Sunday, December 28, 2008

Personagens e acontecimentos nacionais de 2008



Portugal viveu momentos baixos mas também momentos de felicidade e de satisfação. Não ficamos imunes à crise que explodiu no sistema bancário e financeiro dos EUA, cam ramificações no funcionamento da própria Economia de Mercado, que existe em muitos países, entre os quais o nosso.

De qualquer forma, não podemos incutir, directamente, na falência dos bancos BPN e BPP, as causas que tiveram origem na crise financeira nos EUA. São casos de investigação criminal e judicial, que, espero-mos nós, a seu breve tempo sejam resolvidas.

Os tempos de cooperação estratégica entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro estão um pouco fragilizados. Entre outras questões em aberto, está o Código de Trabalho; o estatuto politico-administrativo dos Açores; e o Orçamento de Estado para 2009. Em ano de eleições esta vai ser uma relação gerida com pinças e muita delicadeza, talvez mais da parte do Primeiro-Ministro do que da parte do Presidente da República.

Apesar das tensões das últimas semanas, José Socrates ainda conseguiu marcar alguns pontos em 2009. Admita-se que ao nível da Diplomacia Económica, houve trabalho feito, que se espera vir a dar frutos a médio prazo. Uma personagem de destaque nestas aventuras da Diplomacia Económica Portuguesa, foi o computador portatil Magalhães, que tem aconpanhado o Primieiro-Ministro, e alguns ministros, em várias viagens ao estrangeiro.

Nem só de futebol vive o nosso desporto, e Nelson Évora mostrou uma qualidade de verdadeiro atleta e campeão nos Jogos Olimpicos de Pequim. É sempre bonito, e faz bem á nossa alma lusitana, mver um atleta português a ficar em primeiro lugar numa competição olimpica. Espero que o Nelson Évora consiga mais medalhas de ouro para o nosso país, e que continue a revelar um atleta de excelência.

As mudanças sociais e culturais não acontecem de um dia para o outro. É necessário sermos persistentes, traçar objectivo e um rumo consensual, tanto quanto possível. As grandes greves e manifestações que tem vindo a acontecer nos últimos 20 anos, tem sido mais de sectores públicos, nomeadamente ao nível da Administração Pública Central. Muitas áreas profissionais (mais ocupadas por funcionários públicos) tem vindo a ser "ameaçadas" por mudanças ao nível do seu estatuto profissional e da relação contractual com o Estado. Este ano, o ensino foi quem mais se evidênciou nas greves e manifestações contra o Governo.

Este foi também, o ano em que se registou um aumento do nível de crimanilidade violenta. Criminalidade esta, á qual o nosso país não estava habituado, que utiliza métodos mais violentos, quase sempre com o recurso a armas de fogo.

Há empresas portuguesas que continuam a marcar pontos na Economia Global. Uma delas é a Critical Software, que tem a sua sede em Coimbra. Os Bill Gates deste mundo não nascem só no Estados Unidos, também existem em Portugal.

Na investigação ciêntifica Portugal também mereceu um reconhecimento internacional, através de um prémio atribuido pelo European Research Council (ERC). A investigadora premiada, foi Elvira Fortunato, que se encontra à frente do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat/I3N), Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), da Universidade Nova de Lisboa (UNL). A sua equipa conseguiu desenvolver um produto inovador - um transístor que integra uma camada de papel na sua estrutura - que já é utilizado por muitas empresas industriais, nomeadamente no sector automóvel.

100 anos de idade e talvez quase tantos dedicados ao cinema.....! Com esta frase não será dificil indentificar que estamos a falar de Manoel de Oliveira, o realizador (em actividade) mais velho do mundo, e um dos nossos simbolos culturais. Este Senhor do cimena fez 100 anos, e ainda tem vontade de trabalhar! Bem haja Manoel de Oliveira!

Personagens e acontecimentos internacionais de 2008



5 de Novembro de 2008....os norte-americanos não vão esquecer este dia tão depressa! É data que marca a eleição de Barack Obama, o primeiro afro-americano a ser eleito nos Estados Unidos da América. Ele mostra determinação, vontade politica e a maioria das suas ideias são viáveis. O próximo ano não vai ser fácil para a economia norte-americana, mas Barack Obama já disse que não irá fugir a esta situação, e propõem a criação de um milhão de empregos durante o seu mandato.

O Presidente Lula da Silva, tem vindo a ganhar maior destaque na América Latina. Muitas das suas medidas programáticas tem resultado, como seu programa de luta contra fome no Brasil. Também têm sabido manter boas relações com os seus pares da América do Sul, da CPLP e do MERCOSUL. Para mim, é uma das personalidades internacionais que merece destaque em 2008.

O grande acontecimento do ano, mas pela negativa, foi, de facto, a crise financeira, que teve o seu epicentro nos EUA, com a falencia de algumas das grandes entidades bancárias e financeiras americanas, como a Lehman Brothers. Esperam-se as suas consequências, ao nível da economia real (ou seja, das empresas, das familias, do consumo...) durante o ano de 2009. A maioria dos economistas prevê que só durante 2010 surjam sinais de recuperação da economia mundial.

2008 - O ano do ano que ai vêm

2008 ficará de má memoria em muitos acontecimentos que atingiram o mundo. Mas um dos seus acontecimentos mais mediáticos - a crise financiera, gerada pelo Sub-prime - vai influênciar fortemente a económia mundial durante todo o ano de 2009. Não será demais afirmar que o ano de 2008 tem a paternidade (ou maternidade) do ano de 2009.....!

Wednesday, December 24, 2008

Feliz Natal


Mesmo em tempo de crise e de alguma descrença....que hajam gestos de ternura e de amizade entre os homens!

Sunday, December 21, 2008

De G8 para GR5


Esta crise internacional está a ter alguns reflexos na distribuição de poderes do mundo, ainda que não directamente visíveis. A divisão de forças económicas está a sofrer alterações relativamente lentas, com mudança de um mundo unipolar (com a concentração de algumas grandes decisões nas mãos das sucessivas Administrações Americanas), para um mundo tendencialmente, e cada vez mais, Multipolar, com a balança de poderes dividida, de forma trípartida, entre o Continente Americano, a Euro-Ásia e o Pacifico. Obviamente, que nestes espaços continentais, existem algumas nações que se destacam no chamado Concerto das Nações, nomeadamente a Alemanha, a França a Inglaterra, o Japão, a China, a India, o Brasil, o México, a Argentina, e naturalmente os Estados Unidos da América.

A imagem que ilustra este texto, é de 1983 numa década em países como os Estados Unidos, a Alemanha, a França, a Inglaterra e o Japão, dominavam a economia e as finanças mundiais. Nela estão a primeira-ministra Margaret Tatcher, o presidente Ronald Reagan, o Chanceler Helmut Kool, o presidente Miterran, e o primeiro-ministro do Japão, da altura. Estavam reunidos para mais uma reunião do G7, em Williamsburg, no Estado da Virginia, nos EUA. Durante as décadas de 70, 80 e 90 o grupo dos países mais ricos do mundo era denominado por G7, sendo que nos últimos anos, e com alguma recuperação económica e estratégica da Russia, a designação mudou para G8.

Em tempos de crise, é comum a demonstração de actos solidários, e de politicas que tentem superar as dificuladades económicas que, em regra, afectam sempre os indivíduos e as familias com menor capacidade económica. Uma solidariedade grupal é mais eficaz e forte do que uma solidariedade índividual. Pelas inciativas que os grandes Estados, o grupo do Banco Mundial, e a União Europeia estão a tomar, penso que irão surtir efeitos dentro de dois ou três anos. Até lá os principais indicadores económicos na generalidade dos países, irá atingir valores deficitários.

Uma das coisas que, do meu ponto de vista, penso que falharam na regulação económica mundial, foi a crença de as economias a partir de uma certa altura podem-se regular a elas próprias. Esclareço, que não sou partidário da supremacia do Estado sobre a actividade económica, e do seu total controlo da parte dos governos. Mas a génese (perdõe-me se estiver errado) foi um adormecimento e escesso de confiança da parte dos decisores politicos, no sistema financeiro e na crença de que quanto mais liberal fosse mais forte se tornava. O liberalismo económico foi destorçido num dos países que o devia porteger de forma saudável, os EUA. Tornou-se num sistema libertino, onde vigorava a libertinagem financeira. Exemplos disso mesmo: as falencias irresponsáveis da Morgan Stanley, os enormes empréstimos hipotecários nos EUA, etc.,.


A sigla GR5, que não existe nos termos a que me vou referir, poderá ser aplicada ao conjunto dos principais blocos económicos que dominam as actuais relações económicas internacionais, e que se destacam, também por ser espaços de livre circulação interna de pessoas, produtos e de serviços, entre os vários Estados-membros que os compõem. Existem cinco grandes blocos económicos: a União Europeia (UE), o NAFTA (Northen American Free Trade Agreement)), o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), a ASEAN (Association of Southeast Asian Nations) e a SADC (Southern African Development Community).

