Ser cidadão e ser cidadã, não é apenas ser natural de certa terra...de certa nação....de aceitar costumes, normas e leis.
Na Europa e em outras regiões do mundo, sente-se de facto e de jure, o peso da sociedade cívil. Em tempos de crise, a sociedade cívil pode e deve ter um papel interventivo e dinâmico, com capacidade de inovar e de apresentar soluções para os problemas que se apresentam. Existem inumeros exemplos, em Portugal e noutros países, de organizações da sociedade civil, como Fundações, Associações Culturais, Civicas e Profissionais, Sindicatos Independentes, Cooperativas...etc.,.Acredito sinceramente mais na capacidade de resposta da junção de forças da sociedade cívil, do que de um Estado politizado e dependente de uma (ou mais) forças partidárias e de meia-dúzia de instituições governativas.
Um síntoma da separação do cidadão para com o Estado, é o facto de terem vindo a crescer movimentos cívicos a correrem nos actos eleitorais em muitos países, como no caso de Portugal. E, inclusivé, temos no nosso país casos mediáticos de figuras públicas como Manuel Alegre e Helena Roseta, ambos militantes do PS, que quiseram criar movimentos cívicos de apoio às suas candidaturas, respectivamente à Presidência da República e nas eleições autárquicas em 2005, para a Câmara Municipal de Lisboa.
Vivemos mais um ano em que, por essa Europa fora, decorrem actos eleitorais (eleições para o Parlamento Europeu, eleições autárquicas, eleições presidênciais e eleições legislativas), será curioso, no final deste ano, contabilizar os votos brancos (como sintoma de separação dos cidadãos face aos sistemas politicos e partidários vigentes) e verificar o crescimento dos movimentos politicos compostos por cidadãos independentes. Em Portugal, esses dados vão ser maiores do que eram nos anos anterior.....penso eu.....!
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