A evolução leva-nos a isto….a pensar melhor e a querer melhorar o que nos rodeia. Seja na esfera pessoal, profissional ou organizacional.
A gestão das pessoas (ou a ainda designada Gestão de Recursos Humanos) têm vindo a assumir alguma especialização e, algum aumento da sua relevância e utilidade na gestão global das organizações, principalmente em organizações com fins lucrativos – as empresas. Independentemente, da dimensão de uma empresa, – e permitam-me que utilize já uma expressão quase inexistente, a Gestão de Activos Humanos – pode ser feita à medida das necessidades e objectivos da empresa. Por outras palavras, mesmo numa pequena empresa é importante:
Seleccionar bem as pessoas que vão entrar para a empresa;
Ter uma gestão administrativa sem falhas e, de acordo com a legislação em vigor;
Possibilitar a aprendizagem, e a evolução de capacidades e conhecimentos dos trabalhadores.
Mesmo para as pequenas empresas, estes três itens atrás referidos, tem que ser tidos em conta.
Obviamente que, quanto maior for a dimensão de uma organização, mais relevante se torna a Gestão dos Activos Humanos. Surgem novos factores a ter em conta e novas áreas onde se pode intervir. O crescimento das organizações leva à criação de sistemas de comunicação e de tomada de decisão partilhada. A cultura da empresa vai-se enriquecendo e especializando. A necessidade de desenvolvimento das capacidades e de aquisição/renovação de conhecimentos vai sendo cada vez maior.
A designação de Gestão de Activos Humanos não surgiu agora, algumas empresas já adoptaram esse nome para as Direcções e Departamentos responsáveis directos pela gestão e desenvolvimento das pessoas nas empresas e nas organizações em geral. Temos o exemplo a SGPS do Grupo Portugal Telecom, que tem uma Direcção de Activos Humanos….se for só o nome, não adianta de muito…mas se a prática fizer jus ao nome, então nesse caso vale a pena! Outro exemplo que temos em Portugal, mas em termos académicos é no Instituto Superior de Gestão Bancária, que promove uma Pós-graduação em Gestão de Activos Humanos. Penso que o caminho será este, passo a passo, com aceitação dos decisores económicos e empresariais de que as pessoas são mais do que um custo contabilístico, e podem ser um activo contabilístico, um activo em que vale a pena investir e do qual surte efeitos positivos, surte lucro.
Mas a realidade contabilística das empresas, ainda não colocou as pessoas e o seu valor, do lado do Activo nos exercícios contabilísticos, tais como o Balanço. Enquanto não existirem formulas, e cálculos de ordem financeira que revelem o valor demonstrado pelos trabalhadores, será difícil considerar trabalhadores como activos contabilísticos. E, quando as empresas, entram em situações de contenção e de corte nos custos, muitas vezes os trabalhadores acabam por pagar a factura, principalmente se estiverem numa situação contratual a prazo ou sem vínculo contratual.
Também já vai sendo editada alguma bibliografia que utiliza a denominação de Activos Humanos. Por exemplo, o manual "Gestão de Activos Humanos no século XXI" coordenado por José Bancaleiro e editado pelo RH Editora.
Esperemos que a realidade vá sendo cada vez melhor para a Gestão dos Activos Humanos nas empresas e nas organizações em geral.
1 comment:
Li e reli o seu blog que adorei. Esta muito bem escrito e ilustrado. Parabéms e coragem para continuar. Melhores cumprimentos.
Lucília
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