A grande maioria das pessoas sabe, ou pelo menos já ouviu falar, o que é a UE. A sua actual dimensão ultrapassa o campo económico, sendo actualmente um espaço de partilha de decisão politica e social também. Sendo o bloco económico, na sua génese, mais antigo do mundo, é também o mais desenvolvido a nível institucional, estando perto de ser uma União Politica Federal, como pretendiam os fundadores da Comunidade Ecómica Europeia (CEE) em 1951 no Tratado de Paris. Actualmente, a UE é constítuida por 27 Estados-membros, sendo um três maiores blocos comerciais. O facto de ter orgãos politicos e jurídicos supra-nacionias (como o Parlamento, a Comisssão ou o Tribunal de Justiça das Comunidades), é outra das caracteristicas que destacam face aos outros blocos económicos.

Da NAFTA fazem parte os Estados Unidos da América, o Canada e o México. O seu estádio institucional, assenta na liberalização das relações comerciais entre estes três países. Numa continuidade de fortalecimento das trocas comerciais entre os EUA e o Canadá, o México tornou-se um dos primeiros signatários deste acordo em 1994, que entre outros objectivos, visa: aumentar os projectos de investimento entre os seus Estados-membros; eliminar as barreiras alfandegárias no espaço consedido pelo acordo; ou ainda diminuir a imigração clandestina oriunda do México em direcção aos EUA.

Outro bloco económico que se tem vindo a destacar no cenário económico internacional, é o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Constituido pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, estes países formam a cupula governativa das relações económicas e comerciais desta União Aduaneira. A Venezuela, encontra-se em situação de processo de adesão desde 2006. Também podem participar em reuniões ministeriais e de chefes de Estado do Mercosul, outros Estados Sul-americanos a titulo de Estado Associado, sem direito de voto nos processos de decisão dos orgãos institucionais do MERCOSUL. Deste conjunto de Estados Associados fazem parte Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.

A ASEAN engloba alguns países que tem vindo a ter uma posíção relevante na económica da zona do Pacifico, e com um certo peso junto de organizações internacionais como, por exemplo a OMC. É o caso da Indonésia, em que, não é por acaso que o Secretariado Permanente da ASEAN está sedeado em Jacarta, a capital deste país. Criada em 1967, visa celerar o crescimento econômico e fomentar a paz e a estabilidade regionais. Para além da Indonésia, também são membros de pleno direito: Singapura, Malasia, Tailandia, Vietnam, Brunei, Laos, Camboja, Filipinas, e Mianmar. Timor-Leste e Papua Nova-Guiné têm o estatuto de membros observadores. O Japão, as duas Coreias e a China não se encontram aleanadas do funcionamento da ASEAN, tendo estabelecido protocolos de cooperação, assim como com a União Europeia.

Criada em 1992, com o fim da Conferência para o Desenvolvimento da África Austral (Southern Africa Development Co-ordination Conference - SADCC), a SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral). Politicamente dominada por países como a África do Sul, Angola e Moçambique, esta comunidade ainda não se encontra ao nível das restantes comunidades já aqui mencionadas. As intenções politicas dos governos dos seus 14 Estados-membros, mantêm-se; mas para que se iniciei verdadeiramente um processo de criação de um verdadeiro bloco económico, são necessárias mais do que meras intenções políticas, que muitas vezes nem saiem do papel. A região da África Central (até ao sul do continente) tem recursos minerais, agricolas e naturais, que podem potencializar muito a importância económica e politica da SADC perante o resto do mundo, mas para isso é necessário uma politica de concertação económica que até agora tem falhado. Ainda persistem alguns conflitos internos e problemas sociais graves, como recentemente no caso do Zimbábue.

Do meu ponto de vista, e também com as mudanças de estratégia económica surgidas pela actual crise que o mundo industrializado vive, penso que os blocos económicos deviam ter mais peso nas Relações Internacionais, indo até ao ponto de, ao nível do Conselho de Segurança da ONU, os países membros serem substituidos por blocos permantes. Bem sei que esta proposta pode não ter muitos adeptos, mas numa mundo em que os governos estão a deixar de ter poder de decisão politica e de gestão económica e financeira dos seus Estados, as entidades supra-nacionais como a Comissão Europeia, tem uma maior capacidade de intervênção poltica e económica nas suas áreas de influência geográficas directas, com também com capacidade para influenciar outros blocos económicos e países com menor expressão politica mundial.

Talvez dentro de alguns anos, surja a expressão GR5....porque, actualmente, já existe o seu sentido politico e económico.

Thursday, December 11, 2008

A importância de se chamar Activo


A evolução leva-nos a isto….a pensar melhor e a querer melhorar o que nos rodeia. Seja na esfera pessoal, profissional ou organizacional.

A gestão das pessoas (ou a ainda designada Gestão de Recursos Humanos) têm vindo a assumir alguma especialização e, algum aumento da sua relevância e utilidade na gestão global das organizações, principalmente em organizações com fins lucrativos – as empresas. Independentemente, da dimensão de uma empresa, – e permitam-me que utilize já uma expressão quase inexistente, a Gestão de Activos Humanos – pode ser feita à medida das necessidades e objectivos da empresa. Por outras palavras, mesmo numa pequena empresa é importante:

 Seleccionar bem as pessoas que vão entrar para a empresa;
 Ter uma gestão administrativa sem falhas e, de acordo com a legislação em vigor;
 Possibilitar a aprendizagem, e a evolução de capacidades e conhecimentos dos trabalhadores.

Mesmo para as pequenas empresas, estes três itens atrás referidos, tem que ser tidos em conta.

Obviamente que, quanto maior for a dimensão de uma organização, mais relevante se torna a Gestão dos Activos Humanos. Surgem novos factores a ter em conta e novas áreas onde se pode intervir. O crescimento das organizações leva à criação de sistemas de comunicação e de tomada de decisão partilhada. A cultura da empresa vai-se enriquecendo e especializando. A necessidade de desenvolvimento das capacidades e de aquisição/renovação de conhecimentos vai sendo cada vez maior.

A designação de Gestão de Activos Humanos não surgiu agora, algumas empresas já adoptaram esse nome para as Direcções e Departamentos responsáveis directos pela gestão e desenvolvimento das pessoas nas empresas e nas organizações em geral. Temos o exemplo a SGPS do Grupo Portugal Telecom, que tem uma Direcção de Activos Humanos….se for só o nome, não adianta de muito…mas se a prática fizer jus ao nome, então nesse caso vale a pena! Outro exemplo que temos em Portugal, mas em termos académicos é no Instituto Superior de Gestão Bancária, que promove uma Pós-graduação em Gestão de Activos Humanos. Penso que o caminho será este, passo a passo, com aceitação dos decisores económicos e empresariais de que as pessoas são mais do que um custo contabilístico, e podem ser um activo contabilístico, um activo em que vale a pena investir e do qual surte efeitos positivos, surte lucro.

Mas a realidade contabilística das empresas, ainda não colocou as pessoas e o seu valor, do lado do Activo nos exercícios contabilísticos, tais como o Balanço. Enquanto não existirem formulas, e cálculos de ordem financeira que revelem o valor demonstrado pelos trabalhadores, será difícil considerar trabalhadores como activos contabilísticos. E, quando as empresas, entram em situações de contenção e de corte nos custos, muitas vezes os trabalhadores acabam por pagar a factura, principalmente se estiverem numa situação contratual a prazo ou sem vínculo contratual.

Também já vai sendo editada alguma bibliografia que utiliza a denominação de Activos Humanos. Por exemplo, o manual "Gestão de Activos Humanos no século XXI" coordenado por José Bancaleiro e editado pelo RH Editora.

Esperemos que a realidade vá sendo cada vez melhor para a Gestão dos Activos Humanos nas empresas e nas organizações em geral.

Mesmo com 100 anos...a História não acaba aqui!


Faz 100 anos um dos nossos Maiores! Um dos nossos grandes mestres do cinema, com um percurso e uma obra que, provavelmente, muitos realizadores não vão conseguir alcançar. Sou admirador do trabalho de Manoel de Oliveira, já há mais de 17 anos.....isto tendo em conta que tenho quase a idade para ser seu bisneto....tenho 33 anos.

Os planos do Mestre são inconfundiveis, a intensidade de algumas imagens, que não captamos na primeira visão, mas numa visão continuada. Porque contuinuada tem sido a obra de Manoel de Oliveira e, a herança que nos vai deixar, é um dos grandes patrimónios culturais portugueses e também europeus. O Mestre também tem grandes admiradores, e penso que seguidores da sua arte, em alguns países europeus, como o caso de França, onde encontramos alguns realizadores cujos filmes tem alguns "traços" semelhantes ao filme do Mestre.

