nacional. Provavelmente teriamos uma parte dos portugueses que, talvês vendo mais oportunidades ecoómicas em Espanha, aceitaria tornar-se uma provincia espanhola, usufruindo dos mesmos sistemas fiscal, da segurança social, judicial, administrativo. e de outras possobilidades que a economica e a sociedade espanhola tem mais capacidade de oferecer do que a Portuguesa. Os 4 votos que se manisfestaram contra esta opção integracionista, mostram, de certa forma, que provavelmente a maioria dos portugueses não aceitaria esta integração.
A História do nosso país e a nossa herança cultural, pesam bastante quando imaginamos (ou nos fazem imaginar) que a Peninsula Ibérica poderá ser um só país. Apesar das origens étnicas e culturais comuns, ocorreram demasiados conflitos, entre os secúlos XII e XVIII, que marcaram as relações entre os dois países, com algumas tentativas da parte do Reino de Castela para ocupar o Reino de Portugal.
Já agora deixo-vos uma pequena provocação: desde a 2ª metade do século XX que a tendência para a integração politica e económica tem evoluído a passos largos, nomeadamente na Europa. Será assim tão assustador Portugal se transformar numa provincia de Espanha? E já agora, porque não o inverso...? Era interessante....!