Tuesday, August 5, 2008

Move and Learn



Estamos no início de uma era de transformações nas formas de Aprendizagem e de novas formas de construção e de divulgação de conteúdos escolares e formativos.

Refiro-me em concreto às modalidades E-learning, M-Learning e B- Learning. São, genericamente, conhecidas como as novas modalidades de formação. Para diferenciar um pouco estas três modalidades, podemos dizer que o E-learning corresponde à formação totalmente à distância, sem a interacção presencial entre Formadores e Formandos. O M-learning, é a mais recente modalidade de formação, suportada por uma plataforma tecnológica, e que se torna possível com os telemóveis que disponham de ligação à Internet. Quanto às modalidade B-learning (Blended Learning), esta é uma junção entre as práticas e conceitos do E-learnig e da formação tradicional em sala ou em posto de trabalho.

O E-Learning deve ser visto como um processo que permite criar um ambiente de aprendizagem suportado pelas tecnologias Internet, permitindo a transformação da informação em conhecimento, independentemente da hora ou local. Este processo integra formação on-line e gestão do conhecimento. Como vantagens para o E-learning, podemos apontar as seguintes:

  • Redução de custos ;
  • Sistema disponível a qualquer hora e em qualquer local;
  • Processo “just in time” por oposição ao “just in case”;
  • Optimização do tempo do formador;
  • Facilidade de utilização do sistema em termos de gestão;
  • Rápida distribuição dos conteúdos;
  • Fácil alteração dos conteúdos.

Apesar da crescente adesão, em muito países, ao E-learning, esta modalidade apresenta algumas desvnatgens, nomeadamente quando comparada com a formação tradicional. Podemos apontar as seguintes desvantagens:

  • Falta de interactividade das soluções;
  • Resistência cultural;
  • Largura de banda;
  • Quantificação do ROI;
  • Problemas com browsers;
  • Firewalls;
  • Inexistência de um standard.

Mas fazendo jus ao titulo deste texto, existe um potencial de formação que se encontra nos seus primórdios e com muito por explorar, em termos de definição e gestão de conteúdos, e de estrutura tecnológica. Esse potencial é o M-learning, que possibilita a acesso a Formação em qualquer lugar, a qualquer hora e utilizando um telemóvel com acesso à Internet, ou um I-pod. Isto para não falar já na própria internet móvel, que através de PC's portáteis cada vez mais leves, rápidos e potentes, possibilitam sessões de E-learning, ou no modelo de M-Learning.

Imaginem o tempo que muitos gestores, professores, formadores e consultores poupam em deslocações e outros custos directos e indirectos, na utilização do M-Learning. Esta modalidade de Formação tem, verdadeiramente, um grande potencial de crescimento, e pode ser uma prática rentável e adaptada às necessidades de desenvolvimento dos Recursos Humanos de muitas organizações.

Entre as vantagens que podemos verificar no M-Learning, temos:

  • possibilidade de levar o equipamento para qualquer sitio;
  • junção de tecnologias (câmara, voz e dados) em equipamentos pequenos e versáteis;
  • possibilidade de conduzir e de aceder aos conteúdos formativos;
  • possibilidade de estabelecer uma ligação telefónica e, simultaneamente, utilizar plataformas de Formação;

Observem os seguintes videos de profissionais e de organizações que utilizem o M-Learnig.









Sunday, July 27, 2008

Descubram as diferenças





Dá-se um prémio simbólico a quem souber desvendar este mistério, e colocar um fim a uma estória com contornos insólitos.


Friday, July 25, 2008

Terceira Revolução Industrial - percepção ou evidência?


Começo por comentar o título, e as suas duas últimas expressões que para mim são significativas, ao nível da opinião pública em geral. Será que estamos mesmo a entrar numa nova era Industrial, e será isso uma evidência, um facto? Ou será, que apenas temos alguns sinais que nos permitem classificar teórica e ideialmente, uma nova tendência de evolução económica e tecnológica? Uma coisa é certa, temos sinais dessa nova era, e temos, de facto necessidade de entrar nessa nova era económica.

Esses sinais não começaram a surgir à meia-duzia de anos ou de meses, mas desde os anos 70 e 80 que tem vindo a surgir mudanças e transformações em várias campos, nomeadamente nas empresas com forte base tecnológica e em universidades cuja a essência da investigação e do ensino passa pelo desenvolvimento tecnológico e pela inovação nos processos, materiais e produtos.

Ao longo das últimas três décadas, esta nova revolução, teve várias designações: Revolução Verde, Revolução da Inteligência e Revolução Tecnológica. Cada uma destas três designações tem o seu próprio sentido e factores intrinsecos e extrinsecos que influênciaram a construção de modelos teóricos que explicam a fase nascente de uma nova revolução, que numa sequência temporal eventualmente lógica, podemos designar de Terceira Revolução Industrial.

Com a devida noção de que existem académicos com mais conhecimento, do que eu, sobre a evolução tecnologica e económica dos últimos 30 anos, deixo algumas pistas sobre as causas e consequências que, na minha opinião, envolvem esta nova revolução.

Como possíveis causas para a passagem para uma nova era económica, temos:

  • Escassez de recursos enérgicos (petróleo);
  • Especulação imobiliária;
  • Aumento dos juros;
  • A importância crescente da gestão do conhecimento e da informação nas organizações;
  • Alterações demográficas e movimentos populacionais entre países do Sul e do Norte;
  • Alterações dos hábitos alimentares e de saúde;
  • Diminuição do poderes organizacionais instituídos;

Qualquer causa, leva necessáriamente a uma consequência, se bem que a troca destes dois termos seja mais lógica e comumente aceite por todas as pessoas com o minimo de capacidade de raciocionio lógico. As consequências desta nova era económica já se fazem sentir, nomeadamente:

  • Aumento do poder e da responsabilidade social individual e colectiva;
  • Utilização mais acentuada de energias limpas (solar, eólica, gás natural e eléctrica);
  • Reanalise da produção e da utilização da energia nuclear;
  • Aumento da dependência tecnológica nos contextos empresarial e doméstico;
  • Novos paradigmas de produção e gestão do conhecimento e da investigação cientifica;
  • Crescente abdicação da utilização do papel em virtude da utilização dos instrumentos e das formas digitais nos campos da informação, comunicação e do arquivo;

Tuesday, June 10, 2008

Terra de consensos



Hoje comemora-se o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Nesta curta reflexão, não iriei adoptar um papel de pensador da realidade portuguesa, até porque há quem a conheça melhor do que eu, e que tenha mais capacidade para reflectir sobre a nossa nação do que eu tenho.

A imagem de cima, representa a Ponta de Sagres, de onde foi lançada, na primeira metade do secúlo XV a maior aventura portuguesa. Talvêz a maior até hoje...!

Mas ao longo do dia, observei várias situações (de pequena dimensão) que me levam a referir uma caracteristica, que penso, ser tipica dos portugueses - a capacidade de chegar a consensos. Não importa para esta reflexão, tomar partido sobre se é bom ou mau, na generalidade, existerem consensos. Talvez a maior das pessoas (portuguesas ou não) diga que depende da situação.....talvêz dependa......

Factos históricos, levam-nos a perceber que, por vezes, o consenso português esteve próximo do provérbio "Agradar a gregos e a troianos" que caracterizou a relação diplomática que o Estado Português manteve com a Inglaterra e com a Alemanha durante a Segunda Grande Guerra Mundial. Manteve uma ligação diplomática conviniente com este dois países, para minizar e evitar danos nas suas relações, que, de certo, seriam muito prejudiciais para o nosso país.

A nossa ocasional mistura entre o Velho do Restelo e um Infante Dom Henrique, leva-me a realçar uma das catacteristicas que, penso eu, são tipicas nos nossos momentos de recuo e de avanço - a consensualidade. Tentamos ser consensuais conosco próprios. Tentamos chegar a posições de entendimento intrinseco, quando estamos em momentos de contrasenso que desejamos ultrapassar.