Quem estiver interessado pode acompanhar um conjunto de iniciativas promovidas pela Fundação de Serralves no Porto, até Março do próximo ano. Podem consultar os seguintes sitios: http://www.serralves.com/ e ainda um dosseir feito pela Madragoa Filmes - http://www.madragoafilmes.pt/manoeloliveira/

A melhor prenda que, e seguindo a opinião do Manoel de Oliveira durante os últimos dias, será realizar mais filmes até ter forças para isso.

Parabens Manoel de Oliveira e obrigado pela sua obra!

Saturday, November 29, 2008

Pontes no Nepal




As centenas de pontes suspensas no Nepal, são um exemplo, de que não é necessário devastar florestas, campos, cultivados, derrubar propriedades e casas, ou abrir montanhas para se aproximar as populações.

Wednesday, November 26, 2008

O Grande Canal



A percepção que tenho da Internet deve ser comum a milhões de utilizadores desta rede de comunicação. Talvez os “sentimentos” e crenças relativas à mesma, sejam mais diversos entre todos os seus utilizadores. Uma certeza eu tenho, esta rede vai se tornar numa rede primordial para muitas das nossas necessidades de comunicação e de obtenção de dados e de informação. E este futuro está cada vez mais perto.

Utilizo a expressão Grande Canal, com base no que vejo, no que oiço, e no que leio…..mas espero não estar a ficar dependente da Internet, para a tornar como a única fonte de informação e como o principal meio de comunicação. Seria mau sinal…..!

A Internet tem vindo a fazer parte das nossas vidas de uma forma cada vez mais frequente, e a vários níveis. Para além de ser uma área de negócio com tendência para crescer em muitos países, e o nosso não foge à regra, é cada vez mais uma via de comunicação entre particulares, empresas, organismos e serviços públicos, escolas, universidades, etc.

Os efeitos do alastramento da sua utilização são diversos. Por exemplo, a subsituição da televisão pela imensidão de "canais" que a Internet ofereçe, é um facto cada vez mais real. Os consumidores de produtos televisivos, tem vindo a diminuir, em grande parte devido à oferta de produtos de entretenimento que a Internet ofereçe. A faixa etária entre os 14/15 anos e os 35 anos é a grande utilizadora da Rede das redes de comunicação, e este grupo etário utiliza a Internet em qualquer local, desde que tenha acesso à mesma (que também pode ser feita através de telemóvel de 3ª Geração). Já falei, num texto anterior, da nossa crescente dependência tecnologica, seja a nível pessoal como a nível profissional, mas apesar do peso e necessidade de tecnologias ligadas à Internet, ainda é o Homem que a controla e a define.

A ideia global do fascionio da Internet, tem a ver, do meu ponto de vista, com a capacidade de substituir diversos instrumentos de comunicação, diversas formas de trabalhar e de relacionar, e de entreter também. Estas multiplas capacidades da Rede, podem alterar as próprias competências e atitudes das pessoas, e em relação à geração que nasce agora (inicio do secúlo XXI) já vão ter outra formas de socialização, de produção e de comunicação que as gerações que nasceram no século XX não tem, pelo menos de forma total. Resta a estas gerações adaptarem-se....ou então sentirem-se excluídos pessoal e profissionalmente dentro de alguns anos.

Sunday, November 16, 2008

Será necessário o sindicalismo?



A mudança nas organizações é algo que não acontece de forma célere, sem conflitos, nem oposições. E quanto mais antigos forem os seus pressupostos, formas de actuação e crenças, assim como também a força do seu enraizamento, mais difícil se torna a transformação, a mudança e adaptação a novas formas de pensamento e de visão do mundo. Os sindicatos, genericamente, fazem parte deste “retrato”.

O título é suportado por uma dúvida – será que as organizações sindicais, como estão hoje organizadas e, tendo em conta as suas formas de actuação, e objectivos, são agentes de desenvolvimento e de mudança para um mundo melhor?

Esclareço que não sou partidário do desaparecimento dos sindicatos, mas apoio a sua adaptação às novas realidades laborais e económicas, que tem vindo a ser desenvolvidas nos últimos 30 anos, e de forma mais recente em Portugal, há cerca de 20 anos.

A imagem e a forma de actuação que os sindicatos em Portugal revelam pode não ter mudado muito desde o 25 de Abril de 74, mas houve alterações. Alterações essas, num sentido global, que indicam a perca de força negocial e o peso que os sindicatos tinham em diversos sectores da economia, principalmente ligadas à Industria. Desde a segunada metade da década de 80 (do passado secúlo) que a força sindical tem vindo a dimuinuir em sectores onde tradicionalmente tinha bastante representação. Tal diminuição pode ser explicada por factores como: demasiada ligação entre partidos políticos e sindicatos; surgimento, e aumento, das formas atípicas de contratação (Recibos Verdes, Contratação a Termo, Outsourcing, etc); transformações na estrutura empresarial portuguesa que levou ao aumento de PME’s, em parte, devido à saída de muitos trabalhadores das grandes empresas (casos como os da Secil, e da Setenave,). Estas são as três grandes razões para explicar a diminuição da força sindical em Portugal, e de maneira semelhante em outros países.

Uma realidade que se observou na maioria dos países da UE, onde se inclui Portugal, é que nosa últimos 10 - 15 anos os sindicatos passaram a defender os interesses de grupos profissionais ligados à função pública, em que o expectro da Modernização Administrativa e do emagrecimento da estrutura dos organismos públicos, é a avalanca para que os sindicatos ligados ao trabalhadores da Função Pública (na UE, em termos gerais), ganhassem mais voz e atenção da parte da comunicação social. Um exemplo, concreto e actual é a actuação de sindicatos dos professores em Portugal, que protestam contra o modelo de avaliação de professores que o Ministério da Educação tem tentado implentar. Esta actuação de sindicatos ligados à Função Pública contrasta com a actuação de muitos sindicatos ligados à Industria, Pescas e Agricultura, que durante a década de 70 e 80 tinham mais força e poder de negociação. Entre 1974 e 1995, os sectores Primário e Secundário, perderam, respectivamente, 97 mil e 275 mil efectivos sindicais, e o Sector Terceário (que inclui a Função Pública, Serviços, Comércio e sector hoteleiro) representavam 698 mil efectivos sindicais em 1978, e em 1995 eram 726,9 mil. Actualmente, mais de 50% dos efectivos sindicais pertencem ao sector terceário, e dentro deste conjunto muitos deles representam grupos profissionais integrados em organismos da Administração Central do Estado e em Autarquias Locais.

Wednesday, November 5, 2008

Dito Divino III

Não é por ter sido eleito um novo presidente nos Estados Unidos da América, mas sim por ter sido um Afro-americano, que em poucos anos, conseguiu chegar ao topo do Partido Democrata, e ser o seu candidato à Presidência dos EUA. Barack Obama ganhou as eleições, e o seu discursos, as palavras que usou iram marcar a história política deste país. Fica o registo:

Mudança


"Change as come to the United States of América" foram as palavras de Barak Obama que marcam o seu registo na histórial eleitoral dos EUA. A crer nas suas palavras, talvez possamos dar crédito ás suas intenções; a crer no nas suas propostas de politica externa e interna, talvez seja tempos de mudança que podem ocorrer a partir de Janeiro de 2009. Mas o reçêm-eleito presidente dos Estados Unidos da América, tem muito trabalho pela frente, desde restituir a confiança na económia (principalmente a confiança dos consumidores), passando pela retirada dos soldados americanos no Iraque.

Sunday, October 26, 2008

Uma boa ideia de ajuda!


A palavra ajuda, no contexto da cooperação (nomeadamente em cooperação para o desenvolvimento), tem um significado para estruturante e preciso. O seu fundamento relaciona-se com a capacitação de populações, de comunidades, de regiões e de nações. Existe o termo Ajuda ao Desenvolvimento, no glossário dos termos da Cooperação para o Desenvolvimento, que pode ser feito de forma bilateral (Estado a Estado) ou multilateral (entre mais que dois Estados e com a intermediação de uma organização internacional, ou através de uma organização internacional direccionada para multiplos Estados).

Em Portugal, a Assistência Médica Internacional tem tido a colaboração de várias empresas e grupos empresarias, em campanhas internas (em Portugal) e em territórios de outros Estados (principalmente em África e na América do Sul). Por exemplo, com a ajuda do Grupo Ibersol, grupo empresarial porturguês do sector da restauração, tem vindo a promover uma campanha de recolha alimentar para o Programa Alimentar das Nações Unidas, de forma a que consiga garantir 800.000 refeições durante um ano, para mais de 2.000 crianças, para que se possa salvar as suas vidas. Esta ONGD (Organização Não Governamental de apoio ao Desenvolvimento) também tem projectos de cooperação e auxilio humanitário com o apoio financeiro e material de outras empresas.

