Friday, April 25, 2008

Uma causa relembrada

Foi assim à mais de 20 anos e cantavam assim....



A música continua a ser um veículo de transporte de mensagens políticas e sociais. As suas formas e tonalidades podem ter evoluido, ou simplesmente mudado. Mas as ideias, comportamentos e decisões que afectam a nossa vida, ainda são influênciadas pelas manisfestações artisticas, de que a música é um dos meios mais eficazes. Mas, verdade seja dita, a influência das artes na vida das pessoas, não tem a mesma força que tem os interesses económicos, empresariais e politicos. Mas ainda vale a pena, não acham....?

Friday, April 18, 2008

Ai Portugal...Portugal....




Também podemos desabafar por escrito, talvez até gritar e esganar até perder-mos as forças, que neste caso se revelam por escrito...


O títuto (inspirado numa bonita música que uma boa parte dos portugueses conheçem), servem de ponto de partida para um crescente estado de alma que eu, e penso que muitos portugueses sentem. O nosso país vive tempos de falta de vontade colectiva, de falta de anímo, de crise estrutural que ultrapassa a dimensão económica. Bem sei que todos nós temos que contribuir para melhor o estado das coisas, mas nem todos temos os mesmos meios nem a mesma capacidade de mudar esse mesmo estado.


Sou jovem, considere-mos como tal, embora por vezes as sociedades, seja a portuguesa ou seja de outro país, possa ter interpretações diferentes do que é a juventude e até quando se vive a juventude. Existem para mim, situações actuais que desmotivam e provocam descrença num futuro a médio prazo neste país. Irei abordar um assunto que de alguma forma , diz respeito a todas as gerações de portugueses, directa ou indirectamente. Estou-me a referir ao futuro dos jovens portugueses, nascidos entre 1970 e os primeiros anos da década de 80 do secúlo passado.
Irei apenas referir a minha percepção e a minha opinião sobre como sinto que se encontra a minha geração em termos de posicionamento social e económico.


Socialmente a minha geração beneficiou de oportunidades de desenvolvimento pessoal e escolar, tem acesso a mais estruturas de apresendizagem e de facilitação do relacionamento social, do que as gerações anteriores mais próximas: a de 60-70; a de 50-60; ou a de 40-50. Os cuidados de saúde também são mais completos e eficazes do que eram à 40 anos atrás. Mas porquê esta fragilidade social que por vezes observo....?

A minha geração é a primeira a prolongar a sua estada na juventude após os 30, é a primeira a investir mais na carreira profissional do que na vida familiar, é a primeira a consumir mais cultura do que as gerações anteriores, também é a primeira a servir de cobaia do sistema democrático instalado pelo 25 de Abril. Estas primazias não são necessáriamente boas, não são geradoras, na sua globalidade, de indíces de desenvolvimento social.Sem dúvida que a vida profissional é importante, e hoje em dia é o cada vez mais. Mas construir uma carreira profissional, e centrar unica e exclusivamente a nossa vida nisso, não me parecer ser o mais certo, o mais adequado. Talvez se distribuissemos equilibradamente o nosso tempo entre vida familiar, vida pessoal e vida profissional, talvez a fragilidade já seja menor. Outro aspecto quye julgo que é pertinente referir é o facto de nos terem dado a falsa ideia de que deviamos ter seguido para o ensino superior....e seguimos mesmo! Só que as consequencias da obtenção de certificações universitárias em muitas áreas académicas, não nos favoreçeram em relação à entrada no mercado de trabalho. Será que à 20, 15 ou 10 anos atrás nos disseram a verdade toda....? Ou os decisores governamentais portuguesas das década de 80 e 90 não sabiam qualquer era a verdade...?

Perante a Economia, e de forma genérica, a minha geração tem vindo a experimentar verdadeiros testes de paciência....! Somos uma geração adiada económicamente, e cujos os resultados de produção de riqueza (comparativamente com as gerações anteriores) são menores. Utilizar um discurso miserabilista e de vitimização também não adianta muito nem seria pertinente, mas devemos identificar factores que tem dificultado a nossa vida e a nossa contribuição para a economia portuguesa. Um desses factores, diz respeito a muitas condições contractuais que pessoas da minha geração tem tido - é a realidade dos recibos verdes e dos contractos a prazo (alguns já levam quase 20 anos nessas condições). Só este factor leva a que não tenhamos grande capacidade de obtenção de crédito para a compra de habitação própria, por exemplo. Ou até, em alguns casos, para a compra de um carro. Como é que querem que sejamos agentes económicos com capacidade para contribuir para o desenvolvimento do nosso país, se não nos dão condições para tal..? Medidas avulsas, como a redução do IVA em 1% ou o prolongamento do reembolso de crédito à habitação, não me parecem ser soluções adequadas e que contribuam efectivamente para a melhoria da capacidade económica da minha geração e de outras gerações do nosso país.

Tuesday, April 15, 2008

Não há duas sem três - versão Berlusconi


Silvio Berlusconi venceu pela terceira vez as eleições legislativas em Itália. Está de parabens, portanto...! Venceu com 47,32 % dos votos para a Câmara dos Deputados, obtendo maioria absoluta para governar os destinos de Itália.


Conheço pouco o percurso deste político, empresário e magnata da comunicação social e do desporto. Recuso a comentário estériotipos ou falsas ideias sobre a personalidade de cada um. Mas confesso a minha vontade em interrogar - porquê uma terceira vez....? Porquê um terceiro mandato...? Será que alguêm me é capaz de explicar?


A ligação entre o mundo empresarial e a politica, deve ser gerida com cuidado e sensatez, por vezes "com pinças". Se o Sr. Berlusconi utilizar a sua capacidade de empreender e desenvolver negócios para ajudar a melhorar a economia italiana, então este terceiro mandato pode ser pertinente e válido. Foi eleito, tem agora novamente legitimidade para governar, e espera-se que faça um bom trabalho. Um trabalho sem polémicas e para o bem "di tutti gli italliani".

Sunday, April 13, 2008

Abençoar Bush



O Papa Bento XVI será, presumo eu, um dos últimos líderes mundiais a visitar os EUA da América durante esta fase final da Governação de George W. Bush. Talvez seja sintomático, e talvez o Papa socorre a consciência de Bush. Mesmo que isto seja um facto privado entre o contacto de ambos os líderes.

Julgo que Bush é um ser humano como biliões de outros, com um estatuto e uma condição diferente a nível internacional. Mas mesmo assim, tem os seus defeitos e qualidades, os seus bons e maus momentos, as suas forças e fraquezas...enfim....glórias e derrotas....! Será que Bush irá pedir ao Papa para o ouvir em confissão...? Poderá vir um perdão divino para as falhas de Bush?