São várias a circunstânicas e das dimensões económicas, sociais e politicas em que o consenso assume destaque. Muitas vezes, até por motivos óvios, como no caso das decisões empresarias e politicas. Mas tenham em atenção, que estamos a falar de decisões tomadas por grupos maioritários ou com apoio maioritário, como é apanágio em sistemas democráticos.

Saturday, May 24, 2008

Aprender a consumir

Existe um certo impulso (ou impulsos) para escrever esta pequena reflexão. Vivemos numa situação económica e social que, muitos sociologos e economistas, consideram de estagnação do crescimento com sinais de crise conjuntural. É conjuntura que se vive nos Estados Unidos e em alguns países europeus. Isto sem considerar a parte sul do conjunto das nações a nível mundial, que, na sua maioria, ainda não conseguem atingir os níveis de desenlvimento médios dos países no Norte.

À semelhança de muitos dos artigos (ou post's, em liguagem bloguista), o que vou escrever é baseado em conhecimento genérico e comum à grande maioria das pessoas que se preocupam com este assunto ou com assuntos semelhantes. Não assumo uma posição técnica nem cientifica, nem tenho autoridade, neste assunto, para assumir tal posição.

O título que atribui a este artigo, é por si só, explicativo do assunto em questão, e da refelxão que o mesmo suscita. Trata-se uma questão relevante para qualquer sociedade, para qualquer país e para qualquer individuo. Sobretudo, quando observamos alguns erros e excessos de consumo.

Surgem algumas questões que coloco de partida, tais como:
  • Quais são os nossos erros de consumo?
  • Porque devemos aprender a consumir?
  • O que devemos fazer para racionalizar o nosso consumo?

A partir do momento em que, o Homem, tomou consciência dos seus excessos de consumo, é que podemos atribuir uma responsabilidade colectiva para as consequências que esse execesso provoca. Ou seja, estamos a recuar poucas dezenas de anos na nossa história mundial. A noção de sociedade de consumo também é recente, e como tal, as suas "perversidades" e execessos também são recentes. Mas de uma forma global, e pensando nas causas que tem provocado alterações ambientais, novos problemas de saúde, crescimento da industria alimentar e de restauração, ou problemas de crédito e de incapacidade de insolvência. Estas são algumas das consequências do dinamismo da sociedade de consumo. Um dos melhores exemplos são os Estados Unidos da América, em que o próprio sonho americano não se cuibe de incentivar ao consumo. Portugal, a uma escala menor e com efeitos mais reduzidos, sofre directamente com algumas das consequências referidas atrás. Também já sentimos as alterações climáticas, e um dos problemas económicos que actualmente enfrentamos é a incapacidade de algumas familias fazerem face às suas dividas de consumo (não o consumo alimentar, mas de bens duradouros ou semi-duradouros, como carros, casas, mobiliário, etc). A diminuição da capacidade de consumo de muitos sectores de sociedades como a portuguesa, e de outros países, não é nenhuma ilusão, e existem dados para o comprovar.

Os erros, que do meu ponto de vista, tem vindo a ser cometidos ao longo dos anos, são de ordem individual e de ordem colectiva. Se pensarmos ao nível dos individuos, estamos principalmente a falar de hábitos alimentares, higénicos, ou de deslocação. Estes são hábitos que identificam as nossas necessidades básicas e que, deles dependemos para seremos, muitas vezes, socialmente aceites. Na ordem colectiva, podemos referir o contributo das empresas e outras organizações que consumem muitas vezes, por si só, consomem mais energia do que algumas cidades. As nossas preocupações ambientais e de redução de consumo são recentes, remontam a meados dos anos 70, numa escala mundial.


Sunday, May 18, 2008

Espuma dos dias que passam...!


Recentemente, ouvi o Economista e Advogado Medina Carreira a utilizar uma expressão, quando fazia uma critica indirecta à comunicação social. Falava então, sem querer referir literalmente as suas palavras, sobre "a espuma do que se passa".


O primeiro-ministro português foi apanhado, pelos jornalistas que o acompanhavam, a fumar num avião da TAP, que transportava a sua comitiva numa deslocação oficial à Venezuela. Com as polémicas que tem ocurrido devido à nova lei do Tabaco, é obvio que esta situação foi explorada mediaticamente, talvez até mais do que merecia. É certo e sabido, que o Sr. Eng. José Socrates não teve uma conduta correcta, o seu pedido de desculpas teve um sentido quase infantil, agora será que este país não tem coisas mais importantes para discutir.....?


Este assunto é espuma...é secundário...e tema de conversa palaciana....!

Saturday, May 17, 2008

60 anos na Terra Santa



Foi à 60 anos que os judeus oriundos, sobretudo da Europa, decidiram estabelecer-se num território, ao qual estavam (e estão) ligados à sua origem. Em Maio de 1948, iniciou um conflito que dura à 60 anos, com momentos mais intensos e gravosos, e outros mais localizados e com pouca visibilidade internacional.

Quatro gerações de Palestinianos e Israelitas, já experimentaram na carne e na alma esta guerra. Houve momentos "altos" deste conflito, como a Guerra de Yom Kipur em 1973, a Guerra dos Seis Dias em 1967, e, é claro, o inicio do conflito em 1948, com uma guerra entre o novo Estado Judaico, e o Egipto, a Siria, a Jordania, o Iraque e o Libano.
Muito já se disse durante esta semana que está a terminar, sobre os 60 anos do conflito que divide Judeus e Arabes.

Toda a História deste conflito é conhecida. As suas personagens politicas e militares, os grupos militares e para-militares que tiveram na sua génese, os efeitos económicos e politicos que tiveram na região do médio-oriente, já foram analisados por estratégas, cientistas politicos, economistas, diplomatas, jornalistas e investigadores universitários.
Em seis décadas de conflito (que em termos militares, foi feito de forma faseada no tempo), refiro, com um conhecimento genérico de causa, que determinados factos (e consequências) marcaram a história das relações entre Israel e o Mundo Árabe:
  • Os judeus que em na 2ª metade da década de 40 do secúlo XX, se instalaram no território onde o povo palestiniano estava estabelecido, conseguiram criar um Estado aceite pela ONU e pela Comunidade Internacional, mas contestado pela generalidade dos países árabes;
  • Os palestinianos foram obrigados a recuar para países vizinhos como o Libano, a Jordania ou a Siria, ou ficaram "presos" num território, mais tarde proclamado como autonomo, que é a Faixa de Gaza;
  • Os israelitas criaram uma das forças militares mais bem treinadas do mundo, com a experiência que tem tido desde o início do conflito;
  • Os actos e grupos para-militares palestinianos, como o Hamas, continuam a fazer frente contra o poder militar e politico israelita, bastante mais forte;
  • Os grupos extremistas de ambos os povos (judeu-israelista e palestiniano) são os principais instigadores deste conflito;
  • Apesar de estar rodeado de constantes ameaças de países vizinhos e de outros países árabes, Israel consegui desenvolver um economia forte e competitiva, apresentando cartas em sectores como a tecnologia aéronautica;
  • Em causa, não está só a ocupação territórial, mas também a utilização de recursos, como a água.

O problema da ocupação de terras, do meu ponto de vista, deve ser decidido pelas Nações Unidas, especialmente pelo Concelho de Segurança, com o acordo da NATO e da UE. Este parece-me ser um conflito, cuja a sua resuloção só será feita num geração que utilize a razão e não o coração. Talvez daqui a uns anos....!

Sunday, May 11, 2008

Porque Ler faz bem!


A revista Ler voltou, e ainda bem! O seu linha editorial mantêm-se, assim como a qualidade que era apanágio das suas edições anteriores. Francisco José Viegas e o Circulo de Leitores estão de parabens, por terem ressuscitado uma publicação que faz a diferença na sua área. Espero que a Ler dure muitos e bons anos! Bem haja!

Friday, April 25, 2008

Uma causa relembrada

Foi assim à mais de 20 anos e cantavam assim....