A ideia-base neste tipo de parcerias entre ONGD's ou ONGS e empresas, é muito louvável, e com potencial para se desenvolver ainda mais, seja em Portugal seja em outros países. Em todos os Estados que fazem parte da OCDE, existe este tipo de parcerias, algo que tem vindo a ser inserido na chamada Responsabilidade Social das Empresas.

Outro exemplo de parceria que temos, também em Portugal, é promovido pela OIKOS, através de promoção de campanhas de "Marketing Por Uma Causa", associando um produto ou serviço da sua empresa a uma causa humanitária, ou realizando Parcerias Estratégicas, com potencial de ganho ("Win-Win") para todas as partes envolvidas: a sua empresa, a comunidade e a OIKOS.

Saturday, October 18, 2008

Junto ao mar

Para muita gente é um privilégio junto ao mar, e acordar ou descançar depois de um dia intensivo, a olhar para o infinito que o mar nos pode mostrar. Seria bom ter cenários diários como estes que vos mostro.








Dito Divino II

"Um corpo mais um espirito é igual a um homem com vida/um esprito menos um corpo é igual á vida de um homem" - Paulo Teixeira Pinto, Lisdoa, Outubro de 2008

Friday, October 17, 2008

Em festa com a Pobreza


É curioso....um dia a seguir ao outro...uma celebração a seguir a outra....um Dia Mundial a seguir a outro Dia Mundial....! Será que todos os dias são dias de festa....! Já podiam ter dito....a sim preparava-mo-nos todos para as festas diárias....!
Celebra-se, numa ordem de sucessivas celebrações diplomáticas e de politica internacional, o Dia Mundial de Erradicação da Pobreza.
Existem realidades de pobreza conhecidas por todos, mas também novas realidades e novos pobres, nomeadamente em países industrializados, como o caso dos Estados Unidos.
As estatisticas também revelam e explicam uma parte destas realidades. A Rede Europeia Anti-pobreza, revela algumas dessas estatisticas. Em 2004, mais de 16% dos cidadãos da UE viviam em situação de pobreza, após as transferências mensais de apoio social (por exemplo, a atribuição do Rendimento Social de Inserção, que existe em Portugal). Em 2005, a taxa de pobreza antes das transferências sociais e de pensões era de 43% na UE a 25. Dentro desta percentagem, o grupo etário que vive uma situação mais fragil é de mais de 65 anos, os idosos.
Podem ser várias as causas que levam à situação de pobreza. Em Portugal, as três principais razões são: o salário não é suficiente para pagar as despesas (40%); os apoios sociais não suficientes (39%); e 37% devem-se a situações como a toxicodependência, o alcoolismo e outras situações de degradação social. No conjunto dos países da UE, o desemprego é o principal motivo (numa lista de 14 causas) com 35%.

Thursday, October 16, 2008

Dia Mundial da Alimentação - será que devemos festejar....?


Comemora-se hoje o Dia Mundial dos Alimentos, (ou da Alimentação....ou da criação da FAO). Que assim seja....! Mas que seja de forma pragmática, com consciência dos problemas que existêm, das barreiras que dificultam a resuloção desses problemas, mas também com a esperança de que são possíveis soluções económicas e políticas para diminuir a fome, principalmente, em países menos desenvolvidos e com pouca capacidade e diversidade de produção.


Que todos os individuos tivessem acesso diário a todos os alimentos observados nesta imagem, é um dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, embora esteja colocado numa meta (Erradicação da Pobreza) que não tenha uma ligação totalmente explicita em relação à Roda dos Alimentos. Será que ainda falamos de equidade e de equilibrio na distribuição de riqueza....desta vez de riqueza alimentar...? Estou em dúvida de que se fale todos os dias sobre isto, e se pratique esta equidade nas zonas do globo mais necessitadas de equilibrio na distribuição da riqueza.

Wednesday, September 24, 2008

Money makes the world go around...!?

Esta famosa música cantada por Lisa Minnelli e Joel Grey é uma sátira ao dinheiro e aos ricos.

E os ultimos acontecimentos mais mediáticos no mundo financeiro...também fizeram girar o mundo...? O descalabro de algumas instituições financeiras americanas, como a AIG, a Lehman Brothers, a Fennie Mae e a Freddie Mac, fizeram tremer a economia americana, com convulsões mais intensas ou menos intensas nos mercados europeu e asiatico.

Estes gigantes da economia norte-americana, começaram a dar os primeiros sinais de perturbação e de crise desde o inicio da actual década, quando, por exemplo, o índice bolsista Down Jones começou a sofrer uma evolução negativa constante, até à actualidade. (www.financialsense.com/stormwatch/oldupdates/2002/0621.htm).

Há talvez, uma justificação concreta para o abalo sofrido pela economia dos EUA - o execesso de recurso ao crédito para investimento (no caso das empresas) e de consumo (no caso dos particulares, principalmente no crédito à habitação). As primeiras grandes empresas a sofrer sinais de crise foram a Fannie Mae (aliás, Federal National Mortgage Association) como o Freddy Mac (aliás, Federal Home Loan Mortgage Corporation), que tem como grande objectivo fornecer crédito aos consumidores americanos, principalmente na obtenção de imóveis.

Para além distribuição avulsa de crédito perante os consumidores americanos, muitas grandes empresas norte-americanas, a maioria ligadas ao sistema financeiro, seguiram politicas de despesa e de investimento erradas, a ponto de a Morgan Stanley e a Goldman Sachs (dois dos maiores bancos de investimento a nível mundial) pedirem auxilio e protecção à Reserva Federal Norte-Americana, o que revela uma situação muito fragil de pré-falência ou mesmo de falência.

O ainda presidente norte-americano, George Buch, também se viu obrigado a intervir publicamente, e pedir solidariadade aos contribuintes norte-americanos para que ajudassem a enfrentar a crise. Para além do governo de Buch ter falhado no acompanhamento das principais instituições financeiras norte-americanas, ele ainda foi o principal promotor da intervenção militar no Iraque, que tem custado aos EUA cerca de 15 biliões de dolares.

Eu não aceito uma politica de intervenção pura e dura de qualquer Estado na economia, mas os Estados não se devem alienar dos mercados. A teoria da mão invisivel, de ser cada vez mais direccionada para uma intervenção estrurada e de parceria entre o Estado, as empresas privadas e o sistema financeiro. A regulação economica da parte dos Estados, pode ser benéfica para as empresas, se não for em execesso. No entanto, o Estado não pode fechar os olhos, sempre que tiver em causa o dinheiro dos contribuintes, e deixaram grandes empresas fazerem despesas incomensoráveis e despropositadas, e investimentos errados. Só a titulo de exemplo, mesmo com uma situação muito complicada, os administradores executivos da Fannie Mae, receberam dezenas de milhões de dolares de prémios de desempenho....! Haverá palavras para explicar isto....?

Tuesday, September 16, 2008

Dito Divino I

"O Homem é um ser ficcionante. Independentemente do que seja o objecto dessa ficção. Nós estamos sempre ficcionando. A nossa relação com o real é uma relação imaginária." - Eduardo Lourenço in Revista Ler (Setembro de 2008)

Thursday, September 11, 2008

Nine Eleven


Já lá vão 7 anos...mas pelo que significa....pelo seus efeitos....e por todos nós...convêm não esquecer...este e outros muitos que aconteceram neste nosso planeta....!

Tuesday, September 9, 2008

Em Angola sê Angolano


Esta imagem é da Baia de Luanda, que tem sido alvo dos grandes projectos imobiliários promovidos pelo governo de José Eduardo dos Santos. É sinal de crescimento urbano e de, também de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) que tem sido visivel e notório em Angola.
Houve eleições legislativas à poucos dias. Ganhou o MPLA, com cerca de 80% dos votos. O MPLA mantê-se à frente do governo angolano. A elite governativa angolana também se mantêm durante mais quatro anos. Angola já viveu dias piores...? Sim, já viveu dias piores....!
Acredito que a realização de eleições pluripartidárias seja um sinal de democracia. De facto, isso aconteceu em Angola. Também é um facto que alguns orgãos de comunicação social portugueses, não poderão fazer a cobertura deste acto eleitoral.
O titulo pode parecer um pouco estranho - "Em Angola sê angolano" - mas não é uma afirmação totalmente descabida. Por exemplo, os investimentos de raiz em Angola são um retrato fidedigno dessa inevitabilidade de, em solo angolano, assumir as condições angolanas. Na sua essencia, a existência de regras e de condições que normalizem os investimentos, faz sentido e é saudável que existam. Mas quando essas regras, embebidas num espirito estatizante, tentam controlar demasiado a actividade des empresas estrangeiras em Angola, então é caso para dizer que "quem não quiser ser angolano não tem lugar em Angola....!".

