Sunday, September 16, 2012

A 15 de Setembro de 2012 em Portugal



Esta imagem representa parte da nossa identidade, o Mar. O mesmo Mar que banha as nossas costas, que nos deu História, que nos deu e dá Riqueza, que nos deu e dá Sonhos. Mas não queria falar sobre o Mar...o nosso Mar. queria falar sobre o nosso País, o nosso País a 15 de Setembro de 2012.

Este foi uma dia de emoções, de discursos, de vontades indíviduais, que tentam ser colectivas, de manifestações com e sem fundamento lógico, mas legitimas e democráticas. Foram mais de 600 mil manifestantes nas ruas do nosso país, desde Braga até Faro, com extenções nos Açores, Madeira, e em Comunidades espalhadas pela Europa. Podia ter colocado uma foto dessas manifestações, mas prefiro o Mar, a Terra e a Razão. Existem milhares de fotos dessas manifestações na Internet, em Blogues, nas Redes Sociais, como Facebook.

As pessoas, o povo nas suas várias camadas sociais, está cansado de várias coisas, de várias políticas, de vicios e falhas nos sistemas político, social e económico português. Não lhes nego a razão em muita coisa, desde que seja mesmo dito e penso com a Razão! Não só neste dia 15, mas nos últimos meses, várias pessoas, umas mais anónimas, ou mais mediáticas, outras mais esclarecidas e informadas, outras mais emotivas e menos esclarecidas, tem comentado a Crise, as suas causas e os seus efeitos. E dessas pessoas, algumas tem lançado ideias concretas, e váveis para ultrapassar a Crise.

Já não interessa tanto, para mim e para muita gente, apontar culpas e culpados para os responsáveis pela Crise. Temos sim que trabalhar para ultrapassar este período de Crise, aprender com os erros, corrigir o que está mal, e melhorar o que pode ser melhorado. E não se ultrapassa uma crise económica, com derrubes constantes de governos, e com instabilidade politica, institucional e social, como na Grécia. Se compararmos a Crise, com uma doença, então temos que ter a cura para essa doença, o tratamento (ou tratamentos) necessário. Um doente para se tratar de uma doença com cura, (e esta Crise tem cura!) precisa de seguir um tratamento, e de o seguir com disciplina, com rigor, com os medicamentos adequados. Ao longo destes 38 anos, vários tem sido os erros, de governos do PS e do PSD, e de Governos de Coligação, que tem errado. E gostava de lembrar um ditado popular: "Só não erra, quem não trabalha!". Mas o problema é a falta de responsabilização cívica e politica, de politicos que tem falhado e afectado de facto, e em concreto, a generalidade do povo português. Mas cuidado com os efeitos de uma "Caça às Bruxas....".

Eu apoio uma politica reformista e que faça a economia portuguesa voltar a ter indicadores positivos, como no caso do Produto Interno Bruto, e da Balança de Pagamentos, com o índice das Exportações a ultrapassar o das Importações. Eu apoio medidas que transformem o sistema politico e democrático português, eleminando cargos excedentários, em Assembleias de Freguesias e Municipais, em Juntas de Freguesias e Camaras Municipais, no número de Deputados na Assembleia da República. Eu apoio medidas que sejam fiscalmente eficazes, justas e equitativas. Eu apoio as auditorias às Fundações, Empresas Públicas, Empresas Municipais, e às Parcerias Público-Privadas, que corrigam, nestas entidades, aquilo que estiver mal, e se necessário for, que as extigam. Eu concordo com uma politica económica que dinamize mais as empresas privadas, nomeadamente as Pequenas e Médias Empresas, nomeadamente reformolando a polica fiscal para as PME's (por exemplo: baixando o IVA de 23 % para 13% das empresas do Canal HORECA - Hotelaria, Restauração e Cafetaria).

Não estive presente na Manifestação de 15 de Setembro, não porque esteja contra estas manifestações, mas porque responder como sempre respondi, com a minha vontade de trabalhar, de estudar, de contribuir, de forma isolada ou colectivamente para o Bem-Estar e Desenvolvimento do nosso país! Já estive presente a 12 de Março de 2011 numa outra grande manisfestação em Lisboa, que juntou mais de 100 mil pessoas. À semelhança desta última grande manisfestção, foi também criada através de uma rede social, do Facebook, e admito a minha os meus sentimentos de vontade, curiosidade, a minha posição de discordância com o Estado do país na altura. E as coisas ainda não estão bem.....mas com mais instabilidade, com pseudo-revoltas e pseudo-revoluções, com partidos e polticos extermistas a aproveitarem-se desta ou de outras Manifestações cívicas, as coisas não se resolvem....!

Acredito que muita gente que esteve nesta Manifestação não quer, nem deseja, o derrube do Governo. Querem ter os seus problemas resolvidos, querem ter emprego, querem voltar a ter isenções na Saúde e compartições nos medicamentos que tomam, querem poder pagar os livros escolares dos filhos, querem ter os seus negócios e empresas a ter resultados positivos, querem poder fazer face às suas necessidades básicas. Mas quando caímos no chão, levantam-nos do chão! Cada uma de nós, tem que contribuir, na medida do que pode (e sem prejudicar as suas vidas e as anular as suas necessidades básicas), para ultrapassar-mos esta crise!



2 comments:

SCarinhasMiranda said...

Eu concordo completamente contigo!

Não concordo nada que os partidos desapareçam, porque com o seu desaparecimento, desaparece igualmente o espírito e o propósito do 25 de Abril de 1974: Eleições democráticas com multipartidarismo!!

Considero que é de loucos as propostas de queda do governo actual, porque ao juntar-se uma crise política á já existente crise económica... Então era mesmo o fim! :/

As pessoas que propoem ou propuseram o fim dos partidos e/ou a queda do governo não estavam/estão a ver as consequências a curto/médio prazo... Reacções de desespero!

O que o actual governo tem que ter atenção é á manifestação da opinião pública. Manifestação essa claramente contra as mais recentes medidas de austeridade. E recuar na aplicação de muitas delas, senão de todas! E repensar alternativas, que as há!

Miguel Miranda said...

E espero sinceramente, que não se derrube o Governo nesta altura.
Eu não me quero ver Grego....!