A música continua a ser um veículo de transporte de mensagens políticas e sociais. As suas formas e tonalidades podem ter evoluido, ou simplesmente mudado. Mas as ideias, comportamentos e decisões que afectam a nossa vida, ainda são influênciadas pelas manisfestações artisticas, de que a música é um dos meios mais eficazes. Mas, verdade seja dita, a influência das artes na vida das pessoas, não tem a mesma força que tem os interesses económicos, empresariais e politicos. Mas ainda vale a pena, não acham....?

Friday, April 18, 2008

Ai Portugal...Portugal....




Também podemos desabafar por escrito, talvez até gritar e esganar até perder-mos as forças, que neste caso se revelam por escrito...


O títuto (inspirado numa bonita música que uma boa parte dos portugueses conheçem), servem de ponto de partida para um crescente estado de alma que eu, e penso que muitos portugueses sentem. O nosso país vive tempos de falta de vontade colectiva, de falta de anímo, de crise estrutural que ultrapassa a dimensão económica. Bem sei que todos nós temos que contribuir para melhor o estado das coisas, mas nem todos temos os mesmos meios nem a mesma capacidade de mudar esse mesmo estado.


Sou jovem, considere-mos como tal, embora por vezes as sociedades, seja a portuguesa ou seja de outro país, possa ter interpretações diferentes do que é a juventude e até quando se vive a juventude. Existem para mim, situações actuais que desmotivam e provocam descrença num futuro a médio prazo neste país. Irei abordar um assunto que de alguma forma , diz respeito a todas as gerações de portugueses, directa ou indirectamente. Estou-me a referir ao futuro dos jovens portugueses, nascidos entre 1970 e os primeiros anos da década de 80 do secúlo passado.
Irei apenas referir a minha percepção e a minha opinião sobre como sinto que se encontra a minha geração em termos de posicionamento social e económico.


Socialmente a minha geração beneficiou de oportunidades de desenvolvimento pessoal e escolar, tem acesso a mais estruturas de apresendizagem e de facilitação do relacionamento social, do que as gerações anteriores mais próximas: a de 60-70; a de 50-60; ou a de 40-50. Os cuidados de saúde também são mais completos e eficazes do que eram à 40 anos atrás. Mas porquê esta fragilidade social que por vezes observo....?

A minha geração é a primeira a prolongar a sua estada na juventude após os 30, é a primeira a investir mais na carreira profissional do que na vida familiar, é a primeira a consumir mais cultura do que as gerações anteriores, também é a primeira a servir de cobaia do sistema democrático instalado pelo 25 de Abril. Estas primazias não são necessáriamente boas, não são geradoras, na sua globalidade, de indíces de desenvolvimento social.Sem dúvida que a vida profissional é importante, e hoje em dia é o cada vez mais. Mas construir uma carreira profissional, e centrar unica e exclusivamente a nossa vida nisso, não me parecer ser o mais certo, o mais adequado. Talvez se distribuissemos equilibradamente o nosso tempo entre vida familiar, vida pessoal e vida profissional, talvez a fragilidade já seja menor. Outro aspecto quye julgo que é pertinente referir é o facto de nos terem dado a falsa ideia de que deviamos ter seguido para o ensino superior....e seguimos mesmo! Só que as consequencias da obtenção de certificações universitárias em muitas áreas académicas, não nos favoreçeram em relação à entrada no mercado de trabalho. Será que à 20, 15 ou 10 anos atrás nos disseram a verdade toda....? Ou os decisores governamentais portuguesas das década de 80 e 90 não sabiam qualquer era a verdade...?

Perante a Economia, e de forma genérica, a minha geração tem vindo a experimentar verdadeiros testes de paciência....! Somos uma geração adiada económicamente, e cujos os resultados de produção de riqueza (comparativamente com as gerações anteriores) são menores. Utilizar um discurso miserabilista e de vitimização também não adianta muito nem seria pertinente, mas devemos identificar factores que tem dificultado a nossa vida e a nossa contribuição para a economia portuguesa. Um desses factores, diz respeito a muitas condições contractuais que pessoas da minha geração tem tido - é a realidade dos recibos verdes e dos contractos a prazo (alguns já levam quase 20 anos nessas condições). Só este factor leva a que não tenhamos grande capacidade de obtenção de crédito para a compra de habitação própria, por exemplo. Ou até, em alguns casos, para a compra de um carro. Como é que querem que sejamos agentes económicos com capacidade para contribuir para o desenvolvimento do nosso país, se não nos dão condições para tal..? Medidas avulsas, como a redução do IVA em 1% ou o prolongamento do reembolso de crédito à habitação, não me parecem ser soluções adequadas e que contribuam efectivamente para a melhoria da capacidade económica da minha geração e de outras gerações do nosso país.

Tuesday, April 15, 2008

Não há duas sem três - versão Berlusconi


Silvio Berlusconi venceu pela terceira vez as eleições legislativas em Itália. Está de parabens, portanto...! Venceu com 47,32 % dos votos para a Câmara dos Deputados, obtendo maioria absoluta para governar os destinos de Itália.


Conheço pouco o percurso deste político, empresário e magnata da comunicação social e do desporto. Recuso a comentário estériotipos ou falsas ideias sobre a personalidade de cada um. Mas confesso a minha vontade em interrogar - porquê uma terceira vez....? Porquê um terceiro mandato...? Será que alguêm me é capaz de explicar?


A ligação entre o mundo empresarial e a politica, deve ser gerida com cuidado e sensatez, por vezes "com pinças". Se o Sr. Berlusconi utilizar a sua capacidade de empreender e desenvolver negócios para ajudar a melhorar a economia italiana, então este terceiro mandato pode ser pertinente e válido. Foi eleito, tem agora novamente legitimidade para governar, e espera-se que faça um bom trabalho. Um trabalho sem polémicas e para o bem "di tutti gli italliani".

Sunday, April 13, 2008

Abençoar Bush



O Papa Bento XVI será, presumo eu, um dos últimos líderes mundiais a visitar os EUA da América durante esta fase final da Governação de George W. Bush. Talvez seja sintomático, e talvez o Papa socorre a consciência de Bush. Mesmo que isto seja um facto privado entre o contacto de ambos os líderes.

Julgo que Bush é um ser humano como biliões de outros, com um estatuto e uma condição diferente a nível internacional. Mas mesmo assim, tem os seus defeitos e qualidades, os seus bons e maus momentos, as suas forças e fraquezas...enfim....glórias e derrotas....! Será que Bush irá pedir ao Papa para o ouvir em confissão...? Poderá vir um perdão divino para as falhas de Bush?

Saturday, March 29, 2008

Dependência Tecnológica


Esta minha reflexão tem um ponto de partida, sobre o qual irei fazer uma breve e sintética referência porque já muito se tem falado e escrito sobre este assunto. Refiro-me ao caso de agressão e de mau comportamento que aconteceu na Escola Secundária Carolina Micaelis no Porto. Como devem estar a par, uma professora tentou retirar o telemóvel de uma aluna que estava a utilizar indevidamente o mesmo na sala de aula. A reacção desta aluna foi, de facto, excessiva e reprovável. Tendo em conta a reacção e o comportamento daquela aluna de 15 anos, e a maneira como tratou a sua Professora, que lhe estava a tirar o seu telemóvel mostra, o grau de nervosismo e de forte relação que esta rapariga tinha (e de certeza, que mantêm) como seu telemóvel, podemos afirmar que o telemóvel assume um papel importante para esta rapariga, a ponto de, eventualmente a influência na sua forma de comunicação e de relacionamento em grupo, em comunidade e em família. Independentemente, das causas e das consequências deste caso, podemos constatar que os telemóveis são muito importantes para os adolescentes.

Dado o ponto de partida, coloco a seguinte questão – estaremos física e psicologicamente dependentes da tecnologia? Não tenho conhecimentos científicos que me permitam afirmar de cátedra a realidade desta dependência, mas, tal como a maioria das pessoas, sinto que existe uma dependência entre o Homem e a Tecnologia, na sua globalidade.