Sondagem sobre criminalidade violenta - comentário

Fazer um comentário sobre um determinado tema, é sempre algo que pode ser ou tido em conta, é sempre algo que pode ser alvo de contraposição ou de complemento, ou eventualmente de não observação. No entanto, este assunto em particular, tem afectado a sociedade portuguesa, sem, do meu ponto de vista, provocar alarmismos, nem situações de excessiva revolta, mesmo da parte das vítimas dos vários crimes e agressões que tem ocorrido nos últimos meses em Portugal.


Apesar dos escassos votos que foram registados neste painel de opções, algumas das escolhas representam opiniões que também têm sido transmitidas em vários órgãos de comunicação social, nomeadamente através de sondagens a nível nacional. No entanto, mesmo tendo em conta que, num conjunto de 18 votos, a maioria (6 votos) é da opinião de que a inserção social pode ajudar a diminuir a criminalidade. E a segunda opção mais votada, relaciona-se com a melhoria das condições, para as polícias, para o combate ao crime, e aumentar o policiamento nas grandes áreas urbanas. Cerca de 17% dos votos desta pequena sondagem, destinaram-se ao aumento das penas de prisão para crimes de natureza violenta.


O conteúdo deste conjunto de dois artigos (post na linguagem bloguista….se é que existe uma…..o que eu duvido…!), ínside, sobretudo, sobre a questão da do aumento da criminalidade violenta e organizada que tem vindo a surgir em Portugal. Mesmo que os votos tenham sido muito poucos, e, verdade seja dita não podem ser considerados representativos de um conjunto populacional mais vasto como 10 milhões de habitantes (cerca do total da população residente em Portugal), podemos desmistificar, algumas questões.


A primeira questão que eventualmente pode gerar controvérsia é a de que estamos a falar de crimes organizados e alguns deles praticados por indivíduos que não são portugueses, e tem uma escolaridade média ou acima da média em Portugal, e que não tem receio em praticar actos violentos. Será que a inserção social era uma medida eficaz para resolver este problema…? Eu penso que não. Sem menosprezo e com o devido respeito pelas comunidades emigrantes em Portugal, alguns destes crimes têm sido praticados por indivíduos oriundos do leste europeu e do Brasil, onde as praticas criminosas são mais acentuadas e com formas mais violentas, que não eram correspondiam à tipologia normal dos crimes ocorridos em Portugal, nas décadas de 70, 80 e 90. São indivíduos que tem um fácil acesso a armas e explosivos, e sabem utiliza-los, tendo tido, muitos deles preparação militar, o que o torna mais perigosos. É o caso dos indivíduos do leste europeu, que tem tido participação em alguns crimes ocorridos em Portugal. Um outro grupo de indivíduos que se destacam nesta onda de crimes, são brasileiros, que estão “habituados” a praticar assaltos, sequestros e roubos violentos com recurso a armas de fogo. Foram vários, os crimes praticados por este grupo nos últimos meses na região de Lisboa e Vale do Tejo. É honesto esclarecer, da minha parte, que estes indivíduos (dos grupos que referi) não representam a maioria dos seus emigrantes, que tem contribuído para o crescimento da nossa economia, e que tem vindo a integrasse cada vez mais em Portugal.

Sou adepto da livre circulação de pessoas, mercadorias e bens no espaço comunitário que foi estipulado pelo Tratado de Shengen, instituído pela primeira vez a 14 de Junho de 1985, e que viu o seu conteúdo alargado durante a década de 90. O espirito deste Tratado é benigno, e visa fortalecer a Liberdade na União Europeia. Mas em terras livres, a liberdade pode trair quem a promove e tem por obrigação defende-la, como é atributo de qualquer Governo, nomeadamente através das suas forças de segurança internas. Verdade seja dita, na minha opinião, é o que tem acontecido durante os últimos meses no nosso país. As regiões metropolitanas de Lisboa e Porto, foram alvo de vários assaltos e crimes com uma dimensão que não é comum em Portugal, mas que de alguma forma, se tem "instituido". Um exemplo concreto disso mesmo, são os assaltos a bancos, que desde Janeiro deste ano, que foram vários, e aos quais, nenhum dos grandes bancos escaparam.

O governo português está a tentar dar uma resposta a este problema, penso eu. Mas será a concentração de poderes policiais num único orgão (com nomeação politica) a melhor resposta para o combate ao Crime? Não tenho elementos, nem conhecimentos, nem competência técnica para avaliar essa decisão governamental. Mas sou um cidadão preocupado, como milhões também o são, e o que quero é viver num país que sabia controlar e dar uma resposta eficaz e preventiva à criminalidade.

Wednesday, August 20, 2008

Aumento da Criminalidade - sondagem



O tema da Criminalidade é um tema que, pela sua natureza não se esgota e, que adquire novas dimensões e novas formas. Sem estar-mos dependentes dos efeitos do mediatismo e das opiniões públicas e publicadas, todos sentimos, penso eu, um aumento da criminalidade violenta nos últimos anos. São vários os exemplos que temos vindo assistir através da comunicação social, nomeadamente através da televisão, que tem um efeito mais imediato nas manifestações e nas opiniões da generalidade das pessoas.

Mais do que estar a lançar culpas, e juízos de valor sobre pessoas e sobre politicas, interessa, na minha opinião, tentar reflectir um pouco sobre porque é que isto tem vindo a acontecer, porque é que o índice de criminalidade (especialmente a criminalidade violenta) tem vindo a aumentar em Portugal. Todos nós, com mais ou menos conhecimento de causa, poderemos eventualmente identificar as possíveis causas dos vários casos de criminalidade violenta que tem atingido os grandes centros urbanos do nosso país, como os distritos de Lisboa e de Setúbal.

Mas que soluções podemos aplicar? O que se pode fazer para diminuir este índice de criminalidade? Assumindo a minha condição de cidadão comum perante esta matéria, proponho algumas opções que deixo à consideração da vossa escolha. Será também importante e interessante ler os vossos comentários.


Thursday, August 14, 2008

Silly Sad Season in the World

Gostaria de colocar um pequeno texto composto por algum humor, mais ou menos refinado, mas o mundo que vejo em imagens, que oiço em sons, que leio em textos não se encontra em pleno retiro de férias, a descançar em cenários paradisíacos. Um dos actuais cenários é o conflito na Georgia, que já provocou mais de 2 mil mortos.



Esta imagem de cima, mostra-os um homem com uns olhos no vazio, e por detrás dele um prédio destruido por bombardeamentos de aviões russos. Não vale a pena utilizar lugares comuns, palavras repetidas, nem retóricas pré-fabricadas. Mais uma vêz as imagens falam por sí.

Outra triste notícia, refere-se ao assassinato de três mulheres voluntárias da Internacional Rescue Committee, e um motorista afegão que as acompanhava. Estas coisas nunca deviam de acontecer, mas acontecem. Foram apanhadas numa embuscada por um grupo de rebeldes afegões, que de certo não actuaram de forma consciente, ou pelo menos lucida, e perdoem-me a expressão, mas actuaram sem noção de liberdade e de humanidade.

Monday, August 11, 2008

Silly Season na pátria lusitânia




Imaginem situações inesperadas, absurdas e quem levariam os ingleses a dizerem..."Dont be silly!"
Estaria Mourinho disposto a abdicar de treinar do Inter de Milão, e num ataque de saudusismo das vitórias em terras do Porto, com vontade de treinar novamente o FCP...
Será que algum dia iremos observar a côr dos olhos de Pedro Abrunhosa...?
Após um resfrecante período de férias, os nossos deputados da nação, levariam a plenário uma proposta de lei (elaborada por cada um dos lideres parlamentares) em que impunham uma medida contra a existência de arroz maladrinho, couves de bruxelas e peixe-agulha...! Esta medida teria todo o apoio do Governo, visto Socrates ter sido picado por este peixe, mesmo estando prato acompanhado pelo dito arroz..

Friday, August 8, 2008

Let the games begin


Iniciam-se hoje mais uns Jogos Olimpicos, talvez um dos mais falados na comunicação social. Nínguem me tira da cabeça o intuito do governo chinês em utilizar, de forma indirecta ou directa, este evento para dar uma imagem de país que promove os direitos humanos, a liberdade e a paz, que são piliares do espirito olímpico. Mas polémicas à parte, os atletas não tem que ser prejudicados por causa de motivos políticos. E eu gostava muito, que os atletas portugueses conseguissem algumas medalhas, de preferência de ouro. Porque são capazes, e porque trabalharam para isso. Boa sorte para os atletas portugueses, em especial, e "Let the games begin"!

Tuesday, August 5, 2008

Move and Learn



Estamos no início de uma era de transformações nas formas de Aprendizagem e de novas formas de construção e de divulgação de conteúdos escolares e formativos.

