Findo o prazo de votação da sondagem "Capital rotativa em Portugal", a expressão simbólica referia-se a um total de 13 votos, sendo 4 votos a favor e 9 votos contra. Quando lancei esta provocação, imaginava que a intenção de voto fosse esta, ou seja, a maior parte das pessoas não concorda com a mudança de Capital no nosso país. A grande maior parte dos votos, não foram acompanhados de comentários, sendo que poderei presumir as razões para justificar a preferência no Sim e a escolha do Não.
Os partidários do Não, poderão justificar a sua intenção de voto, com motivos de carácter administrativo, político, económico e, eventualmente, histórico. Administrativo, pela enorme carga burocrática e técnica, que seria fazer uma alteração deste género - Lisboa deixava de ser a capital, passando esse estatuto para outra cidade com um peso e importancia relevante para o nosso país, talvez o Porto...! Em termos políticos, seria, penso eu, ainda mais problemático, visto que os centros de decisão política estão localizados em Lisboa (a Assembleia da República, o Palácio de Belém, o Palácio de São Bento e o Concelho de Ministros), assim como outras instituições com peso politico, juridico e judicial, assim como a Procuradoria Geral da República, os vários Ministérios, as sedes das instituições militares e policiais, assim como as sedes dos partidos políticos. Em termos económicos, uma mudança deste género podia ser sentida logo no curto prazo, principalmente, quando muitas empresas (de capital e gestão privada ou de capital e gestão pública) depende dos actos administrativos que Lisboa possibilita e a eles obriga.Hsitóricamente, estamos a falar da existência de uma cidade, cujo o estatuto de capital de Portugal, já têm vários séculos; tendo sido palco de variadissimos episódios da nossa história (o 25 de Abril de 1974, o Regicidio em 1908, a assinatura da adesão à Comunidade Económica Europeia, o inicio da aventura marítima dos Descobrimentos, etc...).
A opção de votação oposta, mostra uma vontade (embora como já referi simbólica e limitada aos números que apresentei) de mudança em relação ao status existente. Posso, eventualmente, presumir que esta vontade de mudança, independente de ser ou não viável, encontra-se no idealismo regionalista de muitos portugueses, que não estão contentes com a centralidade do poder politico, económico e administrativo que Lisboa (não só o concelho como a própria região envolvente) tem assumido cada vez mais.
Saturday, February 2, 2008
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