Podemos apontar variadíssimos exemplos, e começando pelas nossas casas. Existem hoje diversos equipamentos que utilizamos na cozinha, e que verdade seja dita, tem mais benefícios do que prejuízos para nós – desde o frigorifico necessário para armazenar e conservar alimentos e bebidas; a varinha mágica e outros trituradores; o fogão e micro-ondas para aquecer e cozinhar alimentos e preparar refeições quentes; a máquina de lavar loiça (apreciada por quem não gosta muito de estragar as unhas e a pele….). Outros equipamentos fazem as delícias do nosso bem-estar em casa, como as televisões, os leitores de CD’s e de DVD’s, os dispositivos que permitem ligação à televisão por cabo e à Internet, os computadores pessoais para uso doméstico e pessoal, os telefones fixos, os equipamentos de ar condicionado e a própria luz que necessitamos para sustentar a utilização destes equipamentos. Não devemos também esquecer os meios de transporte pessoal, como os carros e as motos, que estão ao nosso alcance, e que nos permitem uma elevada e rápida mobilidade entre locais distantes. Conseguia-mos nós, hoje em dia viver sem estas máquinas, sem toda esta tecnologia?

Ligando esta última questão ao caso que serviu de ponto de partida, e orientado-me um pouco pela minha experiência profissional a lidar com adolescentes e jovens até aos 20 e poucos anos, não tenho dúvidas de que os jovens para comunicarem, para socializarem, e para se marcarem a sua presença, precisam de telemóveis, da Internet, e de mais alguns equipamentos e serviços tecnológicos. As novas gerações (entre até aos 25 anos aproximadamente) lidam intimante com a tecnologia e estabelecem com ela uma relação de dependência e de falta de alguma dominío psicológico sobre muitas máquinas, como o casos do computadores e dos telemóveis.

Certas são as consequências, penso eu, que esta dependência pode provocar. Uma delas pode ser a tendência para alterações emocionais constantes nestes jovens, que poderão ter uma diminuição na sua capacidade de auto-controle e de estabilidade nas suas emoções. Atrás referi-me também à dependência dos jovens para com a Internet, e de certa forma, podemos assumir essa dependência como um facto. Ora, a uma das grande vertentes da Internet é fornecer informação em qualquer altura, em qualquer lugar e sobre quase todos os assuntos; assim sendo, os jovens têm ao seu dispôr inumeras fontes de informação que podem sofrer de inconcistência e de inverdade ciêntifica e pedagógica. Os jovens também perdem capacidade de pesquisa e interesse em realizar investigação documental nas bibliotecas, por exemplo, o que desvaloriza a importância dos livros.

Uma alteração que tem sido progressiva, mas que do meu ponto de vista não é benéfica, é a forma de comunicação que os jovens (e alguns adultos também) tem vindo a estabelecer através das tecnológias. O recurso cada vez mais intenso à Internet como ferramenta de comunicação e aos telemóveis, que também possibilitam a comunicação escrita, estão a distanciar as pessoas (jovens e menos jovens) das relações inter-pessoais e da comunicação presencial. A qualidade e a capacidade de comunicação também saem prejudicadas com este execesso de utilização das novas tecnologias de comunicação.

O Poder.....aí o Poder....!


A comunidade internacional está a par do que se tem passado no Tibete, pelo menos da informação que é divulgada pela comunicação social. Também sabemos que a China está a organizar os Jogos Olímpicos, que iram ter lugar este ano em Pequim.
Portugal e a UE não conseguem enfrentar a China, e nem precisamos de muita informação para perceber porquê…! Um país com a capacidade económica e de intervenção internacional como a China, tem poder suficiente para dominar as negociações diplomáticas. A Comissão Europeia ponderou boicotar a sua participação nos Jogos Olímpicos, mas o poder chinês falou mais alto e quebrou essa vontade europeia.

Será que a comunidade internacional está realmente preocupada com o que se passa no Tibete..? Terão os diplomatas das outras potencias internacionais, carta branca para enfrentar o poder comercial, económico e politico ca China....? Acho dificil....penso eu......!

Saturday, March 22, 2008

Dia Mundial da Água

O dia 22 de Março foi decratado pelas Nações Unidas como o Dia Mundial da Água. A instituição de datas festivas ou instituicionais, poderá não ser suficiente para resolver os problemas do mundo, mas por vezes, os gestos simbólicos ajudam a consciêncializar as pessoas para determinados assuntos. A Água é, de facto, um assunto essencial e crucial para a nossa existência. Não estarei longe se afirmar que é o nosso principal recurso natural.

Infelizmente, ainda existem problemas relacionados com a gestão dos recursos hidridicos e com a utilização da água, feita, quer por agentes públicos quer por agentes privados.

O ano 2008 també foi considerado, pela ONU, como o Ano do Saneamento. Para estarem a par das iniciativas internacionais relacionadas com o Saneamento, podem consultar os seguintes sites:

www.sanitationyear2008.org
www.undp.org/water

Friday, March 21, 2008

Em nome da Palavra

Por vezes, festejam-se as palavras no seu estado mais puro, acutilante, feroz e sem sentido. Hoje disseram- me que é o Dia Mundial da Poesia. Fiquem com partes de alguns poemas de poetas portugueses e não só.

Luís Vaz de Camões:

"Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso dos meus anos;
Dei causa a que a fortuna castigasse
As minhas mais fundadas esperanças.
De amor não vi se não breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!"

Bocage:

"Elmano, de teus mimos anelante,
Elmano em te admirar, meu bem, não erra;
Incomparáveis dons tua alma encerra,
Ornam mil perfeições o teu semblante:
Granjeias sem vontade a cada instante
Claros triunfos na amorosa guerra:
Tesouro que do Céu vieste à Terra,
Não precisas dos olhos de um amante.

Oh!, se eu pudesse, Amor, oh!, se eu pudesse
Cumprir meu gosto! Se em altar sublime
Os incensos de Jove a Lília desse!

Folgara o coração quanto se oprime;
E a Razão, que os excessos aborrece,
Notando a causa, revelara o crime."

Eugénio de Andrade:

"As palavras
São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras?


Sophia de Mello Breyner Andresen

"Este é o tempo
Este é o tempo
Da selva mais obscura

Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura
Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura
Este é o tempo em que os homens renunciam."


Charles Baudelaire


"L'Homme et la mer

Homme libre, toujours tu chériras la mer! La mer est ton miroir; tu contemples ton âme Dans le déroulement infini de sa lame, Et ton esprit n'est pas un gouffre moins amer.

Tu te plais à plonger au sein de ton image; Tu l'embrasses des yeux et des bras, et ton coeur Se distrait quelquefois de sa propre rumeur Au bruit de cette plainte indomptable et sauvage.


Vous êtes tous les deux ténébreux et discrets: Homme, nul n'a sondé le fond de tes abîmes; Ô mer, nul ne connaît tes richesses intimes, Tant vous êtes jaloux de garder vos secrets!


Et cependant voilà des siècles innombrables Que vous vous combattez sans pitié ni remords, Tellement vous aimez le carnage et la mort, Ô lutteurs éternels, ô frères implacables! "




Dylan Thomas


"Do not go gentle into that good night


Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.
Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they Do not go gentle into that good night.

Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.


Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.

Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.



And you, my father, there on the sad height,
Curse, bless me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.


Pablo Neruda


Se não puderes ser um pinheiro,
no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.

Sunday, March 16, 2008

Petição a favor da Liberdade no Tibete




Todos podemos dar um contributo para precionar internacionalmente a China a rever o estatuto
do Tibete.


Se estiverem solidários com o povo do Tibete, assinem esta petição a favor da aprovação pela Assembleia da República de uma moção que condene a Violação dos Direitos Humanos e da Liberdade Política e Religiosa no Tibete .


Podem aceder ao seguinte link:



A China prepara-se para receber os próximos Jogos Olímpicos. Como é sabido, na essencia destes jogos o sentimento da Paz entre os Povos é um dos pilares que sustentam o espírito deste evento mundial, e a China devia apresentar uma postura mais democrática e tolerante do que aquela que tem.


Todas as pessoas envolvidas nesta petição agradeçem a vossa contribuição.