Refiro-me em concreto às modalidades E-learning, M-Learning e B- Learning. São, genericamente, conhecidas como as novas modalidades de formação. Para diferenciar um pouco estas três modalidades, podemos dizer que o E-learning corresponde à formação totalmente à distância, sem a interacção presencial entre Formadores e Formandos. O M-learning, é a mais recente modalidade de formação, suportada por uma plataforma tecnológica, e que se torna possível com os telemóveis que disponham de ligação à Internet. Quanto às modalidade B-learning (Blended Learning), esta é uma junção entre as práticas e conceitos do E-learnig e da formação tradicional em sala ou em posto de trabalho.

O E-Learning deve ser visto como um processo que permite criar um ambiente de aprendizagem suportado pelas tecnologias Internet, permitindo a transformação da informação em conhecimento, independentemente da hora ou local. Este processo integra formação on-line e gestão do conhecimento. Como vantagens para o E-learning, podemos apontar as seguintes:

  • Redução de custos ;
  • Sistema disponível a qualquer hora e em qualquer local;
  • Processo “just in time” por oposição ao “just in case”;
  • Optimização do tempo do formador;
  • Facilidade de utilização do sistema em termos de gestão;
  • Rápida distribuição dos conteúdos;
  • Fácil alteração dos conteúdos.

Apesar da crescente adesão, em muito países, ao E-learning, esta modalidade apresenta algumas desvnatgens, nomeadamente quando comparada com a formação tradicional. Podemos apontar as seguintes desvantagens:

  • Falta de interactividade das soluções;
  • Resistência cultural;
  • Largura de banda;
  • Quantificação do ROI;
  • Problemas com browsers;
  • Firewalls;
  • Inexistência de um standard.

Mas fazendo jus ao titulo deste texto, existe um potencial de formação que se encontra nos seus primórdios e com muito por explorar, em termos de definição e gestão de conteúdos, e de estrutura tecnológica. Esse potencial é o M-learning, que possibilita a acesso a Formação em qualquer lugar, a qualquer hora e utilizando um telemóvel com acesso à Internet, ou um I-pod. Isto para não falar já na própria internet móvel, que através de PC's portáteis cada vez mais leves, rápidos e potentes, possibilitam sessões de E-learning, ou no modelo de M-Learning.

Imaginem o tempo que muitos gestores, professores, formadores e consultores poupam em deslocações e outros custos directos e indirectos, na utilização do M-Learning. Esta modalidade de Formação tem, verdadeiramente, um grande potencial de crescimento, e pode ser uma prática rentável e adaptada às necessidades de desenvolvimento dos Recursos Humanos de muitas organizações.

Entre as vantagens que podemos verificar no M-Learning, temos:

  • possibilidade de levar o equipamento para qualquer sitio;
  • junção de tecnologias (câmara, voz e dados) em equipamentos pequenos e versáteis;
  • possibilidade de conduzir e de aceder aos conteúdos formativos;
  • possibilidade de estabelecer uma ligação telefónica e, simultaneamente, utilizar plataformas de Formação;

Observem os seguintes videos de profissionais e de organizações que utilizem o M-Learnig.









Sunday, July 27, 2008

Descubram as diferenças





Dá-se um prémio simbólico a quem souber desvendar este mistério, e colocar um fim a uma estória com contornos insólitos.


Friday, July 25, 2008

Terceira Revolução Industrial - percepção ou evidência?


Começo por comentar o título, e as suas duas últimas expressões que para mim são significativas, ao nível da opinião pública em geral. Será que estamos mesmo a entrar numa nova era Industrial, e será isso uma evidência, um facto? Ou será, que apenas temos alguns sinais que nos permitem classificar teórica e ideialmente, uma nova tendência de evolução económica e tecnológica? Uma coisa é certa, temos sinais dessa nova era, e temos, de facto necessidade de entrar nessa nova era económica.

Esses sinais não começaram a surgir à meia-duzia de anos ou de meses, mas desde os anos 70 e 80 que tem vindo a surgir mudanças e transformações em várias campos, nomeadamente nas empresas com forte base tecnológica e em universidades cuja a essência da investigação e do ensino passa pelo desenvolvimento tecnológico e pela inovação nos processos, materiais e produtos.

Ao longo das últimas três décadas, esta nova revolução, teve várias designações: Revolução Verde, Revolução da Inteligência e Revolução Tecnológica. Cada uma destas três designações tem o seu próprio sentido e factores intrinsecos e extrinsecos que influênciaram a construção de modelos teóricos que explicam a fase nascente de uma nova revolução, que numa sequência temporal eventualmente lógica, podemos designar de Terceira Revolução Industrial.

Com a devida noção de que existem académicos com mais conhecimento, do que eu, sobre a evolução tecnologica e económica dos últimos 30 anos, deixo algumas pistas sobre as causas e consequências que, na minha opinião, envolvem esta nova revolução.

Como possíveis causas para a passagem para uma nova era económica, temos:

  • Escassez de recursos enérgicos (petróleo);
  • Especulação imobiliária;
  • Aumento dos juros;
  • A importância crescente da gestão do conhecimento e da informação nas organizações;
  • Alterações demográficas e movimentos populacionais entre países do Sul e do Norte;
  • Alterações dos hábitos alimentares e de saúde;
  • Diminuição do poderes organizacionais instituídos;

Qualquer causa, leva necessáriamente a uma consequência, se bem que a troca destes dois termos seja mais lógica e comumente aceite por todas as pessoas com o minimo de capacidade de raciocionio lógico. As consequências desta nova era económica já se fazem sentir, nomeadamente:

  • Aumento do poder e da responsabilidade social individual e colectiva;
  • Utilização mais acentuada de energias limpas (solar, eólica, gás natural e eléctrica);
  • Reanalise da produção e da utilização da energia nuclear;
  • Aumento da dependência tecnológica nos contextos empresarial e doméstico;
  • Novos paradigmas de produção e gestão do conhecimento e da investigação cientifica;
  • Crescente abdicação da utilização do papel em virtude da utilização dos instrumentos e das formas digitais nos campos da informação, comunicação e do arquivo;

Tuesday, June 10, 2008

Terra de consensos



Hoje comemora-se o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Nesta curta reflexão, não iriei adoptar um papel de pensador da realidade portuguesa, até porque há quem a conheça melhor do que eu, e que tenha mais capacidade para reflectir sobre a nossa nação do que eu tenho.

A imagem de cima, representa a Ponta de Sagres, de onde foi lançada, na primeira metade do secúlo XV a maior aventura portuguesa. Talvêz a maior até hoje...!

Mas ao longo do dia, observei várias situações (de pequena dimensão) que me levam a referir uma caracteristica, que penso, ser tipica dos portugueses - a capacidade de chegar a consensos. Não importa para esta reflexão, tomar partido sobre se é bom ou mau, na generalidade, existerem consensos. Talvez a maior das pessoas (portuguesas ou não) diga que depende da situação.....talvêz dependa......

Factos históricos, levam-nos a perceber que, por vezes, o consenso português esteve próximo do provérbio "Agradar a gregos e a troianos" que caracterizou a relação diplomática que o Estado Português manteve com a Inglaterra e com a Alemanha durante a Segunda Grande Guerra Mundial. Manteve uma ligação diplomática conviniente com este dois países, para minizar e evitar danos nas suas relações, que, de certo, seriam muito prejudiciais para o nosso país.

A nossa ocasional mistura entre o Velho do Restelo e um Infante Dom Henrique, leva-me a realçar uma das catacteristicas que, penso eu, são tipicas nos nossos momentos de recuo e de avanço - a consensualidade. Tentamos ser consensuais conosco próprios. Tentamos chegar a posições de entendimento intrinseco, quando estamos em momentos de contrasenso que desejamos ultrapassar.

São várias a circunstânicas e das dimensões económicas, sociais e politicas em que o consenso assume destaque. Muitas vezes, até por motivos óvios, como no caso das decisões empresarias e politicas. Mas tenham em atenção, que estamos a falar de decisões tomadas por grupos maioritários ou com apoio maioritário, como é apanágio em sistemas democráticos.

Saturday, May 24, 2008

Aprender a consumir

Existe um certo impulso (ou impulsos) para escrever esta pequena reflexão. Vivemos numa situação económica e social que, muitos sociologos e economistas, consideram de estagnação do crescimento com sinais de crise conjuntural. É conjuntura que se vive nos Estados Unidos e em alguns países europeus. Isto sem considerar a parte sul do conjunto das nações a nível mundial, que, na sua maioria, ainda não conseguem atingir os níveis de desenlvimento médios dos países no Norte.

À semelhança de muitos dos artigos (ou post's, em liguagem bloguista), o que vou escrever é baseado em conhecimento genérico e comum à grande maioria das pessoas que se preocupam com este assunto ou com assuntos semelhantes. Não assumo uma posição técnica nem cientifica, nem tenho autoridade, neste assunto, para assumir tal posição.

O título que atribui a este artigo, é por si só, explicativo do assunto em questão, e da refelxão que o mesmo suscita. Trata-se uma questão relevante para qualquer sociedade, para qualquer país e para qualquer individuo. Sobretudo, quando observamos alguns erros e excessos de consumo.

