Friday, July 25, 2008

Terceira Revolução Industrial - percepção ou evidência?


Começo por comentar o título, e as suas duas últimas expressões que para mim são significativas, ao nível da opinião pública em geral. Será que estamos mesmo a entrar numa nova era Industrial, e será isso uma evidência, um facto? Ou será, que apenas temos alguns sinais que nos permitem classificar teórica e ideialmente, uma nova tendência de evolução económica e tecnológica? Uma coisa é certa, temos sinais dessa nova era, e temos, de facto necessidade de entrar nessa nova era económica.

Esses sinais não começaram a surgir à meia-duzia de anos ou de meses, mas desde os anos 70 e 80 que tem vindo a surgir mudanças e transformações em várias campos, nomeadamente nas empresas com forte base tecnológica e em universidades cuja a essência da investigação e do ensino passa pelo desenvolvimento tecnológico e pela inovação nos processos, materiais e produtos.

Ao longo das últimas três décadas, esta nova revolução, teve várias designações: Revolução Verde, Revolução da Inteligência e Revolução Tecnológica. Cada uma destas três designações tem o seu próprio sentido e factores intrinsecos e extrinsecos que influênciaram a construção de modelos teóricos que explicam a fase nascente de uma nova revolução, que numa sequência temporal eventualmente lógica, podemos designar de Terceira Revolução Industrial.

Com a devida noção de que existem académicos com mais conhecimento, do que eu, sobre a evolução tecnologica e económica dos últimos 30 anos, deixo algumas pistas sobre as causas e consequências que, na minha opinião, envolvem esta nova revolução.

Como possíveis causas para a passagem para uma nova era económica, temos:

  • Escassez de recursos enérgicos (petróleo);
  • Especulação imobiliária;
  • Aumento dos juros;
  • A importância crescente da gestão do conhecimento e da informação nas organizações;
  • Alterações demográficas e movimentos populacionais entre países do Sul e do Norte;
  • Alterações dos hábitos alimentares e de saúde;
  • Diminuição do poderes organizacionais instituídos;

Qualquer causa, leva necessáriamente a uma consequência, se bem que a troca destes dois termos seja mais lógica e comumente aceite por todas as pessoas com o minimo de capacidade de raciocionio lógico. As consequências desta nova era económica já se fazem sentir, nomeadamente:

  • Aumento do poder e da responsabilidade social individual e colectiva;
  • Utilização mais acentuada de energias limpas (solar, eólica, gás natural e eléctrica);
  • Reanalise da produção e da utilização da energia nuclear;
  • Aumento da dependência tecnológica nos contextos empresarial e doméstico;
  • Novos paradigmas de produção e gestão do conhecimento e da investigação cientifica;
  • Crescente abdicação da utilização do papel em virtude da utilização dos instrumentos e das formas digitais nos campos da informação, comunicação e do arquivo;

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