Saturday, March 15, 2008

Quando o pensamento não responde à realidade

Em Portugal, e penso que noutros países também, assistimos à primazia das ideias teoricas e abstractas de carácter ideológico e filosófico, que não satisfazem a realidade, nem conseguem resolver os problemas e dificuldades das pessoas e das organizações. São vários os exemplos que podem sustentar esta minha afirmação.

Começando pelo afastamento que alguns professores universitários tem em relação à vida empresarial e ao mercado de trabalho na sua generalidade. Muitos centros de investigação, estudos e cursos universitários, tem a sua raíz na necessidade de sustentam da actividade cientifica e académica de muitos professores. Até aqui tudo bem. Mas a questão pode tornar-se polémica, quando esses estudos e cursos universitários não respondem às necessidades sociais e económicas do nosso país. Não irei personalizar esta questão, porque o discurso seria longo e com dezenas de exemplos concretos e actuais. Mas a minha percepção, é de que um sistema universitário que esteja desligado, salvo algumas excepções, da realidade empresarial, não despertam muita confiança e crédito na sociedade e nos agentes económicos.

Outros agentes que, por vezes, se afastam (não querem saber) da realidade, são os políticos. Sempre que determinadas forças políticas não conseguem ligar o seu pensamento e o seu discurso, às necessidades e problemas das pessoas comuns, então temos uma ferida que pode ser dificil de curar.....! Os dificuldades concretas das pessoas não obedecem às lógicas partidárias, nem estas tem, por natureza, capacidade de dar uma resposta efectiva aos problemas que afectam muitas familias e empresas portuguesas. Os partidos foram feitos para servir a sociedade na sua globalidade e sem descriminação, e a principal função dos políticos é darem uma resposta aos problemas das pessoas. As teorias ideológicas e os discursos filosóficos não são, por vezes, as a melhor forma de apresentar propostas para melhorar a condição de vida das pessoas e para ajudar as empresas a superar as suas dificuldades. Quando os políticos sofrem de cegueira ideológica e doutrinária eles não estão a contribuir para o desenvolvimento das sociedades. E mais grave se torna, quando os seus interesses pessoais e partidários se sobrepõem às necessidades da população que devem servir.

O discurso dos políticos e dos professores universitários deve ser próximo da realidade do cidadão comum, das suas aspirações e da realidade que vive todos os dias. As pessoas tem perceber os discursos dos políticos, e tem que usufriur positivamente das inicitiavas universitárias e sentir que estas respondem às suas necessidades.

Saturday, February 23, 2008

Medo e história em Inglaterra





O Governo inglês, liderado por Gordon Brown, resolveu retirar referencias históricas dos curriculos escolares, ao Holocausto que vitímou milhões, judeus, cristãos, russos e outras comunidades, para não provocar a comunidade muculmana que acha que não existiu este Holocausto.

É o medo a vencer a liberdade...! É o medo a ceder a posturas e comportamentos xenofobos, e atentatórios da própria Democracia. Será que o Governo inglês vai mesmo ceder ao medo...?

O que diriam Churchill, a Rainha Vitória ou Henrique VIII sobre este medo do Governo inglês...?




Hasta luego Comandante.....!

Fidel Castro fez um anúncio que, poderá ter sido, à partida, inesperado. Mas se nos lembrar-mos da sua condição e da sua vivência política e pessoal nos últimos anos, podemos aceitar com alguma naturalidade este "afastamento" de Fidel da governação de Cuba.
Mas El-Comandante não se deixará de influenciar politica e ideológicamente o seu país, mantendo a sua posição como Secretário do Partido Comunista Cubano. Com diz, o seu irmão Raul Castro, Cuba vive mudanças na continuidade.....!

Vejamos o que será Cuba dentro de 20 ou 30 anos....!

Tuesday, February 5, 2008

Terça-feira louca ou sã....?


Hoje os americanos decidem quem desejam ver como candidatos do Partido Repúblicano e do Partido Democrata para as eleições à Presidência dos Estados Unidos da América. O termo "Mad Tuesday" é tão somente, uma figura de estilo, que representar textualmente o fernesim dos média e dos politicos durante esse dia.
As personagens principais desta 1ª volta eleitoral já são bem conhecidas, dentro e fora das fronteiras dos EUA - Barack Obama e Hillary Clinton do Partido Democrata, e John McCain e Mitt Rommey pelo Partido Republicano. Dois destes quatro senadores irão ser escolhidos para irem a votos a 4 de Novembro deste ano.
Confesso que não conheço as propostas destes candidatos, no entanto, e como estrangeiro que sou perante os EUA, reconheço a nessecidade de este país mudar a sua politica externa e conseguir enfrentar os desafios económicos que países como a China e a Índia estão a representar.
Tenho ouvido, em alguns canais televisivos, uma opinião interessante em relação a um dos candidatos, o senador Barack Obama. Alguns amercianos veêm neste jovem senador um renascimento de John F. Kennedy, independente de algumas diferenças de tempo, aperência fisica e posíções politicas. JFK tamabém foi eleito com um idade semelhante a actual idade de Obama, também era do Partido Democrata, e também defendia uma América multi-cultural e multi-étnica. Mas a realidade é outra, não estamos na decada de 60 do século XX, estamos em 2008 com toda a conjuntura que se vive dentro e fora dos EUA.

Saturday, February 2, 2008

Comentário à sondagem: "Capital rotativa em Portugal"

Findo o prazo de votação da sondagem "Capital rotativa em Portugal", a expressão simbólica referia-se a um total de 13 votos, sendo 4 votos a favor e 9 votos contra. Quando lancei esta provocação, imaginava que a intenção de voto fosse esta, ou seja, a maior parte das pessoas não concorda com a mudança de Capital no nosso país. A grande maior parte dos votos, não foram acompanhados de comentários, sendo que poderei presumir as razões para justificar a preferência no Sim e a escolha do Não.

Os partidários do Não, poderão justificar a sua intenção de voto, com motivos de carácter administrativo, político, económico e, eventualmente, histórico. Administrativo, pela enorme carga burocrática e técnica, que seria fazer uma alteração deste género - Lisboa deixava de ser a capital, passando esse estatuto para outra cidade com um peso e importancia relevante para o nosso país, talvez o Porto...! Em termos políticos, seria, penso eu, ainda mais problemático, visto que os centros de decisão política estão localizados em Lisboa (a Assembleia da República, o Palácio de Belém, o Palácio de São Bento e o Concelho de Ministros), assim como outras instituições com peso politico, juridico e judicial, assim como a Procuradoria Geral da República, os vários Ministérios, as sedes das instituições militares e policiais, assim como as sedes dos partidos políticos. Em termos económicos, uma mudança deste género podia ser sentida logo no curto prazo, principalmente, quando muitas empresas (de capital e gestão privada ou de capital e gestão pública) depende dos actos administrativos que Lisboa possibilita e a eles obriga.Hsitóricamente, estamos a falar da existência de uma cidade, cujo o estatuto de capital de Portugal, já têm vários séculos; tendo sido palco de variadissimos episódios da nossa história (o 25 de Abril de 1974, o Regicidio em 1908, a assinatura da adesão à Comunidade Económica Europeia, o inicio da aventura marítima dos Descobrimentos, etc...).

A opção de votação oposta, mostra uma vontade (embora como já referi simbólica e limitada aos números que apresentei) de mudança em relação ao status existente. Posso, eventualmente, presumir que esta vontade de mudança, independente de ser ou não viável, encontra-se no idealismo regionalista de muitos portugueses, que não estão contentes com a centralidade do poder politico, económico e administrativo que Lisboa (não só o concelho como a própria região envolvente) tem assumido cada vez mais.

Saturday, January 5, 2008

Capital rotativa em Portugal

Este post é provocatório, confesso…! Mas penso que esta ideia de termos uma capital rotativa no nosso país (ou em outro país) seria culturalmente viável, politicamente dúbia e economicamente difícil de sustentar. Coloco uma sondagem, para tentar, de alguma forma, perceber até que ponto – o universo de indivíduos que respondam – a ideia de termos capitais temporárias em Portugal seria aceitável.