Surgem algumas questões que coloco de partida, tais como:
  • Quais são os nossos erros de consumo?
  • Porque devemos aprender a consumir?
  • O que devemos fazer para racionalizar o nosso consumo?

A partir do momento em que, o Homem, tomou consciência dos seus excessos de consumo, é que podemos atribuir uma responsabilidade colectiva para as consequências que esse execesso provoca. Ou seja, estamos a recuar poucas dezenas de anos na nossa história mundial. A noção de sociedade de consumo também é recente, e como tal, as suas "perversidades" e execessos também são recentes. Mas de uma forma global, e pensando nas causas que tem provocado alterações ambientais, novos problemas de saúde, crescimento da industria alimentar e de restauração, ou problemas de crédito e de incapacidade de insolvência. Estas são algumas das consequências do dinamismo da sociedade de consumo. Um dos melhores exemplos são os Estados Unidos da América, em que o próprio sonho americano não se cuibe de incentivar ao consumo. Portugal, a uma escala menor e com efeitos mais reduzidos, sofre directamente com algumas das consequências referidas atrás. Também já sentimos as alterações climáticas, e um dos problemas económicos que actualmente enfrentamos é a incapacidade de algumas familias fazerem face às suas dividas de consumo (não o consumo alimentar, mas de bens duradouros ou semi-duradouros, como carros, casas, mobiliário, etc). A diminuição da capacidade de consumo de muitos sectores de sociedades como a portuguesa, e de outros países, não é nenhuma ilusão, e existem dados para o comprovar.

Os erros, que do meu ponto de vista, tem vindo a ser cometidos ao longo dos anos, são de ordem individual e de ordem colectiva. Se pensarmos ao nível dos individuos, estamos principalmente a falar de hábitos alimentares, higénicos, ou de deslocação. Estes são hábitos que identificam as nossas necessidades básicas e que, deles dependemos para seremos, muitas vezes, socialmente aceites. Na ordem colectiva, podemos referir o contributo das empresas e outras organizações que consumem muitas vezes, por si só, consomem mais energia do que algumas cidades. As nossas preocupações ambientais e de redução de consumo são recentes, remontam a meados dos anos 70, numa escala mundial.


Sunday, May 18, 2008

Espuma dos dias que passam...!


Recentemente, ouvi o Economista e Advogado Medina Carreira a utilizar uma expressão, quando fazia uma critica indirecta à comunicação social. Falava então, sem querer referir literalmente as suas palavras, sobre "a espuma do que se passa".


O primeiro-ministro português foi apanhado, pelos jornalistas que o acompanhavam, a fumar num avião da TAP, que transportava a sua comitiva numa deslocação oficial à Venezuela. Com as polémicas que tem ocurrido devido à nova lei do Tabaco, é obvio que esta situação foi explorada mediaticamente, talvez até mais do que merecia. É certo e sabido, que o Sr. Eng. José Socrates não teve uma conduta correcta, o seu pedido de desculpas teve um sentido quase infantil, agora será que este país não tem coisas mais importantes para discutir.....?


Este assunto é espuma...é secundário...e tema de conversa palaciana....!

Saturday, May 17, 2008

60 anos na Terra Santa



Foi à 60 anos que os judeus oriundos, sobretudo da Europa, decidiram estabelecer-se num território, ao qual estavam (e estão) ligados à sua origem. Em Maio de 1948, iniciou um conflito que dura à 60 anos, com momentos mais intensos e gravosos, e outros mais localizados e com pouca visibilidade internacional.

Quatro gerações de Palestinianos e Israelitas, já experimentaram na carne e na alma esta guerra. Houve momentos "altos" deste conflito, como a Guerra de Yom Kipur em 1973, a Guerra dos Seis Dias em 1967, e, é claro, o inicio do conflito em 1948, com uma guerra entre o novo Estado Judaico, e o Egipto, a Siria, a Jordania, o Iraque e o Libano.
Muito já se disse durante esta semana que está a terminar, sobre os 60 anos do conflito que divide Judeus e Arabes.

Toda a História deste conflito é conhecida. As suas personagens politicas e militares, os grupos militares e para-militares que tiveram na sua génese, os efeitos económicos e politicos que tiveram na região do médio-oriente, já foram analisados por estratégas, cientistas politicos, economistas, diplomatas, jornalistas e investigadores universitários.
Em seis décadas de conflito (que em termos militares, foi feito de forma faseada no tempo), refiro, com um conhecimento genérico de causa, que determinados factos (e consequências) marcaram a história das relações entre Israel e o Mundo Árabe:
  • Os judeus que em na 2ª metade da década de 40 do secúlo XX, se instalaram no território onde o povo palestiniano estava estabelecido, conseguiram criar um Estado aceite pela ONU e pela Comunidade Internacional, mas contestado pela generalidade dos países árabes;
  • Os palestinianos foram obrigados a recuar para países vizinhos como o Libano, a Jordania ou a Siria, ou ficaram "presos" num território, mais tarde proclamado como autonomo, que é a Faixa de Gaza;
  • Os israelitas criaram uma das forças militares mais bem treinadas do mundo, com a experiência que tem tido desde o início do conflito;
  • Os actos e grupos para-militares palestinianos, como o Hamas, continuam a fazer frente contra o poder militar e politico israelita, bastante mais forte;
  • Os grupos extremistas de ambos os povos (judeu-israelista e palestiniano) são os principais instigadores deste conflito;
  • Apesar de estar rodeado de constantes ameaças de países vizinhos e de outros países árabes, Israel consegui desenvolver um economia forte e competitiva, apresentando cartas em sectores como a tecnologia aéronautica;
  • Em causa, não está só a ocupação territórial, mas também a utilização de recursos, como a água.

O problema da ocupação de terras, do meu ponto de vista, deve ser decidido pelas Nações Unidas, especialmente pelo Concelho de Segurança, com o acordo da NATO e da UE. Este parece-me ser um conflito, cuja a sua resuloção só será feita num geração que utilize a razão e não o coração. Talvez daqui a uns anos....!

Sunday, May 11, 2008

Porque Ler faz bem!


A revista Ler voltou, e ainda bem! O seu linha editorial mantêm-se, assim como a qualidade que era apanágio das suas edições anteriores. Francisco José Viegas e o Circulo de Leitores estão de parabens, por terem ressuscitado uma publicação que faz a diferença na sua área. Espero que a Ler dure muitos e bons anos! Bem haja!

Friday, April 25, 2008

Uma causa relembrada

Foi assim à mais de 20 anos e cantavam assim....



A música continua a ser um veículo de transporte de mensagens políticas e sociais. As suas formas e tonalidades podem ter evoluido, ou simplesmente mudado. Mas as ideias, comportamentos e decisões que afectam a nossa vida, ainda são influênciadas pelas manisfestações artisticas, de que a música é um dos meios mais eficazes. Mas, verdade seja dita, a influência das artes na vida das pessoas, não tem a mesma força que tem os interesses económicos, empresariais e politicos. Mas ainda vale a pena, não acham....?

Friday, April 18, 2008

Ai Portugal...Portugal....




Também podemos desabafar por escrito, talvez até gritar e esganar até perder-mos as forças, que neste caso se revelam por escrito...


O títuto (inspirado numa bonita música que uma boa parte dos portugueses conheçem), servem de ponto de partida para um crescente estado de alma que eu, e penso que muitos portugueses sentem. O nosso país vive tempos de falta de vontade colectiva, de falta de anímo, de crise estrutural que ultrapassa a dimensão económica. Bem sei que todos nós temos que contribuir para melhor o estado das coisas, mas nem todos temos os mesmos meios nem a mesma capacidade de mudar esse mesmo estado.


Sou jovem, considere-mos como tal, embora por vezes as sociedades, seja a portuguesa ou seja de outro país, possa ter interpretações diferentes do que é a juventude e até quando se vive a juventude. Existem para mim, situações actuais que desmotivam e provocam descrença num futuro a médio prazo neste país. Irei abordar um assunto que de alguma forma , diz respeito a todas as gerações de portugueses, directa ou indirectamente. Estou-me a referir ao futuro dos jovens portugueses, nascidos entre 1970 e os primeiros anos da década de 80 do secúlo passado.
Irei apenas referir a minha percepção e a minha opinião sobre como sinto que se encontra a minha geração em termos de posicionamento social e económico.


Socialmente a minha geração beneficiou de oportunidades de desenvolvimento pessoal e escolar, tem acesso a mais estruturas de apresendizagem e de facilitação do relacionamento social, do que as gerações anteriores mais próximas: a de 60-70; a de 50-60; ou a de 40-50. Os cuidados de saúde também são mais completos e eficazes do que eram à 40 anos atrás. Mas porquê esta fragilidade social que por vezes observo....?

