Saturday, March 15, 2008

Quando o pensamento não responde à realidade

Em Portugal, e penso que noutros países também, assistimos à primazia das ideias teoricas e abstractas de carácter ideológico e filosófico, que não satisfazem a realidade, nem conseguem resolver os problemas e dificuldades das pessoas e das organizações. São vários os exemplos que podem sustentar esta minha afirmação.

Começando pelo afastamento que alguns professores universitários tem em relação à vida empresarial e ao mercado de trabalho na sua generalidade. Muitos centros de investigação, estudos e cursos universitários, tem a sua raíz na necessidade de sustentam da actividade cientifica e académica de muitos professores. Até aqui tudo bem. Mas a questão pode tornar-se polémica, quando esses estudos e cursos universitários não respondem às necessidades sociais e económicas do nosso país. Não irei personalizar esta questão, porque o discurso seria longo e com dezenas de exemplos concretos e actuais. Mas a minha percepção, é de que um sistema universitário que esteja desligado, salvo algumas excepções, da realidade empresarial, não despertam muita confiança e crédito na sociedade e nos agentes económicos.

Outros agentes que, por vezes, se afastam (não querem saber) da realidade, são os políticos. Sempre que determinadas forças políticas não conseguem ligar o seu pensamento e o seu discurso, às necessidades e problemas das pessoas comuns, então temos uma ferida que pode ser dificil de curar.....! Os dificuldades concretas das pessoas não obedecem às lógicas partidárias, nem estas tem, por natureza, capacidade de dar uma resposta efectiva aos problemas que afectam muitas familias e empresas portuguesas. Os partidos foram feitos para servir a sociedade na sua globalidade e sem descriminação, e a principal função dos políticos é darem uma resposta aos problemas das pessoas. As teorias ideológicas e os discursos filosóficos não são, por vezes, as a melhor forma de apresentar propostas para melhorar a condição de vida das pessoas e para ajudar as empresas a superar as suas dificuldades. Quando os políticos sofrem de cegueira ideológica e doutrinária eles não estão a contribuir para o desenvolvimento das sociedades. E mais grave se torna, quando os seus interesses pessoais e partidários se sobrepõem às necessidades da população que devem servir.

O discurso dos políticos e dos professores universitários deve ser próximo da realidade do cidadão comum, das suas aspirações e da realidade que vive todos os dias. As pessoas tem perceber os discursos dos políticos, e tem que usufriur positivamente das inicitiavas universitárias e sentir que estas respondem às suas necessidades.

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