Tivemos um referendo à, relativamente pouco tempo (em Novembro de 1998), sobre a Regionalização em Portugal. O resultado não foi favorável a esta opção administrativa, permanecendo a divisão administrativa que existia à data, e que ainda existe como tal. Mas a descentralização do poder, nomeadamente o poder administrativo ainda está na mente de muitos portugueses, sejam eles políticos ou não. Portugal tem muitos exemplos de regionalismo e de municipalismo aguerrido, com alguns exageros irracionais.

Uma eventual alteração desta identidade politica e constitucional, teria que ser muito discutido e ponderado, nos seus vários aspectos, nomeadamente de carácter politico, administrativo, económico e cultural. E, penso seu, esta rotatividade não poderia ser menor que 1 ano ou com a duração de um mandato legislativo nacional, ou seja 4 anos.

A questão que pretendo colocar é a seguinte: Concorda que Lisboa deixe de ser permanentemente a Capital de Portugal?

Tal como na sondagem anterior – “Concorda que Portugal seja uma província de Espanha?” – pretendo fazer uma leitura sobre as respostas que forem dadas às opções apresentadas.

Monday, December 31, 2007

2007 - Personagens Internacionais


O século XX habitoou-nos a alterações constantes e continuadas em diversos dominios, no contexto internacional. O início do século XXI e, este ano em particular, continua com o mesmo hábito. Desde o inicio até ao final de 2007, o mundo viveu vários acontecimentos relevantes, alguns com efeitos durante os próximos anos.

Sunday, December 30, 2007

2007 - Personagens nacionais



Foram vários os acontecimentos e as personalidades portuguesas que marcaram o ano 2007. Queria compartilhar com vossas estas memórias e factos recentes.

Não devemos fugir a um dos principais acontecimentos políticos que incluiram directamente Portugal - a Presidência Portuguesa da União Europeia. Correu bem dizem os analistas, e o lado positivo foi visivel. Apesar de alguma exaltação em execesso do Eng. José Socrates, devemos enaltecer esta Presidência e o trabalho efectuado, principalmente pela equipa do Ministério dos Negócios Estrangeiros Português, liderada pelo Dr. Luís Amado e pelos seus Secretários de Estado.

O Professor Anibal Cavaco Silva, continua a dar sinais evidentes de que tem uma presença politica activa, na sua cooperação estratégica com o Governo, criticando quando tem que criticar e elogiando quando entender que deve elogiar. Faço votos para que o Presidente da República mantenha esta postura durante 2008.

A voz de Marisa continua a encantar Portugal e além-Mar, criando ondas de aplauso com o seu trabalho e com os seus espectáculos.

José Mourinho confirmou porque se auto-designo como "Special One" quando chegou a Inglaterra para treinar, o Chelsea. A grande maioria dos ingleses queria que ele fosse o selecionador nacional. É algo que, sem pudor, nos deve orgulhar, e assim de tudo deve orgulhar José Mourinho.

Também não esqueço o nosso selecionador Luís Filipe Scolari (com alma e coração de português) que continua a merecer a admiração, e confiança de consegue fazer um bom trabalho. Acredito que o jovem Ronaldo, treinado por Scolari, consegue ser um dos pilares mais importantes da nossa selecção.

Uma das revelações nacionais foi Vanessa Fernandes, com 22 anos, com verdadeiro espirito atlético, com vontade de vencer - e ela também fez-nos cantar o hino e abraçar a nossa bandeira!

E os Lobos....essa sim uma verdeira equipa, um exemplo para todas as equipas - de qualquer área e de qualquer dimensão. O raygueby era um desporto práticamente inexistente em Portugal, e com esta equipa "teoricamente" amadora, conseguiram um óptimo resultado no campeonato mundial que se realizou em França, enfrentado com honra grandes equipas, com as selecções da Nova Zelândia e da Escócia.

A economia portuguesa pode ter enfrantado, globalmente um ano dificil, mas os bons exemplos continuam a existir. Este ano que termina, é também marcado pelo crescimento de empresas como a Ydream's, a Critical Software, a Martifer e a EDP, que actuam em mercados internacionais onde a conceerência é forte.

A crise no Milleninum BCP parecia inexplicável e, de facto, nem devia ter existido. Mas existiu e levou a mudanças profundas na sua administração, provocando o abandono do seu criador: o Eng.º Jardim Gonçalves.

As Ofertas Públicas de Aquisição também fizeram correr muita tinta em todos os jornais portugueses. As mediáticas OPA's da Sonae sobre a PT e do Millenium BCP sobre o BPI não conseguiram vingar. Num dos casos, o BCP passou de "predador a presa" do BPI.

Joe Berardo consegui dar enfâse, de forma continuada, a uma questão que andou nas cabeças de muitas pessoas - O que quer Joe Berardo...? Será que vamos ter uma resposta em 2008...?



Thursday, December 27, 2007

E de repente....

A cena política internacional perdeu mais uma personagem válida. Mais uma democrata que tombou aos pés de terroristas. Com acontecimentos destes o Paquistão não consegue construir um Estado democratico. Existem algumas suspeitas sobre a "condescêndencia" dos serviços secretos paquistaneses e da policia paquistanesa neste atentado. Por outro lado, a morte de Benazir Bhutto já era prevísel, no actual contexto politico do Paquistão. Quando volto ao Paquistão, depois de um exilio (passou por Londres e pelo Dubai), a antiga primeira-ministra foi alvo de um atentado em Outubro passado, escapando com vida, mas em que morreram mais de 140 pessoas, que acompanhavam a sua comitiva. Benazir tinha vários inimigos no Paquistão, entre militares, extremistas islamicos, e membros do partido que apoio o actual presidente (o ex-general Pervez Musharraf). Em declarações à BBC, um antigo membro de um dos governos de Benazir Bhutto, dizia que este "é o dia mais negro da história politica do Paquistão", e esta afirmação é sintomática sobre o que poderá acontecer entre a facção que apoiava Benazir Bhutto e as outras facções, principalmente o sector islamico integraccionista e alguns militares que chegaram a participar do derrube do governo do pai de Benazir.
O caminho para a democracia não se faz com extremismos, muito menos com assassinatos cobardes e inqualificáveis como este. Em Outubro, e depois de uma tentativa de assassinato, Benazir Bhutto, numa conferência de impresa, dizia que "o Islão condena quem assassina mulheres, e que quem o fizer irá para o inferno". Talvez seja este o destino do bombista-suicida que matou esta mulher!

Sunday, December 23, 2007

O Natal de outros

Não por ser uma época supostamente solidária, nem uma época supostamente de confratenização, nem uma época supostamente de dádiva emocional e sentimental, mas porque por vezes tenho vontade de mostrar raiva, desacordo, de me irritar, de ir contra alguns Status Quo, de ser construtivamente do contra...! São estas as razões, as palavras e as imagens de esta manifestação de Natal!

Ingrid Bettencourt - raptada em Fevereiro de 2002, por um grupo politicamente fanático e extremistra. A sua familia aguarda à várioas anos a sua libertação. O seu crime foi lutar pela existência de uma democracia na Colombia.

Darfur -... mais uma vez um genocidio,.... mas uma vez em África....mais milhares de mortos e de deslocados e refugiados....mais mulheres violentadas e crianças orfãs.....e mais uma vez uma parte (felizmente, uma pequena parte do mundo) que não se preocupa com esta crise! Terminar com este conflito é urgente, tal como devemos ter a racionalidade de o compreender para o podermos enfrentar!



Crise nos Estados Unidos - estavamos habituados a ver os Estados Unidos da América ser o motor, ou dos principais motores da economia mundial, mas a recente crise financeira que afectou sobretudo o sector imobilário e o créditos destinado a este sector, está a afectar mais de 2 milhões de familias americanas. Existem situações e cenários mais graves em outros países, mas penso ser triste uma familia perder a sua casa numa altura destas....!








Thursday, December 20, 2007

Inteligência, Informação e Economia




Esta minha relefxão surge em virtude de uma reunião da Share, na qual o Prof. António Lobo, proferiu uma pequena dissertação sobre um tema pertinente para a realidade económica e empresarial - a Inteligência Económica.

