Saturday, May 24, 2008

Aprender a consumir

Existe um certo impulso (ou impulsos) para escrever esta pequena reflexão. Vivemos numa situação económica e social que, muitos sociologos e economistas, consideram de estagnação do crescimento com sinais de crise conjuntural. É conjuntura que se vive nos Estados Unidos e em alguns países europeus. Isto sem considerar a parte sul do conjunto das nações a nível mundial, que, na sua maioria, ainda não conseguem atingir os níveis de desenlvimento médios dos países no Norte.

À semelhança de muitos dos artigos (ou post's, em liguagem bloguista), o que vou escrever é baseado em conhecimento genérico e comum à grande maioria das pessoas que se preocupam com este assunto ou com assuntos semelhantes. Não assumo uma posição técnica nem cientifica, nem tenho autoridade, neste assunto, para assumir tal posição.

O título que atribui a este artigo, é por si só, explicativo do assunto em questão, e da refelxão que o mesmo suscita. Trata-se uma questão relevante para qualquer sociedade, para qualquer país e para qualquer individuo. Sobretudo, quando observamos alguns erros e excessos de consumo.

Surgem algumas questões que coloco de partida, tais como:
  • Quais são os nossos erros de consumo?
  • Porque devemos aprender a consumir?
  • O que devemos fazer para racionalizar o nosso consumo?

A partir do momento em que, o Homem, tomou consciência dos seus excessos de consumo, é que podemos atribuir uma responsabilidade colectiva para as consequências que esse execesso provoca. Ou seja, estamos a recuar poucas dezenas de anos na nossa história mundial. A noção de sociedade de consumo também é recente, e como tal, as suas "perversidades" e execessos também são recentes. Mas de uma forma global, e pensando nas causas que tem provocado alterações ambientais, novos problemas de saúde, crescimento da industria alimentar e de restauração, ou problemas de crédito e de incapacidade de insolvência. Estas são algumas das consequências do dinamismo da sociedade de consumo. Um dos melhores exemplos são os Estados Unidos da América, em que o próprio sonho americano não se cuibe de incentivar ao consumo. Portugal, a uma escala menor e com efeitos mais reduzidos, sofre directamente com algumas das consequências referidas atrás. Também já sentimos as alterações climáticas, e um dos problemas económicos que actualmente enfrentamos é a incapacidade de algumas familias fazerem face às suas dividas de consumo (não o consumo alimentar, mas de bens duradouros ou semi-duradouros, como carros, casas, mobiliário, etc). A diminuição da capacidade de consumo de muitos sectores de sociedades como a portuguesa, e de outros países, não é nenhuma ilusão, e existem dados para o comprovar.

Os erros, que do meu ponto de vista, tem vindo a ser cometidos ao longo dos anos, são de ordem individual e de ordem colectiva. Se pensarmos ao nível dos individuos, estamos principalmente a falar de hábitos alimentares, higénicos, ou de deslocação. Estes são hábitos que identificam as nossas necessidades básicas e que, deles dependemos para seremos, muitas vezes, socialmente aceites. Na ordem colectiva, podemos referir o contributo das empresas e outras organizações que consumem muitas vezes, por si só, consomem mais energia do que algumas cidades. As nossas preocupações ambientais e de redução de consumo são recentes, remontam a meados dos anos 70, numa escala mundial.


Sunday, May 18, 2008

Espuma dos dias que passam...!


Recentemente, ouvi o Economista e Advogado Medina Carreira a utilizar uma expressão, quando fazia uma critica indirecta à comunicação social. Falava então, sem querer referir literalmente as suas palavras, sobre "a espuma do que se passa".


O primeiro-ministro português foi apanhado, pelos jornalistas que o acompanhavam, a fumar num avião da TAP, que transportava a sua comitiva numa deslocação oficial à Venezuela. Com as polémicas que tem ocurrido devido à nova lei do Tabaco, é obvio que esta situação foi explorada mediaticamente, talvez até mais do que merecia. É certo e sabido, que o Sr. Eng. José Socrates não teve uma conduta correcta, o seu pedido de desculpas teve um sentido quase infantil, agora será que este país não tem coisas mais importantes para discutir.....?


Este assunto é espuma...é secundário...e tema de conversa palaciana....!

Saturday, May 17, 2008

60 anos na Terra Santa



Foi à 60 anos que os judeus oriundos, sobretudo da Europa, decidiram estabelecer-se num território, ao qual estavam (e estão) ligados à sua origem. Em Maio de 1948, iniciou um conflito que dura à 60 anos, com momentos mais intensos e gravosos, e outros mais localizados e com pouca visibilidade internacional.

Quatro gerações de Palestinianos e Israelitas, já experimentaram na carne e na alma esta guerra. Houve momentos "altos" deste conflito, como a Guerra de Yom Kipur em 1973, a Guerra dos Seis Dias em 1967, e, é claro, o inicio do conflito em 1948, com uma guerra entre o novo Estado Judaico, e o Egipto, a Siria, a Jordania, o Iraque e o Libano.
Muito já se disse durante esta semana que está a terminar, sobre os 60 anos do conflito que divide Judeus e Arabes.

Toda a História deste conflito é conhecida. As suas personagens politicas e militares, os grupos militares e para-militares que tiveram na sua génese, os efeitos económicos e politicos que tiveram na região do médio-oriente, já foram analisados por estratégas, cientistas politicos, economistas, diplomatas, jornalistas e investigadores universitários.
Em seis décadas de conflito (que em termos militares, foi feito de forma faseada no tempo), refiro, com um conhecimento genérico de causa, que determinados factos (e consequências) marcaram a história das relações entre Israel e o Mundo Árabe:
  • Os judeus que em na 2ª metade da década de 40 do secúlo XX, se instalaram no território onde o povo palestiniano estava estabelecido, conseguiram criar um Estado aceite pela ONU e pela Comunidade Internacional, mas contestado pela generalidade dos países árabes;
  • Os palestinianos foram obrigados a recuar para países vizinhos como o Libano, a Jordania ou a Siria, ou ficaram "presos" num território, mais tarde proclamado como autonomo, que é a Faixa de Gaza;
  • Os israelitas criaram uma das forças militares mais bem treinadas do mundo, com a experiência que tem tido desde o início do conflito;
  • Os actos e grupos para-militares palestinianos, como o Hamas, continuam a fazer frente contra o poder militar e politico israelita, bastante mais forte;
  • Os grupos extremistas de ambos os povos (judeu-israelista e palestiniano) são os principais instigadores deste conflito;
  • Apesar de estar rodeado de constantes ameaças de países vizinhos e de outros países árabes, Israel consegui desenvolver um economia forte e competitiva, apresentando cartas em sectores como a tecnologia aéronautica;
  • Em causa, não está só a ocupação territórial, mas também a utilização de recursos, como a água.

O problema da ocupação de terras, do meu ponto de vista, deve ser decidido pelas Nações Unidas, especialmente pelo Concelho de Segurança, com o acordo da NATO e da UE. Este parece-me ser um conflito, cuja a sua resuloção só será feita num geração que utilize a razão e não o coração. Talvez daqui a uns anos....!

Sunday, May 11, 2008

Porque Ler faz bem!


A revista Ler voltou, e ainda bem! O seu linha editorial mantêm-se, assim como a qualidade que era apanágio das suas edições anteriores. Francisco José Viegas e o Circulo de Leitores estão de parabens, por terem ressuscitado uma publicação que faz a diferença na sua área. Espero que a Ler dure muitos e bons anos! Bem haja!