Saturday, March 3, 2007

Memórias de um estação de televisão


Vou-vos falar um pouco sobre algo, que a à maioria dos portugueses diz alguma coisa e trás boas memórias. Ante de referir o assunto prórpriamente dito, quero apenas dizer que é uma opinão pessoal e sem a experiência e vivência de milhares de pessoas. Gostaria de falar um pouco sobre as minhas memórias - e a palavra memória tem para mim um sentido mais doçe do que amargo - de uma estação de televisão: Radio Televisão Portuguesa, a RTP.

Falar sobre televisão, e sublinho de forma amadora, é também falar sobre o Homem, sobre a evolução da humanidade, e sobre o papel que a comunicação audiovisual pode ter na mudança do Mundo em que vivemos.
Nasci em 1975, ano que as emissões da RTP ainda eram a preto e branco, tenho 32 anos e a RTP existe à 50 anos. Tive a oportunidade de ver muitos milhares de acontecimentos nos Telejornais e Jornais da Tarde da RTP, nos canais 1 e 2 desta estação de televisão. Foram e são tantas as personagens, jornalistas, apresentadores, musicos, actores que encheram todos os dias os ecrãns da RTP que fazem parte das minhas memórias. Quando falo sobre séries como "Duarte e Companhia", "Dallas", "The Three Dukes", "O Barco do Amor", "Dempsey and Maykepeace", "Fama", "O Polvo", "Lá em casa está tudo bem", "Familie Ties", "Uma casa na pradaria", "Alf"; que apesar de a maioria ser estrangeira, tornavam-me fiel a estação e ganhava horas e horas de boa disposição e de emoções.
Lembro-me de muitos concursos, como o "1, 2, 3" com o Carlos Cruz, "A Roda da Sorte" do Herman José, e outros concursos apresentados pelo Fialho Gouveia, pelo Júlio Isidro, pelo António Sala e também pelo Nicolau Breyner, entre outros.
A RTP também nos trouxe um fenómeno brasileiro que surgiu na década de 1970. A primeira telenovela, surgiu em Portugal logo após o 25 de Abril de 1974 - "Gabriela" - baseada num romance Jorge Amado. A partir de então, este tipo de programa de ficção, passou a fazer parte da cultura popular portuguesa, e a provocar - actualmente já não é tanto assim - verdadeiras dedicações a cada episódio de telenovelas brasileiras e portuguesas que a RTP transmitiu, entre as quais "Roque Santeiro", "Vila Faia", "Chuva na Areia", "Vereda Tropical", "O Pantanal", "Palavras Cruzadas", "Gabriela", "O Astro", "Dona Branca", "A escrava Isaura"; etc.,.

Muito jornalistas tem passado pela RTP para nos falarem do estado do Mundo. Transmitem boas e más noticias, como qualquer jornalista. Realizaram e realizam entrevistas, que tem ficado na historia do nosso país. Lembro-me de acontecimentos como as entrada cerimónia da adesão de Portugal e Espanha para a CEE; da queda do Muro de Berlim, da invasão do Koweit, da guerra Irão-Iraque, da morte de Issac Rabim, da morte de Sá Carneiro, da Princesa Diana, os vários mundiais de Futebol e dos Jogos Olimpicos, das vitórias de atletas como Rosa Mota e Carlos Lopes, de várias campanhas eleitorais desde os primeiros anos da década de 80....enfim, já levo mais de 30 anos a "ver" a História do Mundo na RTP.

Muitas pessoas vão, certamente, homenagear a RTP pelos seus 50 anos de existência. Mas fica aqui também o meu contributo para essa homenagem a uma estação que tem construido um parte das minhas memórias e da minha consciência. Haja muito futuro para a RTP!

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