Estas três palavras, que todos admitimos a sua profundidade e pertinencia, nos contextos académico e empresarial, dão azo a o que podemos chamar de Inteligência Económica. A realidade das economias das empresas e dos países onde elas actuam, tem que lidar com um novo factor - que me atrevo a classificar como factor de produção - o Conhecimento ou por outras palavras, a Inteligência.

Partindo de uma base teórica concensual, que é a importância do Saber para qualquer indíviduo e para qualquer organização, o Conhecimento quando materializado é transformado em produtos ou serviços. Esta permissa tem evoluido ao longo dos tempos, e adaptado-se à evolução tecnológica e de gestão aplicadas nas empresas. Desde as esruturas organizacionais básicas, com apenas dois níveis de gestão (ou administração, um termo mais apropriado para as empresas na 1ª metado do secúlo XX), até às actuais estruturas multilateriais, com pelo menos três níveis de gestão, que caracterizam qualquer grande empresa, a necessidade do Saber sempre esteve e está presente.

Esta "nova" realidade é quase um dado assente para muitas empresas portuguesas, que se traduz num maior cuidado na recolha e selecção da informação que importa para cada negócio. As ferramentas técnologias de comunicação e de gestão da informação, são grandes e preciosos auxiliares em ajudar os gestores e decisores empresariais e económicos sobre as melhores decisões que possam ter nas suas empresas. São várias as tecnologias que ajudam os gestores, desde o Customer Relationship Management (CRM), até aos Portais e Plataformas Internas de Comunicação em Tempo Real. Muitas empresas transnacionais não conseguiriam ter o posicionamento que tem nos seus mercados, se não utilizassem tecnologia que os ajudasse a gerir a informação que recebem e que produzem, como o caso da Microsoft e da Volkwagem.


Não devemos, porém, confundir Inteligência Económica com Bussiness Intelligence. A Inteligência Económica visa gerir a informação que vêm de fora da organização, e obter dela o que mais interessa para a empresa ou organização, e a Bussiness Intelligence actua internamente, na gestão da informação produzida pela empresa, visando também maximizar os seus resultados e optimizar a sua imagem junto dos actores externos às empresas (clientes, forncedores, Estado, etc.)

Thursday, December 13, 2007

Em Bali ocorre uma conferência.......


Ocorre mais uma reunião magna de um dos principais pilares de preocupação das Nações Unidas - a Conferencia sobre Alterações Climáticas. Entre 3 e 14 de Dezembro de 2007, em Bali, na Indonésia, os Estados-membros das Nações Unidas, que assinaram o Protocolo de Quioto, encontra-se a realizar um balanço sobre as suas politicas ambientais e, a procurar concialiar e estabelecer estratégias para a minização (quiçá a sua anulação) dos problemas ambientais que afectam o nosso planeta. Os Estados Unidos mais uma vez, não se mostraram totalmente colaborativos, em particular no que se relaciona com a divulgação, à Nações Unidas, com os resultados dos indicadores ambientais, acordados no Protocolo de Quioto. Os grandes países e com maior capacidade e actuação industrial devem, definitivamente, aceitar as medidas estabelecidas em Quito. Pelo bem de todos nós!

O Tratado a este momento


A esta precisa hora...a este preciso minuto a Chanceler alemã Angela Merkel assina o Tratado de Lisboa. Outras assinaturas a precederam e outras estão a ser colocadas a seguir. A União Europeia está neste momento a marcar um momento histórico, um momento da sua história. Um momento........mas, na sua essencia, um momento protocolar....um momento simbólico.....! A Europa, a velha e a nova Europa, não é apenas simbólica, é mais do que isso, é um verdadeiro ponto de origem de mitos, de crenças, de destinos de outras nações. Que este tratado seja um destino de verdadeira união politica!

Saturday, December 1, 2007

África em Lisboa

Entre os dias 7 e 9 de Dezembro, Lisboa vai ser palco da maior reunião de chefes de Estado e de Governo jamais realizada em Portugal e, penso eu, na Europa. Tema principal - discutir o futuro das relações entre África e a Europa na era pós-colonial.

Polémicas à parte, espero que se consiga, pelo menos chegar a alguns principios de novas relações políticas e económicas entre os dois continentes, e que seja também um contributo para a implementação de uma estratégia para a maioria dos países africanos (quase todos da África a sul do Sahaara), que os afaste, progressivamente, da condição de países receptores de ajuda da União Europeia, dos Estados Unidos, da China e do Japão.

Queria, no entanto, partilhar a minha opinião sobre alguns assuntos que envolvem este acontecimento.

1º - Esta cimereira deve estar orientada para a definição (oficial) de uma estratégia de desenvolvimento para África. Esta julgo ser a essencia do trabalho que irá ocorrer ao longo deste grande evento diplomático;

2º - Os lideres politicos da União Africana e da União Europeia devem confirmar a sua vontade, em alcançar os oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, com incidencia, do meu ponto de vista na Saúde e na Educação;

3º - Sensibilizar os responsáveis politicos africanos a implementar medidas efectivas para a defesa dos direitos humanos, das liberdades e garantias dos seus povos, e da livre participação democrática.

4º - Os espaços comerciais africanos e a UE, devem fortalecer o seu relacionamento, nomeadamente através de alguma redução da carga fiscal, principalmente para os países de destino das mercadorias;

5º - Os movimentos emigratórios entre África e a Europa devem ser redefinidos, com vista a equilibrio populacional e a uma boa integração dos emigrantes africanos;

6 º - As fronteiras africanas devem ser geridas, redefinidas e/ou mantidas, de acordo com as necessidades e aspirações politicas, culturais e económicas dos povos africanos, respeitando as tradições que façam valer a concordância, a cooperação e a paz entre as nações africanas.

7 º - África e a UE devem também serem parceiros na luta contra o terrorismo, cujas as ramificações estão implementadas em alguns Estados do Norte de África e do Magreeb;

8º - Os Estados africanos devem adoptar, progressivamente e consistentemente, formas de governação que os levem a dimuir (e terminar) a dependência estrutural das ajudas externas oriundas da UE e também de outros espaços económicos, das Nações Unidas e do Grupo Banco Mundial.

Apesar de não ser grande apreciador de momentos pomposos, faço votos para que esta Cimiera aprove a Declaração de Lisboa, e que seja, de facto e de jure, um marco histórico que faça avançar verdadeiramente o Desenvolvimento em África, com repercuções no resto do Mundo.

Novamente.....

Mais uma situação a lamentar num país arabe, desta vez no Sudão.. A professora Gillian Gibbons, de nacionalidade inglesa, aguarda um julgamento por ter permitido que um aluno chama-se Maomé a um ursinho de peluche. A situação ainda não foi resolvida, apesar de alguns diplomatas britânicos estarem a negociar com o governo Sudanês. Esta professora arrisca-se a uma pena de 40 chicotadas em local público. Este nosso mundo ainda tem estórias destas.....!

Saturday, November 17, 2007

A arte da injustiça

Foi supreendido por uma noticia do jornal Público, que retrata um noticia sem qualquer sentido - o agravamento de uma pena de uma rapariga de 19 anos, de um país muçulmano, que foi violada várias por um grupo de 7 homens. Esta é uma história triste, muito triste..nada humana nem digna da condição humana...! Confesso que fiquei enojado e indignado! Não qualquer justificação para o sofrimento desta rapariga!




Depois de ter sido violada, a rapariga foi entregue à justiça, como sendo a provocadora deste acto irracional e desumano, e foi condenada a 90 chicotadas, como se fosse ela a culpada....! E para agravar e aumentar o "ridiculo" da história o mesmo tribunal aumentou a pena para 200 chicotadas...! Será que o juíz (ou juízes) que condenaram esta rapariga tem filhas? Será que são seres humanos? Será que sentem alguma coisa...? Depois do que li, tenho sérias dúvidas...!