A minha geração é a primeira a prolongar a sua estada na juventude após os 30, é a primeira a investir mais na carreira profissional do que na vida familiar, é a primeira a consumir mais cultura do que as gerações anteriores, também é a primeira a servir de cobaia do sistema democrático instalado pelo 25 de Abril. Estas primazias não são necessáriamente boas, não são geradoras, na sua globalidade, de indíces de desenvolvimento social.Sem dúvida que a vida profissional é importante, e hoje em dia é o cada vez mais. Mas construir uma carreira profissional, e centrar unica e exclusivamente a nossa vida nisso, não me parecer ser o mais certo, o mais adequado. Talvez se distribuissemos equilibradamente o nosso tempo entre vida familiar, vida pessoal e vida profissional, talvez a fragilidade já seja menor. Outro aspecto quye julgo que é pertinente referir é o facto de nos terem dado a falsa ideia de que deviamos ter seguido para o ensino superior....e seguimos mesmo! Só que as consequencias da obtenção de certificações universitárias em muitas áreas académicas, não nos favoreçeram em relação à entrada no mercado de trabalho. Será que à 20, 15 ou 10 anos atrás nos disseram a verdade toda....? Ou os decisores governamentais portuguesas das década de 80 e 90 não sabiam qualquer era a verdade...?

Perante a Economia, e de forma genérica, a minha geração tem vindo a experimentar verdadeiros testes de paciência....! Somos uma geração adiada económicamente, e cujos os resultados de produção de riqueza (comparativamente com as gerações anteriores) são menores. Utilizar um discurso miserabilista e de vitimização também não adianta muito nem seria pertinente, mas devemos identificar factores que tem dificultado a nossa vida e a nossa contribuição para a economia portuguesa. Um desses factores, diz respeito a muitas condições contractuais que pessoas da minha geração tem tido - é a realidade dos recibos verdes e dos contractos a prazo (alguns já levam quase 20 anos nessas condições). Só este factor leva a que não tenhamos grande capacidade de obtenção de crédito para a compra de habitação própria, por exemplo. Ou até, em alguns casos, para a compra de um carro. Como é que querem que sejamos agentes económicos com capacidade para contribuir para o desenvolvimento do nosso país, se não nos dão condições para tal..? Medidas avulsas, como a redução do IVA em 1% ou o prolongamento do reembolso de crédito à habitação, não me parecem ser soluções adequadas e que contribuam efectivamente para a melhoria da capacidade económica da minha geração e de outras gerações do nosso país.

Tuesday, April 15, 2008

Não há duas sem três - versão Berlusconi


Silvio Berlusconi venceu pela terceira vez as eleições legislativas em Itália. Está de parabens, portanto...! Venceu com 47,32 % dos votos para a Câmara dos Deputados, obtendo maioria absoluta para governar os destinos de Itália.


Conheço pouco o percurso deste político, empresário e magnata da comunicação social e do desporto. Recuso a comentário estériotipos ou falsas ideias sobre a personalidade de cada um. Mas confesso a minha vontade em interrogar - porquê uma terceira vez....? Porquê um terceiro mandato...? Será que alguêm me é capaz de explicar?


A ligação entre o mundo empresarial e a politica, deve ser gerida com cuidado e sensatez, por vezes "com pinças". Se o Sr. Berlusconi utilizar a sua capacidade de empreender e desenvolver negócios para ajudar a melhorar a economia italiana, então este terceiro mandato pode ser pertinente e válido. Foi eleito, tem agora novamente legitimidade para governar, e espera-se que faça um bom trabalho. Um trabalho sem polémicas e para o bem "di tutti gli italliani".

Sunday, April 13, 2008

Abençoar Bush



O Papa Bento XVI será, presumo eu, um dos últimos líderes mundiais a visitar os EUA da América durante esta fase final da Governação de George W. Bush. Talvez seja sintomático, e talvez o Papa socorre a consciência de Bush. Mesmo que isto seja um facto privado entre o contacto de ambos os líderes.

Julgo que Bush é um ser humano como biliões de outros, com um estatuto e uma condição diferente a nível internacional. Mas mesmo assim, tem os seus defeitos e qualidades, os seus bons e maus momentos, as suas forças e fraquezas...enfim....glórias e derrotas....! Será que Bush irá pedir ao Papa para o ouvir em confissão...? Poderá vir um perdão divino para as falhas de Bush?

Saturday, March 29, 2008

Dependência Tecnológica


Esta minha reflexão tem um ponto de partida, sobre o qual irei fazer uma breve e sintética referência porque já muito se tem falado e escrito sobre este assunto. Refiro-me ao caso de agressão e de mau comportamento que aconteceu na Escola Secundária Carolina Micaelis no Porto. Como devem estar a par, uma professora tentou retirar o telemóvel de uma aluna que estava a utilizar indevidamente o mesmo na sala de aula. A reacção desta aluna foi, de facto, excessiva e reprovável. Tendo em conta a reacção e o comportamento daquela aluna de 15 anos, e a maneira como tratou a sua Professora, que lhe estava a tirar o seu telemóvel mostra, o grau de nervosismo e de forte relação que esta rapariga tinha (e de certeza, que mantêm) como seu telemóvel, podemos afirmar que o telemóvel assume um papel importante para esta rapariga, a ponto de, eventualmente a influência na sua forma de comunicação e de relacionamento em grupo, em comunidade e em família. Independentemente, das causas e das consequências deste caso, podemos constatar que os telemóveis são muito importantes para os adolescentes.

Dado o ponto de partida, coloco a seguinte questão – estaremos física e psicologicamente dependentes da tecnologia? Não tenho conhecimentos científicos que me permitam afirmar de cátedra a realidade desta dependência, mas, tal como a maioria das pessoas, sinto que existe uma dependência entre o Homem e a Tecnologia, na sua globalidade.

Podemos apontar variadíssimos exemplos, e começando pelas nossas casas. Existem hoje diversos equipamentos que utilizamos na cozinha, e que verdade seja dita, tem mais benefícios do que prejuízos para nós – desde o frigorifico necessário para armazenar e conservar alimentos e bebidas; a varinha mágica e outros trituradores; o fogão e micro-ondas para aquecer e cozinhar alimentos e preparar refeições quentes; a máquina de lavar loiça (apreciada por quem não gosta muito de estragar as unhas e a pele….). Outros equipamentos fazem as delícias do nosso bem-estar em casa, como as televisões, os leitores de CD’s e de DVD’s, os dispositivos que permitem ligação à televisão por cabo e à Internet, os computadores pessoais para uso doméstico e pessoal, os telefones fixos, os equipamentos de ar condicionado e a própria luz que necessitamos para sustentar a utilização destes equipamentos. Não devemos também esquecer os meios de transporte pessoal, como os carros e as motos, que estão ao nosso alcance, e que nos permitem uma elevada e rápida mobilidade entre locais distantes. Conseguia-mos nós, hoje em dia viver sem estas máquinas, sem toda esta tecnologia?

Ligando esta última questão ao caso que serviu de ponto de partida, e orientado-me um pouco pela minha experiência profissional a lidar com adolescentes e jovens até aos 20 e poucos anos, não tenho dúvidas de que os jovens para comunicarem, para socializarem, e para se marcarem a sua presença, precisam de telemóveis, da Internet, e de mais alguns equipamentos e serviços tecnológicos. As novas gerações (entre até aos 25 anos aproximadamente) lidam intimante com a tecnologia e estabelecem com ela uma relação de dependência e de falta de alguma dominío psicológico sobre muitas máquinas, como o casos do computadores e dos telemóveis.

Certas são as consequências, penso eu, que esta dependência pode provocar. Uma delas pode ser a tendência para alterações emocionais constantes nestes jovens, que poderão ter uma diminuição na sua capacidade de auto-controle e de estabilidade nas suas emoções. Atrás referi-me também à dependência dos jovens para com a Internet, e de certa forma, podemos assumir essa dependência como um facto. Ora, a uma das grande vertentes da Internet é fornecer informação em qualquer altura, em qualquer lugar e sobre quase todos os assuntos; assim sendo, os jovens têm ao seu dispôr inumeras fontes de informação que podem sofrer de inconcistência e de inverdade ciêntifica e pedagógica. Os jovens também perdem capacidade de pesquisa e interesse em realizar investigação documental nas bibliotecas, por exemplo, o que desvaloriza a importância dos livros.

Uma alteração que tem sido progressiva, mas que do meu ponto de vista não é benéfica, é a forma de comunicação que os jovens (e alguns adultos também) tem vindo a estabelecer através das tecnológias. O recurso cada vez mais intenso à Internet como ferramenta de comunicação e aos telemóveis, que também possibilitam a comunicação escrita, estão a distanciar as pessoas (jovens e menos jovens) das relações inter-pessoais e da comunicação presencial. A qualidade e a capacidade de comunicação também saem prejudicadas com este execesso de utilização das novas tecnologias de comunicação.