Não pode haver justificação legal, moral, ética, nem religiosa para esta história. A não ser que os deuses (ou Deus) estejam todos loucos! Tem que ser feita pressão a todos os níveis para se acabar com este tipo de injustiças. A ONU tem que liderar este combate com muita força e pressão, nomeadamente através da Assembleia-geral e do Conselho de Segurança. Os Governos e Chefes de Estado dos países membros do Conselho de Segurança, tem que colocar nas suas agendas políticas a resuloção deste tipo de problemas e de actos crueis. A União Europeia, também tem capacidade política para exigir junto dos países arabes que tem esta prática, que terminem com este tipo de injustiça, a bem da condição humana e da protecção das mulheres e dos seus direitos mais elementares!



Thursday, November 1, 2007

Dias Europeus do Desenvolvimento


Nos próximos dias 7, 8 e 9 de Novembro, irá ter lugar em Lisboa, as Jornadas Europeias de Desenvolvimento de 2007. O tema central que será discutido nestas jornadas será "Clima e Desenvolvimento - que alterações?". Não estou a assumir o papel de jornalista que vos informa sobre a ocorrencia de determinado evento. Queria apenas referir algumas palavras, nomeadamente sobre a ideia de Desenvolvimento.


A noção de Desenvolvimento é por vezes, deturpada da sua realidade, quando falamos em termos económicos e sociais. É prática comum, a muitos politicos utilizarem esta noção para evidenciarem qualquer "obra feita". Este termo, para a ciência económica, começou a ganhar relevo no anos 50 e 60 do secúlo XX, através da intervenção ciêntifica de economistas como Celso Furtado e Robert Solow, teóricos do desenvolvimento económico. Ao longo das últimas 50 décadas, a ideia de desenvolvimento teve várias transformações, que do meu ponto de vista, foram transformações evolutivas e com a intenção de melhorar a condição humana - embora muitas vezes fosse apenas uma intenção teórica e não prática.


São vários os termos que deviravam da ideia e conceito de Desenvolvimento. Termos como: subdesenvolvimento, desenvolvimento sustentável, desenvolvimento humano, desenvolvimentismo, países em vias de desenvolvimento, ajustamento estrutural, etc.,. Genéricamente, e em cada década (desde 1950-1960), que o conceito de Desenvolvimento se adaptou às várias conjunturas económicas e políticas que foram surgindo, principalmente nos países do hemisfério sul. As diferenças entre a prática e a teoria entre a aplicação destes conceitos são, pública e genericamente conhecidas, assim como o falhanço de determinadas politicas de ajuda ao desenvolvimento - com culpas do lado dos países doadores e também dos países receptores dessa mesma ajuda.



Voltando ao tema deste texto, espero que o principal assunto em discussão nestas jornadas faça verdadeiro eco nas politicas económicas de todos os países da União Europeia, e que a Comissão continue a ter uma estratégia de protecção e sustentabilidade ambiental, a bem do futuro de todas as gerações da UE e de todo o
planeta.



Como a Comissão não tem, necessáriamente a obrigação total e exclusiva de defender e aplicar uma política ambiental destinada à cooperação para o desenvolvimento, as várias instituições de Cooperação (públicas e privadas) da UE, devem entender as alterações como uma causa a ser inserida na lógica orçamental dos seus projectos e programas de ajuda ao desenvolvimento.
A "famosa" meta dos 0,75% do PNB de cada Estado-membro da OCDE destinada ao orçamento para a Cooperação, deve incluír recursos financeiros para projectos de sustentabilidade e protecção ambiental. Caso contrário, a mensagem que, penso eu, será transmitida nestas jornadas não será tida em conta nos decisores públicos e governamentais dos países da OCDE e da UE, sem esquecer também as outras potencias industriais, vulgo, Estados Unidos, China, India, Russia e Japão.

Saturday, October 27, 2007

Rectificação porreira


O primeiro-ministro português José Socrates e o Presidente da Comissão Europeia ficaram contentes com a aprovação do novo Tratado da UE. Socrates salientou a sua satisfação com um expressivo "Porreiro pá!" junto de Durão Barroso e de outros convivas desta vitória (ainda não concretizada) política.

A verdadeira operação de aceitação deste Tratado é feito em cada Estado-membro da UE. Durante 2008 todos os países da UE, irão prenunciar a sua aprovação ou reprovação deste Tratado acordado em Lisboa em Outubro de 2007. Penso que os chefes de Governo e os membros da Comissão Europeia cantaram demasiado cedo a vitória. Esperemos pelo final de 2008, para confirmar-mos se temos uma Europa unida politicamente.

Familias no Poder


Existem dois casos, em dois países muito diferentes, com familias diferentes, que retratam o "rículo" na politica - o casal Kirshner na Argentina e os irmãos Lech Kaczynski e Jarolaw Kaczynski na Polónia.

É, no minimo, legitimo estranhar as relações que se estabeleçem entre a ocupação de cargos de poder público e politico e as relações familiares. Será saudável...?

Apetece-me colocar algumas questões sobre este assunto...!

1º - Estas duas familias movem-se por necessidade ou por crenças e designios sociais e políticos?

2º - Será que as suas motivações e estratégias politicas tem inspiração monárquica, nomeadamente relacionada com a époda Absolutista vivida na Europa do seculo XVIII?

3º - Os seus filhos e descendentes irão ocupar os seus lugares ou lugares próximos aos seus?

4º - Quais são os seus apoiantes? Será que são familiares também? Ou gostariam de ter uma relação familiar, com as familias em causa?

Não tenho elementos que consigam responder a estas questões, e enquanto eu não for devidamente esclarecido, ficam as dúvidas.

Os irmãos foram politicamente derrotados nas eleições legislativas polacas de 21 de Outubro deste ano, depois de terem ocupado 2 anos no poder, inseridos numa coligação governamental.

Nestor Kirshner está a abandonar a Presidência da Argentina, e a sua mulher Cristina, que foi uma espécie de "primeira-ministra sombra" nos últimos 4 anos, prepara-se para ir a sufrágio e ganhar as eleições. A escritora Olga Wornat, autora da biografia não-autorizada “Rainha Cristina”, destaca que os dois são uma perfeita parceria mobilizada pela sede de poder. “Um poderoso dueto que sabe muito bem o que quer”. E assim vai a vida política na Argentina...!

Saturday, October 13, 2007

Sentimento Sagrado


A data de 13 de Outubro é sagrada para muitos católicos. Festeja-se hoje 90 anos (foi em 1917) sobre a segunda aparição da Mãe de Cristo a um grupo de pastorinhos e de milhares de pessoas, em na localidade de Fátima, a mais de 100 km da capital portuguesa, Lisboa.

Não sou católico, mas não deixo de ficar impressionado com a quantidade de pessoas que se dirigem nesta data (e outra em Maio), ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Podemos observar manifestações emocionadas, que as próprias pessoas, que as manifestam, não sabem exactamente o que as provacam. Há nisso um certo misticismo e inocencia, talvez adequados ao Sagrado, ao Religioso.

Em locais como este Santuário é que podemos crer que o Homem, não se manifesta apenas em carne, mas também em alma, em sentimentos. E afirmo isto, sem ter crenças católicas, mas assumidamente sou Cristão.

Nobel da Paz de 2007 - Al Gore ou a Causa Ambiental?


Inicie-mos pelo facto - o prémio Nobel da Paz foi atribuído este ano ao ex-Vice-Presidente dos EUA, Al Gore. Seguramente, que ele se sente horando e feliz por esta distinção. Este prémio irá dar-lhe mais visibilidade e capital politico, mesmo que o próprio premiado, coloque estas consequências em segundo plano.

Se este prémio tiver efeitos, na opinião publica sobre a realidade ambiental e as prevenções e modificações que tem que ser feitas pelos responsáveis politicos, empresariais e cientificos, então eu sentirei mais esperança no futuro sustentável do nosso planeta. Se Academia Sueca, com este pémio atribuido a Al Gore, quiser premiar as preocupações ambientais, então a Academia Sueca, também está de parabens. Premiar a Paz utilizando o Ambiente - ...antes tarde que nunca!